NÃO EXISTE NENHUM POVO CHAMADO LUNDÊS NO
TERRITÓRIO DA NAÇÃO TCHOKWE – PRIMEIRA PARTE
Não
vamos permitir que estrangeiros ao serviço do regime do Presidente José Eduardo
dos Santos, apareçam e venha cá para ditar regras e tentarem alterar a ordem
etnolinguística do nosso povo por apetência de algum dia quererem governar-nos,
já basta a presença ilegal que nos humilha todos os dias de Cabo Verdianos,
S.Tomenses disfarçados de Ngolas.
EXSTE
SIM, um povo chamado LUNDÊS na Republica Democrático do Congo, não no
território da Nação Tchokwe que reivindica a sua AUTONOMIA de Angola.
Somos
Tchokwes com um pequeno grupo de Lundas, um povo que veio por intermédio de um ladrão
TCHIBINDA ILUNGA e que se envolveu com a Rainha Luweji, da relação
amorosa e danosa, adveio um filho não legitimo que a Rainha adoptou como sendo
seu, mas que era filho de uma sua concubina ou da sua empregada domestica de
nome MUALI KAMONGA, esse filho é o “YAV ou YANV” que passou a ser
conhecido posteriormente por MUATA
+YAV ou Muatiânvua que reinou na
Mussumba depois da constituição do reino Lunda de Katanga.
Qualquer
indivíduo que se diz ser filho da Nação Tchokwe ou simplesmente Nação Lunda
Tchokwe, que se atreve a chamar-nos de Lundeses, é estrangeiro, um Muluba
proveniente ou Banhamulengue, disso não vamos permitir, nem que tenhamos que
pegar em armas para defender a nossa terra da invasão estrangeira que José
Eduardo dos Santos permitiu.
A
comunidade Internacional virá com a sua teoria, a de que há conflitos étnicos no
território Tchokwe, que não conduzirá com a verdade…
Nós
somos um povo que sempre permitiu sem coação de ninguém a convivência
multiétnica de vários povos de diferentes latitude, a que chamamos “TCHILAMBALA
ou MUKWAKWIZA, o mesmo que significa estrangeiro”, a quem dávamos sem custo ou pagamento de alguma
multa a terra para se estabelecer.
Somos
intelectuais, académicos, historiadores, etnógrafos e não vamos permitir que um
Banhamulengue aparece do nada, e venha aqui para nos rotular de LUNDESES,
que ofensa…já basta a colonização Angolana a que estamos a combater
pacificamente, mas outra intromissão não vamos permitir.
Historiadores
conhecem a existência do ITENGO e o que ela significa…não faz muito tempo, por
isso estamos aconselhar a nossa Juventude e o nosso Povo, que a verdade esta
escrito orgulhosamente na grande obra original, escrita sem o concurso de
estrangeiros nem fontes deturpadores, uma obra de muita pesquisa e investigação
de um filho da Nação Tchokwe com o titulo “O
IMPERIO TCHOKWE - ANGOLA – O MAPA COR DE ROSA E A CONFERÊNCIA DE BERLIM DE 1884-1885”.
No
território da Nação Lunda Tchokwe; Kuando Kubango, Moxico e o antigo distrito
da Lunda, hoje norte e sul, não existe nenhum povo chamado LUNDÊS,
isso é ofensa condenável. Como é possível um leigo, um mentiroso que não conhece
sua origem pode escrever a história do povo Tchokwe?
A
página 17 do livro intilulado História de Angola, (Ministério de Educação)
parágrafos 4 e 5 informa-nos o seguinte:
“(…) No Século
XVIII (18), uma parte do povo Lunda abandonou o império e
emigrou para o ocidente, fixando-se no actual distrito do Moxico, dando
origem aos Tchokwes (Thutchokwe), outros dirigiram-se mais tarde para
o Sul, dominando os povos que aí se encontravam (…)”.
Certos
historiadores assinalam como todo o mundo já sabe que: “o Leste
de Angola foi antigo domínio dos Lundas ou do rei Mwatchiyanvua e que os
Tchokwes são ou foram invasores”;
assim como José Redinha o diz, cito:
(…) Os Quiocos (Tutchokwe) fugindos
a soberania dos imperadores da Lunda, vários grupos invadiram os actuais
territórios do Nordeste, constituindos pela Lunda e grande parte do
Moxico (Mushiko), incluido o alto Zambeze (Liambeji), regiões
estas que Muatiânvua (Mwatchiyanvua) faria ocupar
pouco tempo depois, instituindo-as províncias do império, convista a
submetê-las ao seu domínio e a subordinar à jurisdição dos seus governadores as
tribos desertoras (…).
De onde era originário o povo Tchokwe?
(…) A moderna
história do Nordeste é uma aventura irrequieta de caçadores guerrilheiros em
Luta decidida e desigual contra o Império Lunda (…). Que disparate!
Parágrafos
2 e 3 da página 2 do livro Etnosociologia do nordeste de Angola.
Essas
teses todas não correspondem à verdade nenhuma, toda história
contada ao longo dos anos sobre os Lundas, os Tchokwes e
Lunda-Tchokwe é autenticamente falsa; essas histórias de o reino Lunda
ser o despotismo do maior império negro da África Austro-Central ou o
mais poderoso que dominou a África Central até nos finais do século 19,
sob direcção de dinastia do Mwatchiyanvua, herdeiro da rainha Luweji como a
história colonial nos ensina é uma falsificação autêntica, não só, o rei
Mwatchiyanvua nunca herdeu o trono da rainha Luweji.
