sábado, 28 de novembro de 2020

PROFESSOR SUMBULA SANZA - SECRETARIO PARA A ORGANIZAÇÃO E DE POLITICA DE QUADROS DO MOVIMENTO DO PROTECTORADO PORTUGUES DA LUNDA TCHOKWE

 

 


Professor SUMBULA SANZA – Secretario Nacional de Organização e Politica de Quadros, Membro do Comité Politico do Secretariado Executivo Nacional do Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, cofundador, participou do 1º, 2º e do 3º encontros com a 10ª Comissão da Assembleia Nacional de Angola, entre 2011 á 2016, para as discussões a volta da Questão da Autonomia do Reino Lunda Tchokwe reclamada desde 2006.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Paulo Jorge Kulinua – Secretario Nacional Adjunto de Mobilização e Marketing



Senhor Paulo Jorge Kulinua – Secretario Nacional Adjunto de Mobilização e Marketing, do Secretariado Executivo do Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, ele, é também Coordenador das Autoridades Tradicionais da Região do Cuango na Lunda – Norte. Membro cofundador e um dos destacados dirigente


A BANDEIRA DO REINO LUNDA TCHOKWE SIGNIFICADO DAS SUAS CORES E FAIXAS E O HINO

 



 

Artigo 159.º (Carta Magna Constitucional Lunda Tchokwe)

Bandeira, Hino e Brasão de armas

 

A presente Carta Magna Constitucional aprova com o consentimento do povo, os distintivos representativos dos símbolos nacionais da Nação Lunda Tchokwe anexados que são parte integrante.

 

A Bandeira do Reino Lunda Tchokwe é rectangular com cinco faixas horizontais sobrepostas com diferentes dimensões de três cores; vermelha, branca e verde respectivamente, sendo duas faixas de cor vermelha em cima e em baixo, duas faixas de cor branca e o meio a faixa de cor Verde.

A faixa do meio de cor verde tem ao centro o SOL, representa temor a DEUS, vinte e um raios a volta do sol, representando todas as etnias e povos Lunda Tchokwe, no centro do Sol, o símbolo da arte e cultura, educação e ensino, ciência e tecnologia, a cor amarela do Sol representa as riquezas naturais do nosso território.

1.   A cor vermelha: Representa a força, a tenacidade e a força de milhões de braços e o sangue dos inocentes derramado ao longo dos séculos contra a tirania estrangeira e o grito patriótico do nosso povo na sua luta por causa da sua liberdade;

2.   A cor branca: Representa Liberdade, Justiça, Progresso, Paz, a irmandade e cooperação internacional;

3.   A cor verde: Representa esperança, harmonia territorial, e o progresso ao desenvolvimento da Nação Lunda Tchokwe;

 

 

 

 

A INSIGNIA / BRASÃO DE ARMAS

 

a) A insígnia é um escudo heráldico com as cores que representam o Reino Lunda Tchokwe, no seu interior encontramos no centro a estatueta de Samanhonga, na cabeça a coroa, símbolo do poder do império Lunda no Século XIX.

b) No interior do escudo oval, para além da coroa, encontramos as escritas: Liberdade, Justiça e Progresso o poder da força.

c) Na parte inferior do emblema com uma faixa dourada com a inscrição: REINO LUNDA TCHOKWE

 

 

O Hino “Terra mãe, Pátria Amada”

 

Esplendorosa é você nação Lunda Tchokwe, entre os seus povos, e a ti cantaremos acima dos céus, a tua verdade ultrapassará as mais altas nuvens entre as nações, para a glória dos teus heróis, da sua história que despertou ao romper do sol, do grande império sobre a mãe África, quando o teu reino foi destruído.

(coro)

ü  Brado, retumbante voz de séculos de dor e esperança;

ü  O Sol para sempre brilhará numa só força de milhões de braços;

ü  Paz cresce com sonho ondulando na bandeira, nenhum tirano nos irá escravizar;

ü  Terra dos nossos avos resplandece impávida e gentil, fruto das nossas mãos e do nosso sangue;

ü  Vivida, plácida, idolatrada e límpida nossa terra gloriosa;

ü  Ó terra adorada, fúlgida Lunda Tchokwe;

ü  Terra mãe, Pátria Amada!

 

Esplendorosa é você nação Lunda Tchokwe, entre os seus povos, e a ti cantaremos nobre povo da nação valente, o seu poder perpétuo, reino unido liberdade e progresso social, desde o Dirico ao Tchitatu, do rio Luio ao Liambeji (Zambeze) e Cassai, na certeza do amanhecer como Flores brotando no chão, pelas chanas, pelos montes e pelos rios.

