COMUNICADO DE
IMPRENSA DO PROTECTORADO PORTUGUES DA LUNDA TCHOKWE SOBRE O 11 DE NOVEMBRO
Dos 45 anos da dependência colonial da Lunda
Tchokwe ao regime de Angola
PORTUGAL
como Protector com obrigações jurídicas e judiciais, retirou-se da Nação Lunda
em Novembro de 1975, sem renegociar e respeitar os tratados de Amizade, Comércio
e de Protecção, por si celebrados, Portugal retirou-se da Nação Lunda Tchokwe
em 1975 unilateralmente sem nenhuma explicação, Portugal continua silencioso
sem dizer absolutamente nada sobre as razões da sua retirada e da consequente
usurpação da Nação Lunda Tchokwe por Angola, Portugal celebrou PACTO SECRETO DE
ANEXAÇÃO DA NAÇÃO LUNDA TCHOKWE Á ANGOLA EM 1975.
Hoje
a Nação Lunda Tchokwe anexada ilegalmente ao Estado Vizinho de Angola, sofre o
saqueamento indiscriminado dos seus recursos naturais, mortes, assassínios,
opressão, escravatura, submissão ao analfabetismo, pobreza, a insalubridade e o
desabrigo de todo o nosso povo desde Kuando Kubango até ao Dundo por parte do
actual regime ocupante desde 1975 ou seja há 45 anos.
Os
povos Africanos começaram a sua descolonização nos anos de 1945,
logo após o fim da 2.ª guerra mundial. Angola, Cabo-Verde, Guiné,
Moçambique e S.Tome e Príncipe, colónias portuguesas, viviam na
ânsia de libertar-se das amarras do colonialismo, tal como o haviam feito os
povos de outras colónias no continente negro, sob domínio Francês,
Inglês, Belga, espanhol, Alemanha, Italiano, etc, estas liberdades foram na sua
maioria arrancadas a força das armas no contexto particular dos anos 1950 aos
anos 1980.
A
FNLA, MPLA e UNITA, foram os representantes legítimos do povo angolano que
defenderam o território deles lés a lés as agruras e atrocidades, que abalaram
os alicerces do império colonialistas português e levou a derrocada do regime
de SALAZAR, continuado por Marcelo Caetano, depois de cerca de 493 anos (1482-1975) da presença de Portugal em
Angola.
O
alto-comissário, almirante LEONEL CARDOSO, proclamou a independência de Angola
na manhã do dia 10 de Novembro de 1975, durante uma conferência de imprensa
concedida no Palácio do Governo em Luanda e de seguida zarpou para Lisboa,
deixado no terreno o troar dos canhões, numa angola dividida com armas entre os
beligerantes; MPLA, FNLA e UNITA, era o pronuncio da guerra civil e de morte
por tudo o que era canto, incluindo a Nação Lunda Tchokwe, alheia a uma guerra
civil dos angolanos.
Leonel Cardoso declarou: “Em nome do Presidente da Republica Portuguesa
proclamo solenemente, com efeito a partir das zero horas do dia 11 de Novembro
de 1975, a independência de Angola e a sua plena soberania radicada no povo
angolano, a quem pertence decidir as formas do seu exército doravante. A comunidade
internacional conta, pois, entre os seus membros, um novo Estado (…)”, PORTUGAL
deixa para atrás órfão o PROTECTORADO
PORTUGUÊS DA LUNDA TCHOKWE a mercê dos angolanos.
Mas Leonel Cardoso, neste seu discurso reconheceu que as coisas em Angola não
estavam bem assim, senão vejamos o que ele disse mais adiante: “ Que a luta fratricida termine em breve e os
instrumentos de trabalho substituam para sempre os instrumentos de destruição e
morte (…)”, as falhas e erros de Portugal que fizeram mais de 500.000 mil
mortos de guerra civil angolana, incluindo filhos da Nação LUNDA TCHOKWE com um
balanço acima de 55% de mortes e mutilados alheios a esta carnificina entre
1975 á 2002.
Assim iniciou Agostinho Neto o primeiro discurso que proferiu, não já como
simples representante de um movimento de libertação, mas como porta-voz de um
povo que acabara, após séculos de colonização, de ascender à independência. E
acrescentou Agostinho Neto: “Correspondendo aos anseios do povo, o MPLA declara
o nosso país constituído
Agostinho
Neto casado com Maria Eugenia Neto uma cidadã portuguesa, disse: “Durante o período compreendido entre o
encontro de ALVOR e esta proclamação, só o MPLA não violou os acordos
assinados. Aos lacaios internos do imperialismo (Referindo-se a UNITA e a FNLA) de há muito os deixamos de
reconhecer como movimentos de libertação”, aqui estava dada as ordens para
os massacres que se seguir durante mais de 35 anos, isto é, entre 1975 à 2002.
