sexta-feira, 2 de maio de 2014

NÃO EXISTE NENHUM POVO CHAMADO LUNDÊS NO TERRITÓRIO DA NAÇÃO TCHOKWE – PRIMEIRA PARTE

NÃO EXISTE NENHUM POVO CHAMADO LUNDÊS NO TERRITÓRIO DA NAÇÃO TCHOKWE – PRIMEIRA PARTE





Não vamos permitir que estrangeiros ao serviço do regime do Presidente José Eduardo dos Santos, apareçam e venha cá para ditar regras e tentarem alterar a ordem etnolinguística do nosso povo por apetência de algum dia quererem governar-nos, já basta a presença ilegal que nos humilha todos os dias de Cabo Verdianos, S.Tomenses disfarçados de Ngolas.



EXSTE SIM, um povo chamado LUNDÊS na Republica Democrático do Congo, não no território da Nação Tchokwe que reivindica a sua AUTONOMIA de Angola.  



Somos Tchokwes com um pequeno grupo de Lundas, um povo que veio por intermédio de um ladrão TCHIBINDA ILUNGA e que se envolveu com a Rainha Luweji, da relação amorosa e danosa, adveio um filho não legitimo que a Rainha adoptou como sendo seu, mas que era filho de uma sua concubina ou da sua empregada domestica de nome MUALI KAMONGA, esse filho é o “YAV ou YANV” que passou a ser conhecido posteriormente por MUATA +YAV ou Muatiânvua que reinou na Mussumba depois da constituição do reino Lunda de Katanga.



Qualquer indivíduo que se diz ser filho da Nação Tchokwe ou simplesmente Nação Lunda Tchokwe, que se atreve a chamar-nos de Lundeses, é estrangeiro, um Muluba proveniente ou Banhamulengue, disso não vamos permitir, nem que tenhamos que pegar em armas para defender a nossa terra da invasão estrangeira que José Eduardo dos Santos permitiu.



A comunidade Internacional virá com a sua teoria, a de que há conflitos étnicos no território Tchokwe, que não conduzirá com a verdade…



Nós somos um povo que sempre permitiu sem coação de ninguém a convivência multiétnica de vários povos de diferentes latitude, a que chamamos “TCHILAMBALA ou MUKWAKWIZA, o mesmo que significa estrangeiro”, a quem dávamos sem custo ou pagamento de alguma multa a terra para se estabelecer.



Somos intelectuais, académicos, historiadores, etnógrafos e não vamos permitir que um Banhamulengue aparece do nada, e venha aqui para nos rotular de LUNDESES, que ofensa…já basta a colonização Angolana a que estamos a combater pacificamente, mas outra intromissão não vamos permitir.



Historiadores conhecem a existência do ITENGO e o que ela significa…não faz muito tempo, por isso estamos aconselhar a nossa Juventude e o nosso Povo, que a verdade esta escrito orgulhosamente na grande obra original, escrita sem o concurso de estrangeiros nem fontes deturpadores, uma obra de muita pesquisa e investigação de um filho da Nação Tchokwe com o titulo “O IMPERIO TCHOKWE - ANGOLA – O MAPA COR DE ROSA E A CONFERÊNCIA DE BERLIM DE 1884-1885”.



No território da Nação Lunda Tchokwe; Kuando Kubango, Moxico e o antigo distrito da Lunda, hoje norte e sul, não existe nenhum povo chamado LUNDÊS, isso é ofensa condenável. Como é possível um leigo, um mentiroso que não conhece sua origem pode escrever a história do povo Tchokwe?



A página 17 do livro intilulado História de Angola, (Ministério de Educação)  parágrafos 4 e 5 informa-nos o seguinte:



“(…) No Século XVIII (18), uma parte do povo Lunda abandonou o império e emigrou para o ocidente, fixando-se no actual distrito do Moxico, dando origem aos Tchokwes (Thutchokwe), outros dirigiram-se mais tarde para o Sul, dominando os povos que aí se encontravam (…)”.



Certos historiadores assinalam como todo o mundo já sabe que: “o Leste de Angola foi antigo domínio dos Lundas ou do rei Mwatchiyanvua e que os Tchokwes são ou foram   invasores”; assim como José Redinha o diz, cito:



(…) Os Quiocos (Tutchokwe) fugindos a soberania dos imperadores da Lunda, vários grupos invadiram os actuais territórios do Nordeste, constituindos pela Lunda e grande parte do Moxico (Mushiko), incluido o alto Zambeze (Liambeji), regiões estas que Muatiânvua    (Mwatchiyanvua) faria ocupar pouco tempo depois, instituindo-as províncias do império, convista a submetê-las ao seu domínio e a subordinar à jurisdição dos seus governadores as tribos desertoras (…).



De onde era originário o povo Tchokwe?



(…) A moderna história do Nordeste é uma aventura irrequieta de caçadores guerrilheiros em Luta decidida e desigual contra o Império Lunda (…). Que disparate!



Parágrafos 2 e 3 da página 2 do livro Etnosociologia do nordeste de Angola.