 

(coro)

ü  Brado, retumbante voz de séculos de dor e esperança;

ü  O Sol para sempre brilhará numa só força de milhões de braços;

ü  Paz cresce com sonho ondulando na bandeira, nenhum tirano nos irá escravizar;

ü  Terra dos nossos avôs resplandece impávida e gentil, fruto das nossas mãos e do nosso sangue;

ü  Vivida, plácida, idolatrada e límpida nossa terra gloriosa;

ü  Ó terra adorada, fúlgida Lunda Tchokwe;

ü  Terra mãe, Pátria Amada!

 

 

 

terça-feira, 24 de novembro de 2020

XAVIER TXINUBUA SECRETARIO PARA AS COMUNIDADES LOCAIS E DIASPORA E COORDENADOR PARA AS QUESTÕES DO PODER TRADICIONAL LUNDA TCHOKWE

 


Senhor XAVIER TXINUbUA, Secretario para as Comunidades Locais e diáspora e Coordenador Geral para as questões do Poder Tradicional, membro do Comité Politico do Secretariado Executivo Nacional do Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe.

quinta-feira, 19 de novembro de 2020

COMUNICADO DE IMPRENSA DE APELAR AO GOVERNO DE ANGOLA E A COMUNIDADE INTERNACIONAL DA NECESSIDADE DO DIÁLOGO E A RESTITUIÇÃO DA LUNDA TCHOKWE A SUA AUTONOMIA

 

COMUNICADO DE IMPRENSA

DE APELAR AO GOVERNO DE ANGOLA E A COMUNIDADE INTERNACIONAL DA NECESSIDADE DO DIÁLOGO E A RESTITUIÇÃO DA LUNDA TCHOKWE A SUA AUTONOMIA

 


O Comité Politico do Secretariado Executivo Nacional, órgão político administrativo do Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, na sua Reunião Ordinária, realizado em Luanda nos dias 13 e 14 de Novembro de 2020, ao analisar a situação politica prevalecente na Nação Tchokwe, relativamente ao Dossier pacífico da reivindicação de Autonomia 2006 – 2020, nos termos do direito legítimo, natural e divino do povo Lunda Tchokwe a sua autodeterminação, e subjugo colonial de Angola desde 1975 em que os órgãos angolanos nomeadamente: Governo do senhor Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, a Assembleia Nacional, Partidos Políticos da oposição, Poder Judiciário e a Comunidade Internacional, continuam a ignorar com o silêncio e agindo de má-fé excitando o ódio do nosso povo.

 

Apesar de o Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe defender oficialmente autonomia da Nação Lunda Tchokwe, a questão em si mexe com interesses estratégicos, complexos e constitui uma facada nos compromissos de Angola assumidos no quadro da SADC onde é membro de pleno direito, mexe com o princípio fundamentado na criação da OUA em 1963, hoje União Africana, sobre a intangibilidade das fronteiras herdadas da colonização Europeia, mexe também com interesses internacionais e geopolíticas do ocidente, da China, Rússia e de países do médio Oriente, que temem pelas mudanças políticas e económicas desta região, que poderiam afectarem a presença destes colossos mundiais, mas que, a Nação Lunda Tchokwe não é contra a presença de qualquer investidor estrangeiros.



Secessão, palavra usada para identificar uma separação ou afastamento de algo que era unido, pode referir-se a várias coisas: Guerra Civil Americana, Secessão Vienense, movimento artístico, Secessão urbana e o separatismo no sentido lado da palavra, que também não é o caso da Nação Lunda Tchokwe.

 

 O Direito da Nação Lunda Tchokwe, não deve ser confundida com secessão, a Nação Lunda Tchokwe não é parte integrante de Angola, é um país independentes sob colonização de Angola.



O Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe interpretando fielmente o sentimento e a vontade do Povo da Nação Tchokwe a sua Independência que se resume nos seguintes termos:



A Lunda Tchokwe é um Estado criado por DEUS e organizado politicamente pelos nossos bisavôs, reconhecida pelas 14 Nações Europeias e os Estados Unidos de América presentes na Conferência de Berlim em 1884 – 1885 e pelos Reinos de Ndongo (Kimbundo), de Bailundo, do Congo/Bacongo, Kwanhama e Africa inteira, como Protectorado Português através das subscrições dos 6 Tratados de Protectorado celebrados entre o Governo de Portugal e os Soberanos, Potentados Muananganas Lunda Tchokwe e Tratado de fronteiras convencionais desde 1885 – 1894, anos de mapeamento dos limites definitivos entre o Estado da Lunda Tchokwe e Angola oeste e o Estado Independente do Congo a norte e Leste.



