segunda-feira, 15 de setembro de 2014

UNITA DENUNCIA INSUFICIÊNCIAS GOVERNATIVAS DO MPLA NA LUNDA SUL

UNITA DENUNCIA INSUFICIÊNCIAS GOVERNATIVAS DO MPLA NA LUNDA SUL


Virgílio Samussungu, secretário provincial da UNITA, na Lunda Sul orientou, recentemente a reunião do Comité Provincial do Partido, tendo considerado uma oportunidade para passar em revista a situação geral à luz dos desenvolvimentos que a Província tem conhecido.


“Nos últimos meses, a nossa Província tem conhecido situações que suscitam preocupações de vários cidadãos residentes, que achamos importante trazer à atenção deste órgão deliberativo do nosso Partido”, disse a dado momento da sua intervenção, sublinhado que o executivo da província não está se preocupa com a resolução dos problemas sociais da população.


O dirigente partidário destacou que o descontentamento que é notório no seio da população com o sistema do actual Governo no poder, com muitos cidadãos a manifestar-se claramente contra o abandono a que estão votados pelo actual regime.


Para Virgílio Samussungu é mais fácil um estrangeiro obter o Bilhete de Identidade angolano do que o cidadão do Chiluange, Kukumbi, Luma-Cassai ou mesmo de Mona-Quimbundo. 


“Os níveis reais de mortalidade nos bairros crescem todos os dias, faltam condições sanitárias, maus serviços e escassez de medicamentos”, afirmou, esclarecendo que a qualidade dos serviços da Educação baixa todos os dias, com problemas de poucas salas de aulas, remuneração incompatível de professores.


O político disse que a escola de formação de Professores da Lunda Sul não justifica a sua existência, porque os alunos formados na mesma, não são considerados no momento de concurso Público para o ingresso de novos professores. Os problemas que afectam a província passam também pelas estradas secundárias e terciárias, em estado péssimo, ao mesmo tempo que as populações não conhecem a energia eléctrica, nem água canalizada, indispensáveis ao consumo humano. 


Citou como exemplo o município de Kakolo onde foram construídos quatro fontenários de água nas localidades de Sachicapo, Sacahia, Zovo e Tchzeca, que produzem a qualidade de água acastanhada sem condições de consumo.


O desemprego é outro problema social mencionado pelo dirigente da UNITA na Lunda Sul, a par da pobreza que cresce todos os dias, com o desrespeito dos direitos fundamentais dos cidadãos.


“Cidadãos angolanos trabalhadores da Sociedade Mineira de Catoca, que sob o olhar silencioso do Governo da Província, foram submetidos a cárcere privado durante 3 horas foram despedidos”, denunciou, ao mesmo tempo que teceu críticas aos órgãos de comunicação social públicos que na província enganam o povo com propaganda.


De acordo com o dirigente partidário, o governo Provincial, as Administrações Municipais e Comunais, abandonaram a sua função de servidores e administradores Públicos; foram transformados em secretariados do Partido que promovem a intolerância Política nas aldeias, intimidando as autoridades tradicionais e entidades Religiosas.


Samussungu entende que somente a implantação do sistema autárquico poderá resolver os problemas vividos pelas populações da Lunda Sul.


“São as autarquias que concorrem para a resolução directa e autónoma dos problemas das populações”, enfatizou, esclarecendo que os problemas dos Municípios e das cidades nos termos da Constituição, devem ser resolvidos de forma autónoma pelos Munícipes, através de três órgãos próprios que são:


Uma Assembleia dotada de poderes deliberativos, um órgão Executivo Colegial e Um Presidente da Autarquia.
Samussungu lembrou que os Fóruns da Mulher Rural, não têm poder de decisão, não têm órgão eleitos, não têm recursos próprios.  



“As mulheres que participaram do Fórum de auscultação a Mulher Rural, foram seleccionadas à critério da Organização Feminina do Partido no Poder”, revelou o político.