Essas teses todas não correspondem à verdade nenhuma, toda história    contada ao longo dos anos sobre os Lundas, os Tchokwes e Lunda-Tchokwe é autenticamente falsa;  essas histórias de o reino Lunda ser o despotismo do maior império negro da África Austro-Central ou o mais poderoso que dominou a África Central  até nos finais do século 19, sob direcção de dinastia do Mwatchiyanvua, herdeiro da rainha Luweji como a história colonial nos ensina é uma falsificação autêntica, não só, o rei  Mwatchiyanvua nunca herdeu o trono da rainha Luweji.



Tudo que foi escrito por senhores Henrique de Carvalho, José Redinha e todos outros historiadores que surgiram depois não corresponde à verdade, é autenticamente falsa.



 A Nação Tchokwe, é um facto que foi totalmente esquecido pela Conferência de Berlim, pelas Nações Unidas; este, foi ocupado ilegalmente pela Angola, isso até hoje e ninguém se lembra e nem faz-se mais questão de preocupação nacional ou internacional.



Quanto as negociações sobre a independência de Angola, a Conferência de Berlim reconheceu a legitimidade de Portugal proteger o território situado entre-os-rios Kwango e Kasayi ou o centro da Nação Tchokwe sendo uma soberania independente (actual leste de Angola Kuando Kubango, Moxico e antigo distrito de Lunda). Não existe documentos,  nem tratado dessa conferência que liga esse país à Angola que já existia há mais de 400 anos sendo terra ultamarina portuguesa e, a sua fronteira se terminava apenas na margem esquerda do rio Kwango conforme mostram as provas oficiais e definitivas (cartas e mapas) que o Estado Português apresentou à essa Conferência.




Apesar de tudo passar, os Angolanos e o resto do mundo devem saber a verdade sobre o acordo de Alvor sobre as negociações da independência de Angola; o 6º artigo desse tratado reza que: “ a independência e soberania plena de Angola serão solenemente proclamadas em 11 de Novembro de 1975, em Angola, pelo Presidente da República Portuguesa ou por representante seu expressamente designado”. Se houve conversações e acordo de paz a nível humano entre os três movimentos de libertação de Angola e o Estado Português, o que levou o MPLA a quebrar esse grande compromisso violando o fim desse artigo 6º que diz que: “ A partir desta data será considerado ilícito qualquer acto de recurso a força que não seja determinado pelas autoridades competentes com vista a impedir a violência interna ou agressão externa”, recorrendo uma vez mais pela força das armas massacrando os Portugueses,  correndo os seus irmãos da FNLA e da UNITA com quem lutou junto pela  libertação de Angola, proclamando ilegitimamente a independência se faltavam apenas 9 meses, 3 semanas e 5 dias aproximadamente depois de quase 5 séculos de colonização para que Angola chegue à esse grande dia da sua história?




O centro da Nação Tchokwe que hoje constitue a antiga província da Lunda, (actuais Lunda-Norte e Sul), foi anexada injustamente ao reino Lunda dos Mwatchiyanvua, situado na Katanga, no Kongo ex-Zaïre pelo Português Henrique Augusto Dias de Carvalho; o território do actual Nordeste de Angola foi traiçoeiramente denominado Lunda para castigar o imperador Mwandumba wa Tembo premeditando o desaparecimento lento e total do Império Tchokwe que o fez perder Katanga; os senhores Henrique de Carvalho e o etnólogo José Redinha tiveram fama, glória  e honra a custo da mentira. 



Quando o homem branco penetrou pela primeira vez no interior de África, encontrou O IMPÉRIO TCHOKWE BEM ASSENTADO NESTA MESMA KATANGA OCIDENTAL e, nesta altura histórica, o reino Lunda não se tinha ainda formado.



Quando os Tchokwes abandonaram Katanga para o novo país que é a margem esquerda do rio Kasayi, ou  para actual Leste de Angola é quando o reino Lunda se formou; este reino ou melhor o actual idioma Lunda é o resultado da fusão ou mistura da língua Luba ou Tchiluba, do caçador Luba Tchibinda Ilunga e Utchokwe, idioma da rainha Luweji; portanto, é na Katanga no Kongo ex-Zaïre por onde deveria existir o grupo étno-linguístico ou misto LUBA-TCHOKWE ou LUBA-LUNDA, mas nunca três vezes LUNDA-TCHOKWE ou TCHOKWE-LUNDA, nesta Angola.



É de notar que, mesmo na Katanga, lá no Kongo onde se formou o reino Lunda, quem foram os primeiros reinantes daquela região foram os Tchokwe.


É de salientar que, os avôs e pais da rainha Luweji, a própria Luweji, seus parentes: Nakambamba Mussupa Nama, Mwambumba, os irmãos Tchingudi, Tchinyama, Ndondji, Kasongo; Mwamushiko e os Thubungu nunca foram do reino Bungu ou Lunda como diz-se mas, sim puramente TCHOKWE, eles não conheceram a Língua Ulunda.




TCHOKWE SIGNIFICA: tchingudi ou Imbangala, Kasanji, Kaphende, Mwene Kafunvu, Mbunda, Mbwela, Minungu, Lwena (Luvale), Ngangela, Kafuiya, Ndemba, Lasa, Makosa, Lwimbi ou numa palavra todo povo que sem excepção que constituem a Nação Tchokwe ao Leste de Angola e oeste da RDC e Zâmbia.