Luanda - Dois homens que estavam envolvidos em
manifestações em Luanda e raptados nesta cidade há dois meses, continuam
desaparecidos e as suas famílias pensam que foram mortos. Alves Kamulingue
foi raptado a 27 de Maio, em pleno centro de Luanda, após ter tentado organizar
uma manifestação. Dois dias mais tarde, na zona suburbana do Cazenga, o seu
companheiro Isaías Kassule, encontrava o mesmo destino.
Fonte: VOA
Desaparecidos há dois meses
Madalena
Diogo Massoxi, Mãe de Isaías Kassule, condena o tratamento recebido da Polícia
Nacional e diz não acreditar mais na existência do seu filho. Já Liza Rodrigues
esposa de Alves Kamulingue pede às entidades competentes mais sensibilidade no
tratamento do desaparecimento do seu parceiro e diz também não acreditar que
ele ainda esteja vivo.
O
segundo Comandante-Geral da Polícia Nacional, comissário-chefe Paulo de Almeida,
foi contactado por nós para algum esclarecimento sobre o assunto mas disse não
dominar o assunto. Mas há mais de um mês a polícia angolana quebrou o silêncio
e admitiu que os cidadãos Alves Kamulingue e Isaías Cassule estavam detidos,
sem contudo revelar em que local.
A
informação foi prestada à Voz da América, a 20 de Junho, por Horácio Essuvi,
tio de Alves Kamulingue. Segundo nos disse então, recebeu de oficiais da
Polícia Nacional, junto do comando provincial de Luanda, a garantia de que o
seu sobrinho, e o seu amigo, Isaías Cassule, estavam bem podendo serem
libertados a qualquer instante.