OS 10 MANDAMENTOS DO VOTO ÉTICO DA IGREJA
Este texto foi
preparado pela Associação Evangélica Brasileira (AEVB), visando contribuir para
uma maior conscientização no meio cristão, no sentido de que o voto evangélico
não seja manipulado, como tantas vezes têm acontecido. ( E em Angola tem
acontecido o mesmo ao longo das ultimas 3 décadas, razão pela qual trazemos
para reflexão, dos Angolanos em geral e dos cristãos em especial.
Estamos divulgando este texto porque julgamos oportuno, num momento eleitoral como o que vivemos que a Igreja se porte nessa questão com o máximo de ética e decoro. Como poderemos pedir aos nossos membros, ética e honestidade, se nós mesmos nos envolvermos com apadrinhamentos políticos e venda de votos em troca de favores? Como em tudo o mais, precisamos ser exemplo nessa questão.
Estamos divulgando este texto porque julgamos oportuno, num momento eleitoral como o que vivemos que a Igreja se porte nessa questão com o máximo de ética e decoro. Como poderemos pedir aos nossos membros, ética e honestidade, se nós mesmos nos envolvermos com apadrinhamentos políticos e venda de votos em troca de favores? Como em tudo o mais, precisamos ser exemplo nessa questão.
Em resumo, ansiamos ver os pastores brasileiros ( E Angolanos ) ensinando o povo a pensar e a decidir por si próprios na questão política, levando em conta propostas sérias que apontem para o bem comum. Queremos colaborar para que terminem tanto o "voto de cabresto", os "currais eleitorais", como a velha ideia de que a Igreja deve eleger pessoas pensando nos seus próprios interesses.
«OS DEZ MANDAMENTOS» DO VOTO ETICO DA IGREJA
I.
O voto é intransferível e inegociável. Com ele o cristão, expressa sua
consciência como cidadão. Por isso, o voto precisa refletir a compreensão que o
cristão tem de seu País, Estado e Municipio;
II. O cristão não deve violar a sua consciência política. Ele não deve negar sua maneira de ver a realidade social, mesmo que um líder da igreja tente conduzir o voto da comunidade numa outra direcção;
III. Os pastores e líderes têm a obrigação de orientar aos fiéis sobre como votar com Ética e com discernimento. No entanto, devem evitar transformar o processo de elucidação política num projecto de manipulação e indução político-partidário.
IV. Os líderes evangélicos devem ser lúcidos e democráticos. Portanto, melhor do que indicar em quem a comunidade deve votar é organizar debates multipartidários, nos quais os vários representantes de correntes políticas possam ser ouvidos sem preconceitos; (atenção até nas organizações religiosas as correntes politicas tem representantes)
V. A diversidade social, econômica e ideológica que caracteriza a igreja evangélica no Brasil (e Angola) deve levar os pastores a não tentar conduzir processos político-partidários dentro da igreja, sob pena de que, em assim fazendo, eles dividam a comunidade em diversos partidos;
VI. Nenhum cristão deve se sentir obrigado a votar em um candidato pelo simples fato de ele se confessar cristão evangélico. Antes disso, os evangélicos devem discernir se os candidatos ditos cristãos são pessoas lúcidas e comprometidos com as causas de justiça e da verdade.
E mais: é fundamental que o candidato evangélico queira se eleger para propósitos maiores do que apenas defender os interesses imediatos de um grupo ou de uma denominação evangélica. É óbvio que a igreja tem interesses que passam também pela dimensão política. Todavia, é mesquinho e pequeno demais pretender eleger alguém apenas para defender interesses restritos às causas temporais da igreja.
Um político evangélico tem que ser, sobretudo, um evangélico na política e não apenas um "despachante" de igrejas;
VII. Os fins não justificam os meios. Portanto, o eleitor cristão não deve jamais aceitar a desculpa de que um político evangélico votou de determinada maneira, apenas porque obteve a promessa de que, em fazendo assim, ele conseguira alguns benefícios para a igreja, sejam rádios, imóveis, ou outros "trocos", ainda que menores.
Conquanto todos assumamos que nos bastidores da política haja acordos e composições de interesse, não se pode, entretanto, admitir que tais "acertos" impliquem a prostituição da consciência de um cristão, mesmo que a "recompensa" seja, aparentemente, muito boa para a expansão da causa evangélica. Afinal, Jesus não aceitou ganhar os "reinos deste mundo" por quaisquer meios. Ele preferiu o caminho da cruz;
VIII. Os eleitores evangélicos devem votar, sobretudo, baseados em programas de governo, e não apenas em função de «boatos» do tipo:
"O candidato tal é ateu"; ou: "O sicrano não vai dar nada para os evangélicos"; ou ainda: "O beltrano é bom porque dará muito para os evangélicos". É bom saber que a Constituição do País não dá a quem quer que seja o poder de limitar a liberdade religiosa de qualquer grupo. Alem disso, é valido observar que aqueles que espalham tais boatos, quase sempre, têm a intenção de induzir os votos dos eleitores assustados e impressionados, na direção de um candidato com o qual estejam comprometidos;
IX. Sempre que um eleitor evangélico estiver diante de um impasse do tipo: "o candidato evangélico é ótimo, mas seu partido não é o que eu gosto", é de bom alvitre (correcto) que se vote nele desde que ele tenha as qualificações para o cargo.
X. Nenhum eleitor evangélico deve se sentir culpado por ter opinião política diferente da de seu pastor ou líder espiritual. O pastor deve ser obedecido em tudo aquilo que ele ensina sobre a Palavra de Deus, de acordo com ela. No entanto, no âmbito político, a opinião do pastor deve ser ouvida apenas como a palavra de um cidadão, e não como uma profecia divina.
O voto do cristão não pode ser manipulado, pois ele é livre
Sabemos que nessa época sempre aparece candidatos pedindo voto na igreja, pedindo apoio aos irmãos, dizendo que vão defender a igreja, e outros tantos argumentos ridículos plantados muitas vezes apenas com interesses eleitoralistas. Onde estão os projectos? O trabalho pela comunidade?
A maioria não mostra, mas quer o voto do cristão, cidadão. Infelizmente convencem o líder religioso com: - tijolos, empregos, dinheiro etc.... e depois desaparecem. Por isso, o voto tem que ser consciente e livre
Igreja (instituição) é local para pedir voto? Há quem pense que sim, como quem também ache correcto transformar a Casa de Deus num comércio.
Enfim para os que acham que sou contra os candidatos "crentes", afirmo: não sou . Mas continuo ressaltando que o voto tem que ser consciente. Basta ver que o "político" que se diz cristão e não fez nada além de ficar de blá blá...
O Voto tem que ser livre e cada um tem o direito de escolher o seu candidato. Reafirmo: somos livres. Mas infelizmente ainda há os que querem colocar cabresto.- «Corromper e impor». O Voto tem que ser conquistado (com o programa que satisfaça a melhoria da qualidade de vida do eleitor) e não comprado
Associação
Evangélica Brasileira (AEVB)