Responsabilizar Portugal, com o seu desrespeito pela violação unilateral dos Tratado de Protectorado por si celebrados com a Nação Lunda Tchokwe – foram tratados com a força do Direito Internacional, que obrigava Portugal a prestar auxílio e protecção permanentes a Nação Lunda Tchokwe, por um lado, e, por outro, manter a integridade dos territórios colocados sob sua protecção. Portugal ao ter violado unilateralmente dos acordos/tratados por si celebrado com a Nação Lunda Tchokwe, e a subsequente anexação do território, por via de escamoteamento, a Republica de Angola em 1975, o Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, ver-se-á na obrigação de apresentar uma queixa ao Tribunal Europeu;


Da falta de vontade política, por parte das autoridades do MPLA – partido que governa Angola desde 1975, da falta de vontade para a busca de soluções de diálogo com honestidade, solidez e transparência, para a questão da reivindicação Lunda Tchokwe, conjugada com a inércia e conivência, por parte da comunidade internacional, que protege as acções criminosas cometidas contra o Povo de Lunda Tchokwe, por um lado, em benefício dos seus negócios mais ou menos vantajosos, enquanto, enquanto olham para a Nação Lunda Tchokwe como um simples KIMBERLITE DE DIAMANTES, esquecendo-se que ali existe um Povo, um esta, uma Nação que merece ser Livre com aspiração de Autodeterminação;


Das condições de miséria e de subdesenvolvimento a que está votado a Nação Lunda Tchokwe, apesar de o seu solo ser uma das principal fonte de recursos minerais pelos quais o MPLA e o seu Governo são beneficiário direito e segunda economia no peso do Orçamento Geral angolano nos últimos 45 anos da sua independência de Portugal. O sofrimento do povo Lunda Tchokwe vai continuar, agravado pela ambição e o egocentrismo do regime do MPLA e pelos interesses económicos no seio da “comunidade internacional”, que deveria ter esses mesmos benefícios a partir do próprio povo “Lunda Tchokwe detentor das referidas riquezas” e não do colonizador;



A repressão e perseguição aos membros e liderança do Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe em particular, a violência em crescimento e violação aos direitos humanos em toda a Nação Lunda Tchokwe, o controlo mais apertado dos cidadãos Lunda Tchokwe em todas as esferas económicas e a nível de inserção nos organismos intermédios e de tope do próprio Estado Angolano, a manipulação de opinião pública, do poder Tradicional e da igreja com o objectivo de mobilizar os sectores conservadores e liberais de certas confissões religiosas, continuam a fazerem parte da cultura política do regime do MPLA no território Lunda Tchokwe, contra o Movimento do Protectorado Português;


O regime do MPLA, contínua com a sua politica de semear conflitos étnicos na Lunda Tchokwe, interferindo e influenciando directamente nas sucessões de poderes tradicionais com o único objectivo, o de retirar a união das forças internas Lunda Tchokwe e perpetuar o seu reinado colonizador com o saque desenfreada das suas riquezas;



A lei de terra aprovado na constituição atípica do regime angolano do MPLA em 2010 que o legitima como propriedade originária do Estado, na Lunda Tchokwe consideramos essa lei uma mera heresia, que tem um propósito de expropriar a terra aos autóctones e ocuparem se dela em nome do Estado. Para nós a terra tem um sinonimo legendário que prova a natureza existencial e transcendental que no auto designação dá identidade e soberania autónoma do povo a quem a pertence ao longo dos séculos, e não de um grupo de mafiosos, infiltrados nos regime governativos. É por estas e outras causas que continuaremos a lutar pacificamente ou com armas para devolver a dignidade do povo Lunda Tchokwe com a instauração da sua Autodeterminação;

 

As Nações Unidas e a comunidade internacional, sobretudo Portugal mantêm-se caladas diante de um genocídio, porque existe vários tipos de genocídio, a colonização da Lunda Tchokwe é um genocídio, aquilo que o grande escritor “Aimé Césaire” chamou de genocídio por substituição, porque na Lunda Tchokwe, tudo está sendo substituído de forma acelerada, favorecendo os interesses mediáticos do ocupacionismo do regime do MPLA com a conivência de alguns fascista português desde 1975;



O Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, Salienta que diante deste comportamento adere numa nova estratégia da sua Luta Pacifica que doravante adverte o regime do governo do MPLA que, as gerações, os Governos, as Personalidades, passam, mas as causas justas dos povos vencem. Estamos a lutar por uma causa Justa, legítima e Legal. Ontem fomos chamados de uns míseros famintos, aventureiros, hoje 14 anos da nossa existência em cada dez (10), Lunda Tchokwe apenas há só um inocentado desta causa, a maior disposta a sacrificar as sua vidas se for necessário para a conquista da nossa autodeterminação;


