sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Comandante-Geral da Polícia diz não dominar assunto do desaparecimento de Alves Kamulingue e Isaías Cassule






Luanda - Dois homens que estavam envolvidos em manifestações em Luanda e raptados nesta cidade há dois meses, continuam desaparecidos e as suas famílias pensam que foram mortos. Alves Kamulingue foi raptado a 27 de Maio, em pleno centro de Luanda, após ter tentado organizar uma manifestação. Dois dias mais tarde, na zona suburbana do Cazenga, o seu companheiro Isaías Kassule, encontrava o mesmo destino.


Fonte: VOA
Desaparecidos há dois meses



Madalena Diogo Massoxi, Mãe de Isaías Kassule, condena o tratamento recebido da Polícia Nacional e diz não acreditar mais na existência do seu filho. Já Liza Rodrigues esposa de Alves Kamulingue pede às entidades competentes mais sensibilidade no tratamento do desaparecimento do seu parceiro e diz também não acreditar que ele ainda esteja vivo.

O segundo Comandante-Geral da Polícia Nacional, comissário-chefe Paulo de Almeida, foi contactado por nós para algum esclarecimento sobre o assunto mas disse não dominar o assunto. Mas há mais de um mês a polícia angolana quebrou o silêncio e admitiu que os cidadãos Alves Kamulingue e Isaías Cassule estavam detidos, sem contudo revelar em que local.

A informação foi prestada à Voz da América, a 20 de Junho, por Horácio Essuvi, tio de Alves Kamulingue. Segundo nos disse então, recebeu de oficiais da Polícia Nacional, junto do comando provincial de Luanda, a garantia de que o seu sobrinho, e o seu amigo, Isaías Cassule, estavam bem podendo serem libertados a qualquer instante.