domingo, 27 de outubro de 2013

JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, O PRESIDENTE DITADOR DE ANGOLA DISSE

JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, O PRESIDENTE DITADOR DE ANGOLA DISSE




 Ser convicção sua, que no contexto do mundo actual, em que os Estados democráticos e de direitos se afirmam cada vez mais e se envidam cada vez mais esforços no sentido do respeito dos direitos, liberdade e garantias dos cidadãos, a “regra da resolução de conflitos deve ser o diálogo e o debate franco e aberto, como forma de alcançar o consenso”, quando discursava na abertura do fórum Pan-africano “fundamentos e recursos para uma cultura de paz”, que decorreu de 27 à 28 de Março do corrente ano, em Luanda, numa organização conjunta da UNESCO, União Africana e o Governo angolano.



Para o Presidente Angolano, as questões de natureza interna, e mesmo as que possam ocorrer a nível internacional, não devem ser dirimidas por via da confrontação violenta, mas sim através da concertação e negociação permanentes, até se chegar a um acordo que dê resposta às aspirações das partes envolvidas, mas que ao mesmo tempo se conforme com os superiores interesses nacionais, tal como a soberania, a unidade e a integridade da nação e o respeito pela dignidade humana.



Mas seu Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil da sua Presidência, Sr Edeltrudes M.F.G. da Costa em Carta ameaçadora enviada em Agosto último a Presidência do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe; disse que este discurso, era “necessário não desligar do contexto em que as referidas palavras (do JES) foram proferidas, pois não existe em Angola quaisquer conflitos sociais, políticos ou militares”…




O Ministro de Estado e Chefe da Casa Civil da Presidência de Angola, fez notar claramente que seu Chefe, o Ditador José Eduardo dos Santos, ele só aconselha o diálogo aos outros países, mas internamente não tem cultura de diálogo não respeita a diferença de pensamento, e tudo que ele discursa, é só para enganar os menos atentos e fazer o boi dormir.




Disse também que não reconhecia a história do povo Lunda Tchokwe, nem tinha interesses de saber como é que os portugueses chegaram naquele território, que ele considerou ser parcela de Angola, una e indivisível, um só povo e uma só NAÇÃO.





A finalizar, o Ministro de estado e Chefe da Casa Civil, sob orientação do Presidente José Eduardo dos Santos, disse “Somos a informar que o Estado, não dará tréguas e combaterá energicamente o Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, com todos os meios bélicos a sua disposição”.

RIQUEZA DE ANGOLA ESTÁ CONCENTRADA NA PRESIDÊNCIA, FAMILIARES E COLABORADORES


 Pobreza no país está a aumentar, diz o dirigente da CASA CE em entrevista á VOA


Manuel José – Voz da América



O dirigente da CASA CE Abel Chivukuvuku disse à Voz da América que a riqueza de Angola não deve estar concentrada na presidência, seus familiares e colaboradores.


Chivukuvuku comentava á Voz da América as declarações do Presidente José Eduardo dos Santos que protestou contra o que disse ser uma campanha ocidental para equiparar aqueles que enriquecem com a corrupção.


Chivukuvuku acha necessário o enriquecimento dos cidadãos mas defende que não seja uma exclusividade do presidente da republica e familiares.



"Se o país potencialmente é rico é bom fazermos que os cidadãos angolanos sejam ricos mas esta riqueza não seja circunscrita á volta dos grandes dirigentes, do presidente da republica ele próprio, seus familiares e colaboradores,” disse.


“Tem que ser uma riqueza do cidadão em geral," acrescentou.


O líder da terceira maior forca parlamentar do país acredita no entanto que pelo contrário os angolanos estão cada vez mais pobres.


“Quando vamos ao interior do país o que se constata é que os angolanos ainda são fundamentalmente muito pobres," disse.


Chivukuvuku considera que questões de abastecimento de bens fundamentais como agua e energia eléctrica continuam por se resolver.


"Os problemas de prestação de serviços básicos mantém-se, no domínio da educação, da saúde, energia eléctrica e agua potável mantém-se esses problemas," acrescentou.


No sector da economia, o numero 1 da CASA-CE pensa que enquanto a mesma depender unicamente do petróleo, o desenvolvimento continuará a ser uma miragem.



"Como 'é que vai evoluir a estrutura da economia, vamos manter uma economia de enclave dominado pelo petróleo ou há uma estratégia noutros domínios, Angola tem outros minerais o ferro, o cobre o níquel, fechamo-nos nos diamantes, como vamos fazer?” interrogou.