10º

Esse é o momento sério e decisivo da luta do povo Lunda Tchokwe, tanto na diáspora ou aqueles que se encontra forçosamente ao serviço do regime do governo do MPLA, nas Forças Armadas, no SINSE/SINFO, na Polícia Nacional e nos órgãos da soberania de Angola, salvaguardando interesses pessoais, para o seu auto-sustento, sinta-se que és um patriota da Nação Lunda Tchokwe, contamos consigo, com o seu contributo directo ou indirecto, somos um protectorado de Portugal que prevalece sobre um princípio “SCRIPTA SUNDA SERVANTA” dentro do direito publico internacional, plasmado na Carta da ONU, na Carta Africana dos direitos Humanos e do Homem, artigo 20.º e 21.º, da Convenção de Viena de 1969 – 1978 e da Declaração Universal dos Direitos Humanos;



11º

Amados compatriotas, amigos e naturais da Lunda Tchokwe, não importa se estão ao serviço do regime angolano do MPLA, onde é vosso sustento, importa que cada um de vós filho da Nação Lunda Tchokwe coloquem mais um bloco nesta casa em construção, colaborem para o resgate da nossa soberania claramente usurpada em colónia. A posição do regime angolano do MPLA de nos empurrar a guerra não é da nossa autoria, mais não se esqueçam que sempre as derrotas mundiais foram dos grandes exércitos, com o de Alemanha Nazi em 1939 – 1945, durante a 2ª guerra mundial;  

 

12º

O Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, considera que o Presidente João Manuel Gonçalves Lourenço, não deveria ignorar por muito tempo o dialogo e manter o estados “Quo da situação” porque o povo Lunda Tchokwe ver-se-á obrigada e forçada de anunciar e proclamar unilateralmente o “Governo Independente da Lunda Tchokwe”, criadas que estão as condições humanas, psicológicas e materiais para o efeito.

 

13º

O Comité Politico e o Secretariado Executivo Nacional do Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, saúda as posições que muitos dirigentes e políticos do mosaico Angolana que publicamente reconhecem e assumem favorável a questão da Nação Lunda Tchokwe a sua Autonomia de Angola; a estes dirigentes, Advogados, Jornalistas, Defensores dos direitos Humanos, aqui fica o nosso apreço de sempre.

 

Finalmente todos sabemos que Portugal colonizou Angola, ANC lutou contra o apartheid na Africa do Sul, Jesus Cristo enfrentou o poder do Império Romano, Vietname lutou com o Poder militar mais poderoso do mundo os Estados Unidos de América, o Nazismo combateu os Judeus, etc,. todos eles foram vencidos fruto de causas nobres e justas dos povos.

 

Luanda, aos 14 de Novembro de 2020.

 

Comité Político do Secretariado Executivo Nacional do

Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe

domingo, 15 de novembro de 2020

AUTO DE ELEIÇÃO DO EMBAIXADOR A ENVIAR A LOANDA A SOLICITAR A OCUPAÇÃO E A SOBERANIA DE PORTUGAL NA LUNDA (PROTECTOR)

 


Membros da Delegação do Muat Yanvo que viajaram com o Major Henrique de Carvalho para Loanda e posteriormente para Lisboa em busca da Protecção de Portugal


CARVALHO, Henrique A. D de – A Lunda, pp 197-202

 

  Aos doze dias do mez de Junho do anno do nascimento de Nosso Senhor Jesus Christo de mil oitocentos e oitenta e seis no Acampamento do Muatiânvua eleito, Ianvo vulgo Xá Madiamba, situado dois kilometros a leste da povoação do Chibango na margem esquerda do rio Chiumbue, no logar das audiências gerais estando reunidos os Muatas de lucano: Bungulo Anzovo, Chibango Cacuruba senhor da terra, Muzooli Mucanza sobrinho e herdeiro do assassinado Mucanza governador de Mataba, Tambu de Cabongo chefe dos Turubas entre os rios Chiumbue, Cassai e Luembe; e também os representantes de Muene Dinhinga, de Xá Cambuji, dos Muatas Cumbana, Caungula, de Muitia, de Muene Panda e outros e muito povo; o Muatiânvua eleito sentado na cadeira de espaldar dourada debaixo do docel e devidamente fardado annunciou que chamara os quilolos áquella reunião para se despachar a embaixada que ia seguir para Loanda segundo as deliberações tomadas na ultima audiência por elles quilolos, mas era preciso antes que todos ouvissem o que se escreveu na mucanda (auto) e firmassem com o seu signal para se provar a Muene Puto que eram desejos de todos o que se pedia na mucanda.

