segunda-feira, 21 de outubro de 2013

GOVERNO MOÇAMBICANO CONFIRMA ATAQUE E CONTROLO DA BASE DO LÍDER DA RENAMO






O Ministério da Defesa de Moçambique confirmou hoje o ataque e controlo de Sandjudjira, base do líder da Renamo, Afonso Dhlakama, que se encontra em parte incerta, mas recusa que Moçambique esteja em guerra.


A Resistência Nacional Moçambicana, principal partido da oposição do país, disse hoje que o exército moçambicano "fustigou e tomou" a residência do seu líder, Afonso Dhlakama, obrigando-o a abandonar a casa para um local não revelado, onde "está de boa saúde".


 Em declarações aos jornalistas, o director nacional de Política de Defesa no Ministério da Defesa de Moçambique, Cristóvão Chume, disse que as forças governamentais posicionadas na zona de Sandjudjira "foram atacadas pelos guerrilheiros da Renamo", pelo que houve uma resposta.


"Hoje ocorreu que, no final da manhã, muito próximo das 12:00, os guerrilheiros da Renamo atacaram as nossas forças posicionadas na zona de Sandjudjira e, na sequência deste ato, as Forças de Defesa e Segurança contra-atacaram e os guerrilheiros da Renamo refugiaram-se no local onde se localizava o senhor Afonso Dhlakama", disse Cristóvão Chume.




Segundo o responsável, "porque era preciso parar as pessoas que atacaram, as Forças de Defesa e Segurança (de Moçambique) perseguiram os homens da Renamo até ao local de onde tinham saído, neste caso, onde se localizava o senhor Afonso Dhlakama".


 "As nossas forças encontram-se no terreno, no local onde se encontrava o senhor Afonso Dhlakama", disse o director nacional de Política de Defesa no Ministério da Defesa de Moçambique.



No entanto, "não há baixas verificadas nas Forças de Defesa e Segurança, não houve baixas das populações que vivem naquela zona", afirmou Cristóvão Chume, que não confirmou "nenhuma baixa por parte deles", da Renamo.



"Não conhecemos a localização do senhor Afonso Dhlakama porque quando as nossas forças iam em perseguição dos seus homens ele e os seus homens puseram-se em fuga", acrescentou Cristóvão Chume, que apelou "à calma, tranquilidade e serenidade em relação aos diversos pronunciamentos que podem seguir-se na sequência desta situação".





"A nossa preocupação agora é de retornar a vida normal das populações que vivem naquele local", até porque "as populações, pelo sinal que temos tirado do local, têm respondido positivamente ao apelo das Forças de Defesa e Segurança para voltarem as suas atividades normais", afirmou.