terça-feira, 10 de abril de 2018

CIDADÃOS NACIONAIS LUNDA TCHOKWE DISCRIMINADOS ETNICAMENTE PELA EMPRESA CADIAPEMBA EM DETRIMENTO DE CONFRATES SULANOS


CIDADÃOS NACIONAIS LUNDA TCHOKWE DISCRIMINADOS ETNICAMENTE PELA EMPRESA CADIAPEMBA EM DETRIMENTO DE CONFRATES SULANOS




Um grupo indo da Lunda para Luanda a procura de melhor emprego clamam da exclusão social étnico na empresa Cadiapemba com sede em Luanda no município de Viana Sanzala junto a igreja católica.


Mais de 90 indivíduos provenientes da Lunda Tchokwe, precisamente nas localidades de Dundo, Lucapa, Calonda, Saurimo, Cacolo, Capenda Camulemba, Cuango, Caungula, Cafunfo e uns residentes em Luanda reclamam ter sofrido discriminação étnica da empresa da segurança privada mineira Cadiapemba, na localidade de Tchitotolo e mina Cuango no município do Cuango /Cafunfo.


Segundo as regras da empresa, os efetivos são recrutados e treinados a partir de Luanda, depois de concluir com o treino, alguns nem por isso, não são treinados, são  levado nos locais de trabalho como guarda nas minas dos donos na Lunda.


Desde mês de novembro de 2017, o sr Carlos e seus colegas Helder, António, Uambanitxiny entre muitos, haviam feito a entrega das suas documentações na referida empresa de Segurança Mineira denominada Cadiapemba com fim de serem empregados, tudo correu maravilhosamente. Desde então,  ficaram a espera para serem chamados e freqüentar os treinos ou serem enviados no local de trabalho que seria as minas na Lunda...


Sabe se que a empresa Cadiapemba, teria prometido que todos aqueles que fizeram entrega de documentos e aprovados no Dpto de recursos humanos eram potenciais futuros trabalhadores, o que eles não sabiam é que a referida empresa tem ordens expressa de somente admitir elementos oriundos do Sul de Angola, ou seja, os vindos do Kwanza Sul, Benguela, Huila, Bié, Huambo e, ou Cunene e Namibe, os Tchokwe não podem ser admitidos, sejam eles Nganguelas ou Luchazes, naturais da Lunda ou do Moxico e Kuando Kubango.


Esta pratica é recorrente em Luanda nos últimos anos, desde 2014 que se tem vindo a ser observado esse tipo de comportamento, até mesmo em nível das Instituições do Governo de Angola com ênfase nos centro de obtenção dos B.I.s e nos Serviços de Emigração e Estrangeiros.


Esse comportamento só os próprios Angolanos devem esclarecer, mesmo em nível de promoção a cargos de Direcção e Chefia ou de Patenteamento militar ou Policial os Tchokwe continuam a ser discriminados e pejorativamente acusados depois de serem tribalistas e regionalistas.


Outros interlocutores disseram que no mês de Dezembro teriam sido prometidos a esperar assim que Cadiapemba ganhasse o contracto que já estava em vista, eles seriam os priorizados.


Mas surpreendidos esta segunda feira 09 de Abril de 2018 pelo Director Sr. Silvano, ficaram, a saber, que os Tchokwes não seriam selecionados, de animo leve pensaram que fosse uma simples brincadeira, a verdade provou o contrario, pois no dia 9 de Abril apresentaram-se mais de 30 elementos vindos do Sul de Angola e foram imediatamente alistados e prontos para seguirem na Lunda.


Esta provada mais uma vez que em Angola, os Lunda Tchokwe não fazem parte das preocupações do regime e muito menos aqueles que querem roubar a riqueza daquela terra.


Existira alguma razão de fundo para esta discriminação étnica contra o povo Lunda Tchokwe?


Segundo os cidadãos nacionais Lunda Tchokwe Sres Carlos Domingos, Pedro Salvador, Roberto Txibuleno e José Ilunga que acompanham no dia a dia este episódio da empresa de segurança privada Cadiapemba desde o ano de 2017acham que a exclusão étnica demonstra claramente as políticas discriminatórias do regime angolano para com o Povo Lunda Tchokwe, daí as assimetrias com a pobreza extrema por que passamos e o atraso ao desenvolvimento de toda a região.


A pergunta é: como é possível uma empresa que se vai instalar na Lunda e tem a coragem de discriminar de forma publica o cidadão da terra onde eles vão explorar ou comercializar seja o que for? 


Como pode negar que não queremos Tchokwe e vai à terra dos Tchokwes?


Quanto a nós tentamos contactar o Sr Director a os Recursos Humanos da empresa Cadiapemba pelos terminais em nossa posse não tivemos sucesso, do outro lado não ouve resposta, ou seja, não atende (924 411 575 / 947 467 266 / 923 535 822).


Por Cajiji