                Mostraram todos a sua adhesão ao que dissera Muatiânvua batendo pal-madas e proferindo as palavras do uso.

                Estava sentado á esquerda do Muatiânvua o Chefe da Expedição portugueza sr. Major Henrique Augusto Dias de Carvalho e em bancos de pequena altura seguiam-se os interpretes eu António de Bezerra e Augusto Jayme, mais pessoas presentes por parte da Expedição: os empregados José Faustino Samuel e Adolpho Ferreira, o cabo da força militar n.º 18 do Batalhão de Caçadores n.º 3 de Ambaca Jorge José, e soldado do mesmo batalhão n.º 54 Adriano Annanias, o Ambaguista João da Silva com honras de alferes, Mona Congolo, com honras de capitão, e os carregadores António Angonga, Negrão, Xavier, Gambôa, Manuel pequeno, Casimiro, Sarrote Ferreira, etc.

 

                O Chefe da Expedição disse: que tendo sido procurado pelo Muatiânvua e os principais quilolos para fazer constar a SUA MAGESTADE FEDELISSIMA o desejo que todos teem que o Governo do mesmo Augusto Senhor faça encorporar nos domínios da sua coroa as terras do Estado do Muatiânvua; escreveu no sentido em que lhe fora feito o pedido e ordenou que eu interprete António Bezerra de Lisboa lhe fizesse comprehender na sua língua o que estava escrito.

 

                Depois de algumas explicações e demoradas considerações do Muitia e do Muata Bungulo, deliberou-se que fosse representado o Muatiânvua por seu sobrinho Muteba porém por causa de força maior o Cacuata Capenda é substituído pelo Cacuata Noeji e como particular de Muteba irá o Caxalapoli de confiança do Muatiânvua Tanda Ianvo e determina-se a Caungula que dê um representante seu e peça a Muata Cumbana para apresentar um delle os quaes se encorporarão aos que daqui partem.

 

                O Muatiânvua e todos os grandes do Estado da Lunda representados pelos que firmam este auto reconhecem a Soberania de Portugal e pedem ao seu Governo que torne effectiva a ocupação da Lunda como terras portuguezas conservando entre os indiginas o que tem sido de seu uso e não importe embaraços á administração portugueza, e mantenha a integridade dos territórios como propriedade do antigo ESTADO DO MUATIÂNVUA.

 

                É abolida a pena da morte logo que a autoridade portugueza junto do Muatiânvua resgate a vida dos sentenciados e faça seguir estes debaixo de prisão para as terras de Angola.

 

                Fica proibida para fora das terras a venda ou troca de gente por artigos de commercio e nas terras não se pode tal transação fazer sem ser ouvida a auctoridade portugueza que tem preferência porque lhes dá a carta de alfor-ria, e como seus tutellados os educa no trabalho.

 

                Todas as pendências entre Lundas do Muatiânvua são resolvidas pelas auctoridades e as  esses com Quiocos ou quasquer povos de outra tribu ou com europeus serão resolvidas pela  auctoridade portugueza ouvindo as allegações dos Chefes dos indivíduos em demanda.

 

                Comprometteu-se o MUATIÂNVUA e todos os senhores de terras a auxiliar as autoridades portuguezas na segurança dos caminhos para os indivíduos extranhos ás povoações; facilitar aos portuguezes ou indivíduos que viajam com guias firmadas por auctoridades portuguezes, a passagem ou permanência nas povoações protegendo os estabelecimentos que venham a crear.

 

                Em quanto as autoridades portuguezas não possam dispor de recursos indispensáveis para serem devidamente educados os menores com direito á SUCESSÂO ao poder no Estado do Muatiânvua e nos estados em que elle se subdivide, as mesmas autoridades proporcionam os meios de os fazer educar nas terras portuguezas em que não faltam recursos para esse fim.

 

                O Muatiânvua depois de tomar posse da governação do Estado, comprometteu-se a validar todos os Tratados e nomeações feitas pelo Chefe da Expedição portugueza o Sr. Henrique Dias de Carvalho em terras da Lunda sem distinção de tribus; e desde já os quilolos que formam o seu séquito se obrigam a sujeitar-se á arbitragem do mesmo Chefe nas pendências a resolver com MONA QUISSENGUE chefe principal dos Quiocos entre os rios de Chicapa e Luembe de modo que nesta região fique bem firmada a paz entre as tribus sob o domínio do Muatiânvua e as sob o domínio d’aquelle.

 

                Pedem o Muatiânvua e os representantes da corte ao Governo de SUA MAGESTADE FIDELISSÍMA, auctoridades portuguezas, força de soldados brancos para distribuir pelos paizes do Estado (LUNDA), mestres de officios, padres, médicos, lavradores, industriaes e negociantes.