Para o presidente da CASA-CE, o país teima em não apostar no principal recurso, o homem.



"Qual 'é a estratégia quanto ao desenvolvimento dos recursos humanos angolanos? Nós sempre reclamamos que devíamos ter uma estratégia de diversificação e reformulação do próprio sistema de ensino, para além de termos também de introduzir o princípio da discriminação geográfica positiva que não está a ser feita," disse.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

TRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA ADIOU MAIS UMA VEZ A AUDIÊNCIA DE JULGAMENTO DOS ACTIVISTAS DO MOVIMENTO DO PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE

TRIBUNAL PROVINCIAL DE LUANDA ADIOU MAIS UMA VEZ A AUDIÊNCIA DE JULGAMENTO DOS ACTIVISTAS DO MOVIMENTO DO PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE





O Tribunal Provincial de Luanda, Palácio D. Ana Joaquim, 3ª Secção dos Crimes comum, adiou mais uma vez a audiência de julgamento dos Activistas do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe que estava prevista para hoje 25 de Outubro de 2013, por razões da ausência do Advogado de Defesa.


O tribunal diz que notificou o Dr. David Mendes da Associação Mãos Livres, simplesmente não apareceu na sala das audiências, desconhecendo-se as causas da ausência do Advogado.


Uma nova data foi acertada com os Activistas, que será no dia 14 de Novembro de 2013.


Luanda, 25 de Outubro de 2013.


MOÇAMBIQUE: A LUTA PELO PODER vs AFONSO DHLAKAMA E A FALTA DA CAPACIDADE DE DIÁLOGO DOS LÍDERES AFRICANOS

MOÇAMBIQUE: A LUTA PELO PODER vs AFONSO DHLAKAMA E A FALTA DA CAPACIDADE DE DIÁLOGO DOS LÍDERES AFRICANOS




Rui Lamarques – Verdade (mz), opinião

A mudança de Afonso Dhlakama para Sathunjira, há um ano, representou sempre um barril de pólvora para a estabilidade política no país. A sua estadia foi, por essa altura, diabolizada e apontada como contraproducente por uma extensa lista de riscos para a democracia. Desde então, o país registou uma inusitada entrada de material bélico, uma demonstração inequívoca de que poderia ser resolvido pelas armas o entrave que o diálogo se mostrou incapaz de ultrapassar...




“O que pensas da ocupação de Sathunjira pelas forças governamentais?” Na esfera pública, a pergunta é como apresentar o Bilhete de Identidade. A resposta diz quem és, dá ou tira inimigos, coloca uma etiqueta num país “dividido” em dois por razões políticas. Não pronunciar uma opinião rotunda sobre os últimos episódios na antiga base da Renamo resulta quase suspeitoso. Somos pró Guebuza ou anti-Guebuza, lambe-botas ou revolucionários a favor ou contra Dhlakama.




O meio-termo não está na moda em Moçambique. Guebuza, por mais que se negue, é um animal político superdotado, avivou este desgarro na opinião pública e desde sempre gerou uma idolatria desmedida ou uma repulsa visceral. Dhlakama, ao contrário, é compreendido como um político instável ou até uma corda entre líder militar e político. No entanto, é uma figura incontornável no actual cenário político moçambicano. A fuga dos cérebros da Renamo, por exemplo, é apontada como um dos grandes males de Afonso Dhlakama pelo facto de, por um lado, ter centrado o poder nas suas mãos e, por outro, ter contribuído para afastar do partido a possibilidade de se apresentar como uma alternativa aos moçambicanos.




Portanto, reconhecer hoje, com lucidez, a responsabilidade de um e de outro na situação de conflito armado na qual o país parece ter mergulhado resulta uma tarefa impossível para boa parte da opinião pública esclarecida. Como é Moçambique em 2013? É um país mais livre e mais justo e um dos pilares da integração regional ou uma sociedade dependente de doadores e megaprojectos, acossada de males crónicos como a terrível insegurança alimentar e com uma economia estancada?




“A mim Guebuza fez pessoa”, faz o seu balanço Eleutério Castro. A frase impressiona, sobretudo quando brota sem fanatismo, com uma certeza sem fissuras e um agradecimento profundo. Analfabeto e pobre, este ancião de Angónia considerou-se sempre uma cidadão de segunda até que, passados os 60 anos de idade, criou um negócio com o famigerado Fundo dos Sete Milhões, graças ao Governo. Guebuza pôs, com acerto, no centro do seu discurso, estes moçambicanos esquecidos por governos anteriores e tornou-lhes conscientes da possibilidade de prosperar fora dos grandes centros urbanos. As maiores vitórias do guebusismo são as dezenas de milhares de moçambicanos com nome e apelido aos quais a Presidência Aberta deu voz.



