Sem
o consentimento do povo, porque nunca foi consultado, Dr.º António Agostinho Neto, Presidente
então do MPLA e da Republica Popular de Angola,
decreta a divisão de uma parte do Estado Lunda Tchokwe, com o objectivo de
controlar a exploração dos Diamantes, e cria duas Províncias a Lunda-Norte
e Sul, Decreto N.º 84/78 de 4 de Julho, publicado no Diário da Republica I
serie n.º 156, o primeiro que faz um colonizador para chegar a dominar a
outro é separá-lo dos demais povos.
As
fronteiras actuais de Angola - desde há muito intensamente ocupada - foram
fixadas e reconhecidas pelas Potências signatárias da Conferência de Berlim em 1884-1885,
com isenção das
fronteiras da Lunda Tchokwe, pois até a
esta data Portugal ainda não conhecia as terras da Lunda, (vide Soba Ambango da
Nação Ndongo 1892).
Desta
forma, o contexto histórico da instalação dos portugueses em Angola, no
século XV (1482), e na Lunda Tchokwe no século XIX (1895),
aparece já muito diferente. Um exame mais aprofundado evidenciará ainda
mais este facto, porque os conceitos jurídicos e a «atmosfera do direito» que rodeiam os dois acontecimentos são ainda mais
diferentes.
Por decreto
executivo N.º 30/2000 de 28 de Abril, publicada no dia 28 de Abril, Diário da
Republica I Serie N.º 17, José Eduardo dos Santos e seu Governo,
aprova por sua conta a atribuição de 10% das receitas brutas ou seja PIB
Regional das 4 Províncias do Estado da Lunda Tchokwe (Kuando Kubango, Moxico,
Lunda Sul e Norte).
Em
Setembro de 2007, o mesmo governo de Angola garantiu publicamente que iria
colocar um II Modulo de
lapidação de diamantes na Lunda – Sul durante 2008, como parte da sua campanha eleitoralista, porém,
estamos em 2013, quando será? Ninguém sabe…
Em
2007, Cabinda, Huambo,
Benguela e Luanda, ganharam 4 Ginásios
multiusos para a prática de Basquetebol, para quando no território da Lunda
Tchokwe? Em 2010, Cabinda, Luanda, Benguela e a Huila ganharam 4
estádios e Aeroportos com características Internacionais, que cobriram o
CAN2010 e a Nação Lunda Tchokwe? Nada…
Em
2013, Malange, Luanda e Namibe, ganharam 3 Ginásios multiusos que
serviram o 41º Campeonato do mundo de hóquei em patins, ganharam Hotéis e
outras infra-estruturas e a Nação Lunda Tchokwe que vende mais de 80% de todos
os diamantes produzidos em Angola? O que ganhou? Absolutamente nada.
Quantos
Lunda Tchokwes, são donos de Bancos ou companhias de aviação privadas,
Universidades, Fabricas e outros projectos de impacto? Quantos filhos
Lunda Tchokwe, são donos de Projectos Mineiros, mesmo vivendo por cima
dos diamantes? Para quando o Governo vai investir um Bilião de dólares,
na cidade de Menongue, Luena, Saurimo ou Dundo? Hotéis, Hospitais com
tecnologia de última geração, edifícios aranha céus, condomínios, auto estradas
e grandes investimentos estrangeiros para Luanda e o litoral ou ex-província
ultramarina, para quando no território da Nação Tchokwe?
Alguém podia
questionar o Santo Bikuku, o povo Lunda sabe muito bem que ele é apenas um
gerente dos negocio de Paixão Júnior & companhia no território Lunda
Tchokwe, quem seria este lamentável e pacato cidadão fosse
dono de negócios fabulosos isento da mão do JES, capaz de
adquirir uma aeronave como IL que outrora operou com Valentim - Amons no Sul,
que nem o general é detentor, seria possível sossegar esse
regime que por nada foi capaz de abrir um processo-crime (105) que condenou o
malogrado general Txizainga; Jorge Pierre Muhunga; Simão André e vários filhos
da Lunda.