 

                Encarrega-se o seu embaixador além desta pedição, ainda a de pedir ao Sr Governador o que vae exposto na nota junta.

 

                E como todos os potentados e mais indivíduos presentes nada mais tinham a acrescentar ao que fica exposto, passou-se ás cerimónias da nomeação do embaixador que consistiram no seguinte:

 

                Chamado MUTEBA veio agachado collocar-se á frente do estrado sobre que estava collocada a cadeira e ahi ficou agachado. O Muatiânvua estendendo o braço direito sobre a cabeça delle disse umas palavras do rito que se resumem: em annunciar que o vae representar na longa jornada e tomará o seu nome e honras e nessa qualidade falará com o representante do grande Muene Puto em Loanda e por ter confiança nelle o escolhera e tudo que lhe disser é dito pelo próprio MUATIÂNVUA e tome muita conta no que ouvir para de tudo dar conhecimento ao Estado, lembrando se que vai preparar um melhor futuro para este. Depois recebendo de um prato que lhe apresentou muene Casse, mestre de cerimônias, um envolucro com pó vermelho dum lado, e branco do outro; ora tomando pitadas dum ora do outro fez-lhe cruzes na testa, hombros, peito, costa e braços pela parte interior, falando sempre: - que esperava não encontrasse, difficuldades no caminho, marchasse muito bem, que os maus espíritos andassem sempre longe delle etc.

 

 

              Em seguida cuspiu-lhe na palma da mão esquerda, o que o agraciado sorveu dum trago e depois passando os dedos da mão direita pela palma da mão direita do Muatiânvua dava um estalido com os dedos e repedindo isto três vezes terminou por bater três palmadas com as suas mãos, o que repetiram todos os circumstantes gritando Chi Noeji, Muatiânvua, na lá ni eza, echu aosso imanei, Zambi umutalei . ( Pelo grande dos grandes, estas feito Muatiânvua, vae e volta, nós todos te esperamos. Deus te vigie).

 

                E como nada mais houvesse a tratar com respeito ao assumpto, determinou o Chefe da Expedição que se encerrasse este auto que vae ser assignado pelos principais, fazendo uma cruz ao lado dos seus nomes, os que não sabem escrever e a todos eu secretario que escrevi reconheço pelas cathegorias que representam. – Acampamento do Muatiânvua na margem esquerda do Chiumbue, 12 de Junho de 1886.- (ass.) Henrique Augusto Dias de Carvalho, major do Exercito, Chefe de Expedição Portugueza ao Muatiânvua.

JOE BIDEN 46º PRESIDENTE ELEITO DOS ESTADOS UNIDOS DE AMERICA 2020


 Joe Biden é o novo Presidente Eleito nas eleições de 3 de Novembro de 2020, o 46º Presidente que irá assumir as suas funções a partir do dia 20 de Janeiro de 2021, para um mandado de 4 anos conforme a constituição Americana. 


Joe Biden do Partido Democrata substituirá assim na administração Americana Donald Trump do Partido Republicano.

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

ANTÓNIO CASTRO KASSONGO NOVO 1º SECRETARIO DE LUANDA DO MOVIMENTO DO PROTECTORADO PORTUGUÊS DA LUNDA TCHOKWE



ANTÓNIO CASTRO KASSONGO É O NOVO 1º SECRETARIO PARA A PROVINCIA DE LUANDA DO MOVIMENTO DO PROTECTORADO PORTUGUÊS DA LUNDA TCHOKWE 


É membro do Comité Politico, já foi Secretario Adjunto Regional de Kafunfo, antigo militante que sofre nas cadeias do regime em defesa de autodeterminação da Nação e Reino Lunda Tchokwe....

COMUNICADO DE IMPRENSA DO PROTECTORADO PORTUGUES DA LUNDA TCHOKWE SOBRE O 11 DE NOVEMBRO

COMUNICADO DE IMPRENSA DO PROTECTORADO PORTUGUES DA LUNDA TCHOKWE SOBRE O 11 DE NOVEMBRO

 


Dos 45 anos da dependência colonial da Lunda Tchokwe ao regime de Angola

 

PORTUGAL como Protector com obrigações jurídicas e judiciais, retirou-se da Nação Lunda em Novembro de 1975, sem renegociar e respeitar os tratados de Amizade, Comércio e de Protecção, por si celebrados, Portugal retirou-se da Nação Lunda Tchokwe em 1975 unilateralmente sem nenhuma explicação, Portugal continua silencioso sem dizer absolutamente nada sobre as razões da sua retirada e da consequente usurpação da Nação Lunda Tchokwe por Angola, Portugal celebrou PACTO SECRETO DE ANEXAÇÃO DA NAÇÃO LUNDA TCHOKWE Á ANGOLA EM 1975.