“Neste sentido, creio que olhar para os distritos era uma necessidade histórica”, dizia numa entrevista Joaquim Chissano, antigo estadista moçambicano. Um país não via o outro país, o meio urbano e o rural não dançavam a mesma música e nem falavam da mesma maneira e os líderes políticos e económicos ignoravam a existência e as necessidades da parte mais frágil da sociedade até que o guebusismo deu um sonoro murro na porta e disse: “Estamos aqui”. Esta mudança é irreversível, até a oposição mais recalcitrante o sabe, e qualquer Governo futuro não pode passar por alto esta realidade.




Contudo, Guebuza, com os anos, foi deixando também de fora do seu projecto de país uma parte importante dos cidadãos. Comigo ou contra mim. E assim a exclusão política substitui a exclusão social. Segundo a Instituto Nacional de Estatística, o número de moçambicanos pobres tem vindo a aumentar, enquanto a economia cresce cerca de 7 porcento ao ano. Para os adversários de Guebuza, ao impulsionar estes programas de renda ou alimentação, o Presidente não procurava o bem-estar nem a justiça social, mas sim os votos para perpetuar o seu partido no poder.




A pergunta, agora, é se as promessas de projectos sociais que concederam tanta popularidade ao Presidente da República nos distritos tem estrutura necessária para sobreviver. Desde 2010, o distanciamento de Guebuza em relação aos projectos como Revolução Verde acentuou-se e até o combate ao deixa-andar, que se tinha convertido no seu cavalo de batalha, foi literalmente relegado para segundo plano. A reversão da Hidroélectrica de CahoraBassa e os mega-projectos marcaram uma nova era no discurso de Guebuza.




Na verdade, a economia moçambicana bateu recordes de crescimento, mas milhões de moçambicanos sentem-se hoje desgastados por um projecto político que não se parece em quase nada com o que votaram em 2004 e 2009. Houve em Moçambique uma verdadeira revolução verde e um acirrado combate ao clientelismo e deixa-andar?




Em muitos casos, a desilusão e a impotência são tão fanáticas porque o Presidente contava com apoio e recursos necessários para ter transformado o país e resolvido os seus problemas mais prementes. Começando pelo crescente aumento de custo de vida que culminou com os tumultos de 5 de Fevereiro de 2008 e 1 Setembro de 2010. É difícil saber até que ponto Guebuza é consciente dos seus fracassos, de que o combate ao deixa-andar e a luta contra a pobreza que impregnou no seus discursos não calaram no fundo de um povo que precisava de novos rumos.




Com o tempo, o Presidente da República cedeu à tentação de um narcisismo extremo que parecia cegá-lo e que o impeliu, inclusive, a institucionalizar o guebusismo para lhe dar continuidade para além da sua pessoa. O líder moçambicano criou condições para que nada lhe fizesse sombra nas suas fileiras enquanto a oposição, totalmente desorientada e dividida, necessitou de anos para encontrar um projecto construtivo e um candidato capaz de se medir com a Frelimo nos pleitos eleitorais.A verdade é que Guebuza foi durante muito tempo líder do Governo e da oposição.



É, portanto, nesta óptica de líder incontestável que o país degenerou na situação de conflito armado. Convencido da importância de eliminar Dhlakama fisicamente para governar sem fissuras, Guebuza deu ordens para que Sathunjira fosse ocupada e o líder da Renamo morto, de acordo com a percepção da opinião pública. Exactamente na semana em que os membros daquela formação política celebravam o desaparecimento físico de André Matsangaíssa. Finalmente, o único adversário de peso de Guebuza acabou por ser um elemento inesperado com que ninguém, e muito menos ele, pareceria haver contado: Dhlakama foi informado do plano, saiu antes do ataque do local e está vivo.