Agostinho
Neto, concluiu: “Quanto a Portugal, o
desrespeito pelos acordos de Alvor é manifesto. Entre outros, o facto de sempre
ter silenciado a invasão de que o nosso pais é vítima por parte de exércitos
regulares e forças mercenárias”.
CASO LUNDA TCHOKWE E
CABINDA, NÃO DEVEMOS NUNCA REPARTIR ANGOLA
António
Agostinho Neto, sabia muito bem a questão da Lunda Tchokwe, porque foi ele que
disse a Portugal que o assunto era entre irmãos e seria resolvido internamente,
veja agora o que ele disse no dia 13 de Novembro de 1975, ao recusar a cortar
um bolo com a forma do mapa de Angola durante o jantar oficial realizado em
Luanda para celebrar a independência.
Quando
lhe apresentaram o enorme bolo com as 12 regiões de Angola delineadas a «CHANTILLY», o Senhor António Agostinho Neto, maquiavélico
que era, matreiro no seio do seu Movimento de Libertação, pousou a faca,
declarando: “Não devemos nunca repartir
Angola”. Estava consumada a usurpação do protectorado da Lunda Tchokwe,
incluindo os povos de Cabinda, até hoje (2020).
ANGOLA INDEPENDENTE
OU DEPENDENTE?..
O passado deu uma
visão diferente do que se pode fazer para construir uma NAÇÃO DAS NAÇÕES se o
MPLA quiser, pois nada amara a LUNDA TCHOKWE a Angola, estamos sob jugo
colonial, o 11 de Novembro de 1975, foi feito de uma forma separada. Uns em Luanda
com Agostinho Neto do MPLA, outros no Uíge com Holden Roberto da FNLA e outros,
ainda no Huambo com Jonas Malheiro Savimbi da UNITA.
Angola
foi um parto a cesariana num ambiente de enorme convulsão asfixiante, perante a
internacionalização do conflito civil angolano: Zaire (Congo de MOBUTU, actual
RDC), Cuba de Fidel de Castro, URSS, EUA, Jugoslávia, Africa do Sul e outros
países, estava desenhada o xadrez da dependência internacional, que levou a
vida de um dos melhores filhos de Africa, o filho do REINO DE BAILUNDO JONAS
MALHEIRO SAVIMBI.
Os
africanos como sempre, apelidavam-se uns dos outros de inimigos, para uma mesma
causa, a libertação e o poder político. As alianças dos interesses
estrangeiros, uns eram proletários a favor do povo, segundo eles, outros eram
capitalistas ou imperialistas, a causa era a mesma, a libertação dos seus povos
e a instauração de um novo sistema de poder africano.
Outros
defendiam que a revolução deveria ser enraizada nas realidades africanas tradicionais
que nunca podia ser importada do estrangeiro, outros defendia os modelos
revolucionários do mundo global, que não tem dono, não tem tradição nem deve
restringir a origem de quem venha a governar, ou seja o mundo do CAPITAL.
Os
interesses estrangeiros hoje, 45 anos da independência de Angola, falam mais
alto do que todas as teorias que os políticos daquele 11 de Novembro de 1975 prometeram
aos seus concidadãos, incluindo a colónia angolana do REINO DA LUNDA TCHOKWE.
O
sonho era de um país em que os seus filhos vivessem sem receio, de um país em
que cada filho pudesse ter a sua casa, o seu carro, o seu emprego, a sua saúde,
o seu ensino, viver uma vida normal e com grande prosperidade. Á medida que os
anos foram passando, o sonho de muitos angolanos foi se afastando, os
sacrifícios foram inúteis, não se justifica a morte de tanta gente, tantos
sacrifícios, só para agradar um pequeno grupo de indivíduos/estrangeiros dentro
do MPLA em detrimento as densas populacionais e REINOS FORÇADOS AO AMBIENTE de
um nome, de um tal Lendário de Ngola Kiluange soba dos Quimbundos de NDONGO.
Temos
consciência das fases
Comité Politico do
Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, em Luanda ao 11 de
Novembro de 2020