 

Hoje a Nação Lunda Tchokwe anexada ilegalmente ao Estado Vizinho de Angola, sofre o saqueamento indiscriminado dos seus recursos naturais, mortes, assassínios, opressão, escravatura, submissão ao analfabetismo, pobreza, a insalubridade e o desabrigo de todo o nosso povo desde Kuando Kubango até ao Dundo por parte do actual regime ocupante desde 1975 ou seja há 45 anos.

 

Os povos Africanos começaram a sua descolonização nos anos de 1945, logo após o fim da 2.ª guerra mundial. Angola, Cabo-Verde, Guiné, Moçambique e S.Tome e Príncipe,  colónias portuguesas, viviam na ânsia de libertar-se das amarras do colonialismo, tal como o haviam feito os povos de outras colónias no continente negro, sob domínio Francês, Inglês, Belga, espanhol, Alemanha, Italiano, etc, estas liberdades foram na sua maioria arrancadas a força das armas no contexto particular dos anos 1950 aos anos 1980.

 

A FNLA, MPLA e UNITA, foram os representantes legítimos do povo angolano que defenderam o território deles lés a lés as agruras e atrocidades, que abalaram os alicerces do império colonialistas português e levou a derrocada do regime de SALAZAR, continuado por Marcelo Caetano, depois de cerca de 493 anos (1482-1975) da presença de Portugal em Angola.

 

O alto-comissário, almirante LEONEL CARDOSO, proclamou a independência de Angola na manhã do dia 10 de Novembro de 1975, durante uma conferência de imprensa concedida no Palácio do Governo em Luanda e de seguida zarpou para Lisboa, deixado no terreno o troar dos canhões, numa angola dividida com armas entre os beligerantes; MPLA, FNLA e UNITA, era o pronuncio da guerra civil e de morte por tudo o que era canto, incluindo a Nação Lunda Tchokwe, alheia a uma guerra civil dos angolanos.



Leonel Cardoso declarou: “Em nome do Presidente da Republica Portuguesa proclamo solenemente, com efeito a partir das zero horas do dia 11 de Novembro de 1975, a independência de Angola e a sua plena soberania radicada no povo angolano, a quem pertence decidir as formas do seu exército doravante. A comunidade internacional conta, pois, entre os seus membros, um novo Estado (…)”, PORTUGAL deixa para atrás órfão o PROTECTORADO PORTUGUÊS DA LUNDA TCHOKWE a mercê dos angolanos.



Mas Leonel Cardoso, neste seu discurso reconheceu que as coisas em Angola não estavam bem assim, senão vejamos o que ele disse mais adiante: “ Que a luta fratricida termine em breve e os instrumentos de trabalho substituam para sempre os instrumentos de destruição e morte (…)”, as falhas e erros de Portugal que fizeram mais de 500.000 mil mortos de guerra civil angolana, incluindo filhos da Nação LUNDA TCHOKWE com um balanço acima de 55% de mortes e mutilados alheios a esta carnificina entre 1975 á 2002.



Assim iniciou Agostinho Neto o primeiro discurso que proferiu, não já como simples representante de um movimento de libertação, mas como porta-voz de um povo que acabara, após séculos de colonização, de ascender à independência. E acrescentou Agostinho Neto: “Correspondendo aos anseios do povo, o MPLA declara o nosso país constituído em Republica Popular de Angola”, país deles ANGOLA, quanto ao mesmo tempo estavam a anexar inocentemente do Povo Lunda Tchokwe o seu território sob olhar silencio do PROTECTOR, que agora devemos combater por todos os meios PORTUGAL na LUNDA TCHOKWE.

 

Agostinho Neto casado com Maria Eugenia Neto uma cidadã portuguesa, disse: “Durante o período compreendido entre o encontro de ALVOR e esta proclamação, só o MPLA não violou os acordos assinados. Aos lacaios internos do imperialismo (Referindo-se a UNITA e a FNLA) de há muito os deixamos de reconhecer como movimentos de libertação”, aqui estava dada as ordens para os massacres que se seguir durante mais de 35 anos, isto é, entre 1975 à 2002.

 

Agostinho Neto, concluiu: “Quanto a Portugal, o desrespeito pelos acordos de Alvor é manifesto. Entre outros, o facto de sempre ter silenciado a invasão de que o nosso pais é vítima por parte de exércitos regulares e forças mercenárias”.