Dhlakama afirmou que não vai retaliar e que não pretende a guerra. Porém, através do porta- -voz do seu partido, Fernando Mazanga, anunciou que tinha perdido o controlo dos seus homens. O que se pode depreender desta volte-face discursiva, passados dois dias, é que existe um espaço para o diálogo ou que o líder da Renamo pretende ganhar tempo para se refazer da humilhação de Sathunijira e, ao mesmo tempo, distancia-se de qualquer ataque que possa ocorrer.




quinta-feira, 24 de outubro de 2013

PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE, “A HISTÓRIA ENCARREGAR-SE-Á DE NOS ABSOLVER”- JULGAMENTO DE ACTIVISTAS TEM LUGAR AMANHÃ 25 DE OUTUBRO DE 2013

PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE, “A HISTÓRIA ENCARREGAR-SE-Á DE NOS ABSOLVER”- JULGAMENTO DE ACTIVISTAS TEM LUGAR AMANHÃ 25 DE OUTUBRO DE 2013





O regime colonialista e ditatorial do Salazar, o «Processo dos 50» vs levantamento de 4 de Fevereiro, foi a designação encontrada para o julgamento de 50 nacionalistas angolanos acusados de, por meio de acções clandestinas, conspirarem contra o regime colonial português em Angola; porque conspirar contra um usurpador de terras que não lhe pertencia, se os angolanos estavam a agir dentro do seu direito natural e legítimo? Este processo foi o resultado de uma vasta onda de detenções efectuadas pela PIDE, desde 1957 que decorreram entre 29 de Março e 24 de Agosto de 1959 e que, sem sombra de dúvida constituiu a afirmação da mobilização popular para a independência da colónia de Angola.



Por ironia do destino, o povo Lunda Tchokwe reivindica seu direito legítimo e natural, diante do usurpador e este prende e condena, diz que é crime contra a segurança do estado angolano, que diferença há entre a PIDE colonial portuguesa e o actual regime ditatorial do Presidente José Eduardo dos Santos?



A Bíblia Sagrada, diz que FARAÓ aflige os Israelitas; Êxodo CP5:1-23; 6:6-13;CP15:1-4 e o CP14:1-31, perseguição dos Egípcios contra o Povo Israelita e a passagem pelo meio do mar.



É já amanhã 25 de Outubro de 2013, que 10 Activistas do Movimento do Protectorado Lunda tchokwe, serão julgados no Palácio D. Ana Joaquina, 3ª Secção dos crimes comuns, “a história encarregar-se-á de nos absolver”, no processo cheio de irregularidades que só a justiça Angolana pode julgar. Com Advogado ou sem Advogado, os processos políticos dependem muito da vontade do opressor, do colonizador, exemplos; Fidel Castro em Cuba, Nelson Mandela na África do Sul, Nacionalistas Angolanos diante de Portugal, e outros valorosos combatentes e libertadores dos seus povos contra os seus opressores. Logo a questão dos Activistas Políticos do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, não seria uma excepção.




TODA A HISTÓRIA


O processo N.º 29/2010.TPLDA-B, acusava 10 Membros do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe de “Crime de Manifestações contra o Governo”, depois de terem sido raptados no dia 8 de Janeiro de 2010 em Viana pelo Comando da Policia Militar, grupo técnico de Inteligência afecto a Presidência da Republica de Angola.



No dia 25 de Janeiro do mesmo ano (2010), a DNIC – Direcção Nacional de Investigação Criminal, deu soltura a (8) elementos do grupo dos (10) Membros do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, outros (2) membros permaneceram na Comarca de Viana até ao dia 14 de Dezembro de 2010, por falta de provas condenatórios e excesso de prisão preventiva, foram colocados em liberdade provisória.

No dia 12 de Fevereiro de 2012, dois anos mais tarde, o Palácio D. Ana Joaquina, faz o pronunciamento com um novo processo N.º 162/2010.9TPLDA, com nova acusação, desta vez “Crime contra a Segurança do Estado”, artigo 26º e 28º da Lei 7/78, já revogada em 2010.



No dia 23 de Agosto do corrente, falha o julgamento por falta de Advogado de defesa, eram notificados todos os 10 membros, e compareceram, cuja lista anexamos.


