A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL VS NAÇÃO LUNDA TCHOKWE
A Nação Lunda Tchokwe não é parte integrante
de Angola, disso todo mundo sabe, por isso que a cada dia que passa temos que
lembrar a sociedade como é que os Portugueses chegaram a Nação Tchokwe e a
consequente usurpação do território por Angola em 1975…
Em
1895, o Rei de Portugal nomeia Henrique Augusto Dias de Carvalho como seu
Representante Politico na Nação Lunda Tchokwe na sequência de tratados de
Protectorado celebrados com Autóctones e Muananganas Tchokwes entre 1885-1887,
e fixa-se na localidade do Muene Saulimbo como a futura Vila da representação
administrativa do então novo distrito militar da Lunda, não é uma ocupação
colonial era simples representação diplomática de Portugal.
No
ano de 1917 marca uma época importante da História do Mundo, a primeira guerra Mundial,
assim foi denominada, mas que de mundial nunca passou, era uma disputa entre as
potências económicas daquela era, foi nesta data que Portugal lança-se na
aventura de conquistar mais reinos no interior, assim caíram o Reino de Kassange
e o Mutano no reino do Humbi e Njiva, no reino do Kuanhama.
É
claro que a intensidade desta agressão colonialista de Portugal aos vários
povos e Reinos era relacionada com a primeira guerra mundial ou guerra
imperialista.
Como
já aqui afirmamos, a primeira guerra mundial 1914-1918, foi uma guerra entre os
próprios imperialistas e colonizadores EUROPEUS. O motivo principal foi a
conquista de mais espaços em África ou mais colónias. A partilha dos
continentes coloniais (África, Ásia
e América) estava feita, como
sabemos, desde a conferência de Berlim 1884-1885. Mas esta conferência serviu
para estabelecer alguns princípios coloniais que haviam de orientar os
imperialistas na tomada das colónias.
Depois
da conferência de Berlim, os imperialistas lançaram-se com toda a força na
ocupação dos povos e seus territórios transformando-os em suas colónias, cada
um com os direitos que a conferência lhe tinha dado. Anos depois, em pleno
século XX, os países imperialistas voltaram a chocar-se uns com os outros.
A
África estava no centro das atenções das ambições imperialistas, estava mais ou
menos ocupada e os países mais fortes precisavam das colónias uns dos outros e
também das colónias dos mais fracos, que era o caso de Portugal.
A
Alemanha, por exemplo, tinha na África como colónias: o Kénia, a Namíbia, o
Togo e parte dos Camarões, a Inglaterra ambicionava estas colónias.
Portugal
tinha Moçambique, São Tome, Guiné e Angola (que
era apenas uma faixa de 700 Kilometros a partir da costa Atlântica até Malange,
Este-oeste e Zaire Uige e Moçamedes, posição Norte-Sul).
Nação
Lunda Tchokwe, sempre esteve independente e fora da ocupação colonial de
Portugal, esta história aqui narrada é de conhecimento geral, tanto por parte
de governantes Angolanos da luta de libertação, Holden Roberto FNLA, António
Agostinho Neto MPLA e Jonas Malheiro Savimbi UNITA como pela classe política
portuguesa que esta a governar Portugal actualmente, embora eles tentam ignorar
a história, por causa das ambições económicas e do expansionismo em pleno século
XXI, ajudados pelos novos colonos Africanos, que a cada dia que passa continuam
a vender Africa para grandes companhias Europeias, Asiáticas e Americanas para
a exploração sem limites das sua riquezas em beneficio dos seus familiares e
amigos.
O
Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, optou pela via pacifica sem violência,
em busca do “DIALOGO” que conduzirá a nossa terra a sua AUTONOMIA, mesmo
que o senhor José Eduardo dos Santos, na sua condição de Presidente de Angola,
que seria o garante de estabilidade politica, seria o homem de dialogo, o homem
de debates, esteja simplesmente preocupado com os diamantes que os seus
familiares, sobretudo filhos e seus amigos Generais nas Forças Armadas
Angolanas exploram naquele território TCHOKWE.
A
França e a Inglaterra tinham imensos territórios em África. A Itália possuía
também alguns territórios como a Líbia, a Abissínia (actual Etiópia)
e uma parte da Somália. A Espanha e a Bélgica possuíam cada uma a sua colónia.
A
França e a Inglaterra, ambicionavam apanhar as colónias alemãs, as colónias
portuguesas e as colónias italianas. A Alemanha ambicionava as colónias
portuguesas, as colónias inglesas e as colónias francesas.
Por
isso havia uma grande contradição entre Inglaterra e a França, de um lado, e a
Alemanha, do outro lado. Portugal andava no meio deles a jogar com uns e com
outros, como podia, por ser um país fraco. A verdade é que Portugal ocupara
grandes territórios em África e não tenha capacidade de os defender sozinho. A
solução dos portugueses era fazer conversações com uns e outros, enquanto uns e
outros não estivessem em guerra.
Estas
contradições provocaram a primeira grande guerra mundial 1914-1918
entre os imperialistas dentro do seu próprio continente a EUROPA.
Foi
então que Portugal se lançou na conquista de vários reinos no interior de
Angola excepto a Nação Lunda Tchokwe com quem havia celebrado os tratados de PROTECTORADO 1885-1894 reconhecidos internacionalmente pelos países
presentes na Conferencia de Berlim, antes que os outros países o fizessem.
Em
1916 os alemães invadiram o Sul de Angola, Portugal teve de entrar na guerra ao
lado dos Ingleses, para defender a posse das suas colónias.
Se
a Nação Tchokwe fizesse parte da Província Ultramarina de Portugal Angola, a
cidade de Henrique de Carvalho, hoje SAULIMBO ou simplesmente Saurimo, porque na língua Tchokwe
não se pronuncia a palavra “R”, não teria 58 anos em 2014, mas sim 532 anos, os anos da
fundação da cidade de Luanda colonial 1482-2014.
Os
marcos fronteiriços da Nação Tchokwe com Angola,
RDC e a Zâmbia, estão patentes no
Tratado da ACTA dos limites fronteiriços na região da Lunda, assinado no dia 26
de Junho de 1893
em Luanda pelos Comissários de Portugal e da Bélgica e foram ractificados no
dia 1 de Agosto do ano de 1894 em PARÍS FRANÇA.