CASO LUNDA TCHOKWE E CABINDA, NÃO DEVEMOS NUNCA REPARTIR ANGOLA


 

António Agostinho Neto, sabia muito bem a questão da Lunda Tchokwe, porque foi ele que disse a Portugal que o assunto era entre irmãos e seria resolvido internamente, veja agora o que ele disse no dia 13 de Novembro de 1975, ao recusar a cortar um bolo com a forma do mapa de Angola durante o jantar oficial realizado em Luanda para celebrar a independência.

 

Quando lhe apresentaram o enorme bolo com as 12 regiões de Angola delineadas a «CHANTILLY», o Senhor António Agostinho Neto, maquiavélico que era, matreiro no seio do seu Movimento de Libertação, pousou a faca, declarando: “Não devemos nunca repartir Angola”. Estava consumada a usurpação do protectorado da Lunda Tchokwe, incluindo os povos de Cabinda, até hoje (2020).

 

 

ANGOLA INDEPENDENTE OU DEPENDENTE?..



O passado deu uma visão diferente do que se pode fazer para construir uma NAÇÃO DAS NAÇÕES se o MPLA quiser, pois nada amara a LUNDA TCHOKWE a Angola, estamos sob jugo colonial, o 11 de Novembro de 1975, foi feito de uma forma separada. Uns em Luanda com Agostinho Neto do MPLA, outros no Uíge com Holden Roberto da FNLA e outros, ainda no Huambo com Jonas Malheiro Savimbi da UNITA.

 

Angola foi um parto a cesariana num ambiente de enorme convulsão asfixiante, perante a internacionalização do conflito civil angolano: Zaire (Congo de MOBUTU, actual RDC), Cuba de Fidel de Castro, URSS, EUA, Jugoslávia, Africa do Sul e outros países, estava desenhada o xadrez da dependência internacional, que levou a vida de um dos melhores filhos de Africa, o filho do REINO DE BAILUNDO JONAS MALHEIRO SAVIMBI.

 

Os africanos como sempre, apelidavam-se uns dos outros de inimigos, para uma mesma causa, a libertação e o poder político. As alianças dos interesses estrangeiros, uns eram proletários a favor do povo, segundo eles, outros eram capitalistas ou imperialistas, a causa era a mesma, a libertação dos seus povos e a instauração de um novo sistema de poder africano.

 

Outros defendiam que a revolução deveria ser enraizada nas realidades africanas tradicionais que nunca podia ser importada do estrangeiro, outros defendia os modelos revolucionários do mundo global, que não tem dono, não tem tradição nem deve restringir a origem de quem venha a governar, ou seja o mundo do CAPITAL.

 

Os interesses estrangeiros hoje, 45 anos da independência de Angola, falam mais alto do que todas as teorias que os políticos daquele 11 de Novembro de 1975 prometeram aos seus concidadãos, incluindo a colónia angolana do REINO DA LUNDA TCHOKWE. 

 

O sonho era de um país em que os seus filhos vivessem sem receio, de um país em que cada filho pudesse ter a sua casa, o seu carro, o seu emprego, a sua saúde, o seu ensino, viver uma vida normal e com grande prosperidade. Á medida que os anos foram passando, o sonho de muitos angolanos foi se afastando, os sacrifícios foram inúteis, não se justifica a morte de tanta gente, tantos sacrifícios, só para agradar um pequeno grupo de indivíduos/estrangeiros dentro do MPLA em detrimento as densas populacionais e REINOS FORÇADOS AO AMBIENTE de um nome, de um tal Lendário de Ngola Kiluange soba dos Quimbundos de NDONGO.

 

Temos consciência das fases em que Angola tem passado, mas o passado já deu-nos uma experiência,  e não á razões de o povo Lunda Tchokwe continuar a viver SOB DEPENDÊNCIA COLONIAL DE ANGOLA.




Comité Politico do Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, em Luanda ao 11 de Novembro de 2020


quinta-feira, 5 de novembro de 2020

MINISTRO DOS ASSUNTOS INTERNACIONAIS E O REPRESENTANTE PARA AFRICA DO DEPARTAMENTO DE ASSUNTOS INTERNACIONAIS

 

SR JOSÉ CARLOS DUARTE, MINISTRO DOS ASSUNTOS INTERNACIONAIS, DO MOVIMENTO DO PROTECTORADO PORTUGUÊS DA LUNDA TCHOKWE

 

 


 

 

Dr. Oliver Mupila, Representante do Movimento do Protectorado Português da Luanda Tchokwe para Africa do Departamento dos Assuntos Internacionais do Ministério de Assuntos Internacionais




quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Referências bibliográficas importantes da penetração Europeia na Lunda até 1975

 


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