JOSÉ
EDUARDO DOS SANTOS, O PRESIDENTE DITADOR DE ANGOLA DISSE
Ser convicção sua, que no
contexto do mundo actual, em que os Estados democráticos e de direitos se
afirmam cada vez mais e se envidam cada vez mais esforços no sentido do
respeito dos direitos, liberdade e garantias dos cidadãos, a “regra
da resolução de conflitos deve ser o diálogo e o debate franco e aberto, como
forma de alcançar o consenso”, quando discursava na abertura do fórum
Pan-africano “fundamentos e recursos para uma cultura de paz”, que decorreu
de 27 à 28 de Março do corrente ano, em Luanda, numa organização conjunta da
UNESCO, União Africana e o Governo angolano.
Para o Presidente Angolano, as
questões de natureza interna, e mesmo as que possam ocorrer a nível
internacional, não devem ser dirimidas por via da confrontação violenta, mas
sim através da concertação e negociação permanentes, até se chegar a um acordo
que dê resposta às aspirações das partes envolvidas, mas que ao mesmo tempo se
conforme com os superiores interesses nacionais, tal como a soberania, a
unidade e a integridade da nação e o respeito pela dignidade humana.
Mas seu Ministro de Estado e Chefe
da Casa Civil da sua Presidência, Sr Edeltrudes M.F.G. da Costa em Carta
ameaçadora enviada em Agosto último a Presidência do Movimento do Protectorado
Lunda Tchokwe; disse que este discurso, era “necessário não desligar do
contexto em que as referidas palavras (do JES) foram proferidas, pois não existe
em Angola quaisquer conflitos sociais, políticos ou militares”…
O Ministro
de Estado e Chefe da Casa Civil da Presidência de Angola, fez notar claramente
que seu Chefe, o Ditador José Eduardo dos Santos, ele só aconselha o diálogo
aos outros países, mas internamente não tem cultura de diálogo não respeita a
diferença de pensamento, e tudo que ele discursa, é só para enganar os menos
atentos e fazer o boi dormir.
Disse também
que não reconhecia a história do povo Lunda Tchokwe, nem tinha interesses de
saber como é que os portugueses chegaram naquele território, que ele considerou
ser parcela de Angola, una e indivisível, um só povo e uma só NAÇÃO.
A finalizar,
o Ministro de estado e Chefe da Casa Civil,
sob orientação do Presidente José Eduardo dos Santos, disse “Somos
a informar que o Estado, não dará tréguas e combaterá energicamente o Movimento
do Protectorado Lunda Tchokwe, com todos os meios bélicos a sua disposição”.