Tudo
que foi escrito por senhores Henrique de Carvalho, José Redinha e todos outros
historiadores que surgiram depois não corresponde à verdade, é autenticamente
falsa.
A
Nação Tchokwe, é um facto que foi totalmente esquecido pela Conferência de
Berlim, pelas Nações Unidas; este, foi ocupado ilegalmente pela Angola, isso
até hoje e ninguém se lembra e nem faz-se mais questão de preocupação nacional
ou internacional.
Quanto
as negociações sobre a independência de Angola, a Conferência de Berlim
reconheceu a legitimidade de Portugal proteger o território situado entre-os-rios
Kwango e Kasayi ou o centro da Nação Tchokwe sendo uma soberania independente (actual
leste de Angola Kuando Kubango, Moxico e antigo distrito de Lunda). Não existe documentos, nem tratado dessa
conferência que liga esse país à Angola que já existia há mais de 400 anos
sendo terra ultamarina portuguesa e, a sua fronteira se terminava apenas na
margem esquerda do rio Kwango conforme mostram as provas oficiais e definitivas
(cartas e mapas) que o Estado Português apresentou à essa Conferência.
Apesar
de tudo passar, os Angolanos e o resto do mundo devem saber a verdade sobre o
acordo de Alvor sobre as negociações da independência de Angola; o 6º artigo
desse tratado reza que: “ a independência e soberania plena de
Angola serão solenemente proclamadas em 11 de Novembro de 1975, em Angola, pelo
Presidente da República Portuguesa ou por representante seu expressamente
designado”. Se houve conversações
e acordo de paz a nível humano entre os três movimentos de libertação de Angola
e o Estado Português, o que levou o MPLA a quebrar esse grande compromisso
violando o fim desse artigo 6º que diz que: “ A partir desta data será
considerado ilícito qualquer acto de recurso a força que não seja determinado
pelas autoridades competentes com vista a impedir a violência interna ou
agressão externa”, recorrendo
uma vez mais pela força das armas massacrando os Portugueses, correndo os
seus irmãos da FNLA e da UNITA com quem lutou junto pela libertação de
Angola, proclamando ilegitimamente a independência se faltavam apenas 9 meses,
3 semanas e 5 dias aproximadamente depois de quase 5 séculos de colonização
para que Angola chegue à esse grande dia da sua história?
O
centro da Nação Tchokwe que hoje constitue a antiga província da Lunda, (actuais
Lunda-Norte e Sul), foi anexada injustamente ao reino Lunda dos Mwatchiyanvua,
situado na Katanga, no Kongo ex-Zaïre pelo Português Henrique Augusto Dias de
Carvalho; o território do actual Nordeste de Angola foi traiçoeiramente
denominado Lunda para castigar o imperador Mwandumba wa Tembo premeditando o
desaparecimento lento e total do Império Tchokwe que o fez perder Katanga; os senhores Henrique de Carvalho e o
etnólogo José Redinha tiveram fama, glória e honra a custo da
mentira.
Quando
o homem branco penetrou pela primeira vez no interior de África, encontrou O IMPÉRIO TCHOKWE BEM ASSENTADO NESTA
MESMA KATANGA OCIDENTAL e, nesta
altura histórica, o reino Lunda não se tinha ainda formado.
Quando
os Tchokwes abandonaram Katanga para o novo país que é a margem esquerda do rio
Kasayi, ou para actual Leste de Angola é quando o reino Lunda se formou;
este reino ou melhor o
actual idioma Lunda é o resultado da fusão ou mistura da língua Luba ou
Tchiluba, do caçador Luba Tchibinda Ilunga e Utchokwe, idioma da rainha Luweji; portanto, é na Katanga
no Kongo ex-Zaïre por onde deveria existir o grupo étno-linguístico ou misto LUBA-TCHOKWE ou LUBA-LUNDA,
mas nunca três vezes LUNDA-TCHOKWE ou TCHOKWE-LUNDA, nesta Angola.
É
de notar que, mesmo na Katanga, lá no Kongo onde se formou o reino Lunda, quem
foram os primeiros reinantes daquela região foram os Tchokwe.
É
de salientar que, os avôs e pais da rainha Luweji, a própria Luweji, seus
parentes: Nakambamba
Mussupa Nama, Mwambumba, os irmãos Tchingudi, Tchinyama, Ndondji, Kasongo;
Mwamushiko e os Thubungu nunca foram
do reino Bungu ou Lunda como diz-se mas, sim puramente TCHOKWE,
eles não conheceram a Língua Ulunda.
TCHOKWE
SIGNIFICA: tchingudi ou Imbangala, Kasanji, Kaphende, Mwene Kafunvu, Mbunda,
Mbwela, Minungu, Lwena (Luvale), Ngangela, Kafuiya, Ndemba, Lasa, Makosa,
Lwimbi ou numa palavra todo povo que sem excepção que constituem a Nação
Tchokwe ao Leste de Angola e oeste da RDC e Zâmbia.