Processo N.º
Nome
Observação
162/10.9TPLDA
Domingos Manuel Muatoyo
Liberdade provisória
162/10.9TPLDA
Alberto Cabaza
Liberdade provisória
162/10.9TPLDA
Luís Muacassange
Solto dia 25/01/2010
162/10.9TPLDA
Germano Chipalacana
Solto dia 25/01/2010
162/10.9TPLDA
Adelino Augusto
Solto dia 25/01/2010
162/10.9TPLDA
João Daniel Muatunda
Solto dia 25/01/2010
162/10.9TPLDA
Zola Rocha Lunga Umue
Solto dia 25/01/2010
162/10.9TPLDA
Tomaica Passa André
Considerado declarante
162/10.9TPLDA
Ferraz Xaluquele
Considerado declarante
162/10.9TPLDA
Serafim Oliveira Mutobo Paulo
Considerado declarante

Esta nova notificação para o julgamento dos Activistas do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe que terá lugar amanhã 25 de Outubro, não fugiremos a regre, lá estaremos presentes com o nosso verdadeiro “ADVOGADO, O ALTÍSSIMO, O DEUS PAI”, que será o nosso defensor, que dividirá as águas do mar, “como muro, a nossa direita e a nossa esquerda”.




GREVE DE FOME NA CADEIA DA KAKANDA CONTINUA POR 4º DIA


Activistas e Políticos do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, desterrados na cadeia da Kakanda, onde cumpre uma pena ilegal, justamente por não ter havido crime nenhum contra a segurança do estado Angolano, nos termos do artigo 26º e 28º da falecida lei 7/78, completaram hoje o 4º dia em greve de fome por tempo indeterminado em solidariedade do Activista Domingos Henrique Samujaia que já cumpriu com a pena ilegal a que havia sido condenado em 2010.



Esta é a 6ª vez desde o ano de 2010 que os Activistas do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, ilegais naquele estabelecimento prisional entram em greve de fome para assim protestar contra a violação dos seus direitos.





O nosso continuo apelo; Ministro da dos direitos humanos, Ministro do Interior, as organizações de defesa dos direitos humanos, Amnistia Internacional, HRW, Associação Mãos Livres, AJPD e instituições da ONU, que intervenham publicamente, para pressionar o tribunal Provincial da Lunda-Norte a dar liberdade incondicional deste Activista, revisão também incondicional das penas ilegais de; Sebastião Lumanhi, José Muteba e António da Silva Malendeca que se encontram nas mesma cadeia respectivamente.


quarta-feira, 23 de outubro de 2013

CATOCA – PRODUÇÃO COMPLETA DO DIA 21 OUTUBRO 2013 DESAPARECEU MISTERIOSAMENTE, RESPONSÁVEIS PREOCUPADOS.

CATOCA – PRODUÇÃO COMPLETA DO DIA 21 OUTUBRO 2013 DESAPARECEU MISTERIOSAMENTE, RESPONSÁVEIS PREOCUPADOS





Fonte que acompanha o dossier Catoca, disse que a produção de diamantes do dia 21 de Outubro de 2013, desapareceu misteriosamente, não entrou nos cofres do Governo.



Neste momento o Conselho da Administração esta reunida na vila de Catoca a procura de responsáveis pelo misterioso roubo ou desaparecimento.



Vários responsáveis estão presos, Sul-Africanos, Israelitas, Brasileiros e alguns Angolanos que se ocupam da Segurança da zona de produção de Catoca. Ganga Júnior o PCA, esta em apuro para justificar a situação ao Governo num vai vem Luanda-Saurimo.



Catoca tem uma segurança muito forte, não é possível que uma produção inteira desapareça sem deixar rasto, para além de que a saída e entrada é só uma, não existe alternativas, nem a presença na área de produção de gente estranha.



Existe também a segurança electrónica, o famoso polígrafo e o scaner. Quem é o responsável deste roubo espectacular e misterioso? Aqui há máfia…




Calcula-se em uns bons milhões de dólares da produção desaparecida. É muito diamante que desapareceu, ainda não foi calculado os prejuízos. No perímetro de CATOCA, os membros da Direcção estão nervosos, ninguém consegue falar…




Catoca vende 78,2% de todos os diamantes que actualmente são produzidos em Angola e, é o 4º KIMBERLITO DO MUNDO, emprega cerca de 3000 trabalhadores entre Nacionais e Estrangeiros; Brasileiros, Sul-africanos, Russos, Portugueses, Israelitas e ultimamente os Filipinos.




Foi reforçado o sistema de segurança desde o dia 22 de Outubro de 2013, depois de ter sido detectado o misterioso desaparecimento da produção diária do dia 21 do corrente.




É pela primeira vez que acontece um roubo desta natureza desde a fundação do considerado 4º Kimberlito do mundo há sensivelmente 20 anos, tendo sempre a cabeça o actual PCA Sr Ganga Júnior.