José
Eduardo dos Santos, confiscou os seus bens móveis e imóveis, sobre o pretexto de
serem bens luxuosos que não tinha origem justificado acusados de os
obterem através de tráfico ilícito de diamantes e foram condenados a prisão
efectiva em 1982, como consequência foi desprovido o potencial económico dos
filhos Lunda Tchokwe, criando assim obstáculos que favoreceram
o controlo total dos recursos da Lunda na sua totalidade pelos angolanos
de descendência crioulo e do litoral.
O
Povo Lunda Tchokwe, é vitima de massacres e saque organizado da
sua terra, e riqueza, continuam surpreendidos, com raptados, cadeias
políticas, linchamentos, actos intimidatórios que já levaram mais de
50 Activistas do Movimento do Protectorado nas cadeias do regime do
ditador e ocupacionista José Eduardo dos Santos,
acções Maquiavélicos que não ajudam a convivência salutar entre
os Povos da Nação Lunda Tchokwe e de Angola, é o que
na pratica tem sido demonstrado pelo regime.
Governos
honestos não prometem, não decretam as realizações, porque as coisas boas devem
ser feitas sem chamar o universo para vê-las, o real é o que importa, não o
aparente. Promessa é divida e divida deve-se pagar, onde esta a propalada
Capital da Lunda-Norte LUKAPA aprovada com a divisão da Lunda em
1978?
O
Clamor do povo Lunda Tchokwe terá solução justo quando esse regime
sentir-se pressionado pela comunidade internacional a reconhecer a legitimidade
dum povo soberano que actualmente está sendo governado por leis desumanos e
importados. Para contrapor e extinguir a hegemonia cultural
da vontade transcendental.
Para
a Nação Lunda Tchokwe: "Promessas acima das
promessas, materialização zero"
esse é slogan do regime angolano, porque acha que não haverá quem
poderá cobrar a injustiça praticada à mando do ditador José Eduardo
Dos Santos presidente de Angola que ocupada ilegalmente
o território do Protectorado Português desde 1885 a 1975.
Ao
longo do período da guerra entre angolanos comunistas e democráticos não
atingiu nem demoliu algum edifício na cidade de Saurimo, com chamada
paz da calada das armas, lá vão onze anos que o comerciante Vasco de Oliveira
primo do General e Ministro de Estado e Chefe da Casa militar da presidência da
República de Angola Hélder Viera
Dias Kopelipa, que demoliu três
grandes edifícios histórico da cidade com promessas de
reabilitar ou reconstruir outros melhores, nomeadamente o Hotel
Central da Lunda – Sul de 140 Quartos, a única tipografia colonial de Saurimo,
que a sua tecnologia foi transferida para a cidade do Lubango em 1990, agora
encontra-se a produzir para a Huila, terra natal do comerciante; além dum
estabelecimento demolido, que os seus espaços esvaziados tornaram capinzal no
cento da cidade e ninguém põe cobro a esses bens publico Lunda
Tchokwe.
Só
para não comentarmos mais sobre a mediateca de Saurimo que estava
entre as três primeiras, a Luanda e Lubango, a penalizada foi de Saurimo, que
por vergonha publica só agora que retomaram construção e tudo por meio de
varias denúncias, outras obras paralisadas como a
do estádio de futebol na ex- comarca da Lunda-Sul.
São
hoje passados 38 anos, nenhuma promessa foi cumprida, o mínimo que o regime
de José Eduardo dos Santos deve fazer é a sua retirada incondicional
do território da Nação Lunda Tchokwe.
No
dia 20 de Agosto de 2008, José Eduardo dos Santos fez promessas na cidade de
Saurimo, o que cumpriu relativamente aquele comício eleitoral as cidade e vilas
mais importante de Kuando Kubango, Moxico, Lunda-Sul e Lunda-Norte? Não dispõe de
energia eléctrica e Agua canalizada, educação sem qualidade.
Em
Junho de 2011, foi ao Menongue para realizar uma reunião do seu conselho de
Ministros, muitas promessas foram feitas naquele encontro, o que se cumpriu?
Nada… A dignidade nunca morre. O dever se deve cumprir simples e naturalmente.
Mas vale calar que prometer e não cumprir…