sábado, 31 de maio de 2014

A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL VS NAÇÃO LUNDA TCHOKWE


A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL VS NAÇÃO LUNDA TCHOKWE

 

 A Nação Lunda Tchokwe não é parte integrante de Angola, disso todo mundo sabe, por isso que a cada dia que passa temos que lembrar a sociedade como é que os Portugueses chegaram a Nação Tchokwe e a consequente usurpação do território por Angola em 1975…

  

Em 1895, o Rei de Portugal nomeia Henrique Augusto Dias de Carvalho como seu Representante Politico na Nação Lunda Tchokwe na sequência de tratados de Protectorado celebrados com Autóctones e Muananganas Tchokwes entre 1885-1887, e fixa-se na localidade do Muene Saulimbo como a futura Vila da representação administrativa do então novo distrito militar da Lunda, não é uma ocupação colonial era simples representação diplomática de Portugal.

  

No ano de 1917 marca uma época importante da História do Mundo, a primeira guerra Mundial, assim foi denominada, mas que de mundial nunca passou, era uma disputa entre as potências económicas daquela era, foi nesta data que Portugal lança-se na aventura de conquistar mais reinos no interior, assim caíram o Reino de Kassange e o Mutano no reino do Humbi e Njiva, no reino do Kuanhama.

  

É claro que a intensidade desta agressão colonialista de Portugal aos vários povos e Reinos era relacionada com a primeira guerra mundial ou guerra imperialista.

 

Como já aqui afirmamos, a primeira guerra mundial 1914-1918, foi uma guerra entre os próprios imperialistas e colonizadores EUROPEUS. O motivo principal foi a conquista de mais espaços em África ou mais colónias. A partilha dos continentes coloniais (África, Ásia e América) estava feita, como sabemos, desde a conferência de Berlim 1884-1885. Mas esta conferência serviu para estabelecer alguns princípios coloniais que haviam de orientar os imperialistas na tomada das colónias.

  

Depois da conferência de Berlim, os imperialistas lançaram-se com toda a força na ocupação dos povos e seus territórios transformando-os em suas colónias, cada um com os direitos que a conferência lhe tinha dado. Anos depois, em pleno século XX, os países imperialistas voltaram a chocar-se uns com os outros.

  

A África estava no centro das atenções das ambições imperialistas, estava mais ou menos ocupada e os países mais fortes precisavam das colónias uns dos outros e também das colónias dos mais fracos, que era o caso de Portugal.

 

A Alemanha, por exemplo, tinha na África como colónias: o Kénia, a Namíbia, o Togo e parte dos Camarões, a Inglaterra ambicionava estas colónias.

 

Portugal tinha Moçambique, São Tome, Guiné e Angola (que era apenas uma faixa de 700 Kilometros a partir da costa Atlântica até Malange, Este-oeste e Zaire Uige e Moçamedes, posição Norte-Sul).

  

Nação Lunda Tchokwe, sempre esteve independente e fora da ocupação colonial de Portugal, esta história aqui narrada é de conhecimento geral, tanto por parte de governantes Angolanos da luta de libertação, Holden Roberto FNLA, António Agostinho Neto MPLA e Jonas Malheiro Savimbi UNITA como pela classe política portuguesa que esta a governar Portugal actualmente, embora eles tentam ignorar a história, por causa das ambições económicas e do expansionismo em pleno século XXI, ajudados pelos novos colonos Africanos, que a cada dia que passa continuam a vender Africa para grandes companhias Europeias, Asiáticas e Americanas para a exploração sem limites das sua riquezas em beneficio dos seus familiares e amigos.

  

O Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, optou pela via pacifica sem violência, em busca do “DIALOGO” que conduzirá a nossa terra a sua AUTONOMIA, mesmo que o senhor José Eduardo dos Santos, na sua condição de Presidente de Angola, que seria o garante de estabilidade politica, seria o homem de dialogo, o homem de debates, esteja simplesmente preocupado com os diamantes que os seus familiares, sobretudo filhos e seus amigos Generais nas Forças Armadas Angolanas exploram naquele território TCHOKWE.

  

A França e a Inglaterra tinham imensos territórios em África. A Itália possuía também alguns territórios como a Líbia, a Abissínia (actual Etiópia) e uma parte da Somália. A Espanha e a Bélgica possuíam cada uma a sua colónia.


 

A França e a Inglaterra, ambicionavam apanhar as colónias alemãs, as colónias portuguesas e as colónias italianas. A Alemanha ambicionava as colónias portuguesas, as colónias inglesas e as colónias francesas.


 

Por isso havia uma grande contradição entre Inglaterra e a França, de um lado, e a Alemanha, do outro lado. Portugal andava no meio deles a jogar com uns e com outros, como podia, por ser um país fraco. A verdade é que Portugal ocupara grandes territórios em África e não tenha capacidade de os defender sozinho. A solução dos portugueses era fazer conversações com uns e outros, enquanto uns e outros não estivessem em guerra.

 

Estas contradições provocaram a primeira grande guerra mundial 1914-1918 entre os imperialistas dentro do seu próprio continente a EUROPA.

  

Foi então que Portugal se lançou na conquista de vários reinos no interior de Angola excepto a Nação Lunda Tchokwe com quem havia celebrado os tratados de PROTECTORADO 1885-1894 reconhecidos internacionalmente pelos países presentes na Conferencia de Berlim, antes que os outros países o fizessem.

 
Em 1916 os alemães invadiram o Sul de Angola, Portugal teve de entrar na guerra ao lado dos Ingleses, para defender a posse das suas colónias.

  

Se a Nação Tchokwe fizesse parte da Província Ultramarina de Portugal Angola, a cidade de Henrique de Carvalho, hoje SAULIMBO ou simplesmente Saurimo, porque na língua Tchokwe não se pronuncia a palavra “R”, não teria 58 anos em 2014, mas sim 532 anos, os anos da fundação da cidade de Luanda colonial 1482-2014.

  

Os marcos fronteiriços da Nação Tchokwe com Angola, RDC e a Zâmbia, estão patentes no Tratado da ACTA dos limites fronteiriços na região da Lunda, assinado no dia 26 de Junho de 1893 em Luanda pelos Comissários de Portugal e da Bélgica e foram ractificados no dia 1 de Agosto do ano de 1894 em PARÍS FRANÇA.