Voltaremos ao assunto nos próximos momentos…

RETROSPECTIVA - LUNDA TCHOKWE OS NÚMEROS DA POBREZA FALAM POR SI…

RETROSPECTIVA - LUNDA TCHOKWE OS NÚMEROS DA POBREZA FALAM POR SI…




Nação Lunda Tchokwe  – Desde o Dirico até ao Dundo (Fronteiras Sul e Norte), desde Xá-Muteba ou rio Lui até rio Cassai e Zambeze (Fronteiras Oeste e Leste), em um protectorado internacional, constituída por 581.073,06 km2, tamanho igual ao Reino da Espanha, a Nação Lunda Tchokwe (Kuando Kubango, Moxico e o distrito da antiga Lunda), tem uma população estimado em mais de 6.800.000 habitantes, que vivem com menos de um dólar por dia, o povo mais pobre do mundo – taxa de pobreza 99%, mesmo tendo o subsolo mais rico em mineiras, um espaço territorial apto para agricultura e a agropecuária por excelência.





Os diamantes da Nação Lunda Tchokwe, representam mais de 99% das vendas do regime angolano no exterior do país.



Reconhecida mundialmente no dia 24 de Março de 1894, a Nação Lunda Tchokwe tem a cidade de Saurimo como Capital, o ITENGO capital histórico do século XIX, a localidade mantém a sua peculiaridade do passado, aqui jazem os restos mortais dos vários Soberanos Muatchissengue Watembos, as línguas faladas são, tchokwe 80% da população, Lunda 10% da população, 8% da população fala Nganguela, Mbunda, Lutchaze, Bengala, Pende, Luba, 2% outras línguas africanas.



O povo fala também o Português como língua de trabalho e comunicação oficial. Como religião, a Nação Lunda Tchokwe, professa o Cristianismo: 85% Catolicismo e Anglicanismo, 14% cultos Africanos e 0,1% professa o maomista e religiões, que são  recentes impostas pela crescente migração de povos Oeste Africanos e Asiáticos em busca de sobrevivência nas terras da Lunda Tchokwe, onde exploram a população nativa com pequenos NEGOCIOS.



O analfabetismo é no geral de 90%, as mulheres ocupam 75%desse número, com subnutrição crónica de 55% e uma taxa de mortalidade infantil de aproximadamente 600 por mil/nascidos.



Os recursos hídricos ocupam 85% de toda a superfície territorial da Nação Lunda Tchokwe, com destaque aos de maior caudal: Cuango, Lui, Zambeze, Cassai, Kuando, Chicapa, Luembe, Luangue, Cuilo, Luele e outros, correndo de sul para o norte na sua maioria.



O desemprego é na ordem dos 90% da população activa, isto é entre os 18 á 65 anos de idade, por falta de infraestruturas fabris ou reconstrução em alta escala que poderia garantir o emprego a sociedade.



Os sistemas de saúde e ensino são precários, os mais pobres, por esta razão mais de 80% de crianças estão fora do ensino. A penas um médico para 114 mil habitantes. A falta de professores e escolas é outro calcanhar de “Aquiles” que enferma a Nação Lunda Tchokwe, um professor para mil crianças, numa população de mais de 6.800.000 habitantes.



A Nação Lunda com as suas regiões do Moxico e do Kuando Kubango, são as mais penalizadas e prejudicadas em toda a extensão territorial de Angola, falta de estradas, de infra-estruturas e da descapitalização do pequeno empresário para a criação de negócio e do emprego para equilibrar a promoção do desenvolvimento e consequente redução da extrema pobreza.



No território Lunda Tchokwe tudo está em promessas teóricas, os desafios são gigantescos, o regime de Luanda á cerca de 6 anos, exactamente  no dia 20 de Agosto de 2008, havia anunciado na cidade de Saurimo, a quatro ventos que iria colocar os melhores filhos da Lunda para promover o seu desenvolvimento, que não passou de mero exercício de propaganda eleitoral daquele ano que não deixou de ser este ano também.



Sem xenofobia, mas a massiva invasão de emigrante ilegais é a pior marca registada do regime colonialista de Angola na Lunda Tchokwe, acrescida a isso, a violação aos direitos humanos, assassinatos, massacres de população indefesos, e tudo em nome dos diamantes.



O movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe para a Defesa da Autonomia Administrativa, Económica e Jurídica, tem consciência a um compromisso que implica pesada responsabilidade para a criação de relações fortes e solidas, a importância da liberdade de expressão, dos direitos políticos, económicos e direitos humanos para a boa governação em um ambiente democrático, que é uma missão complexa mas não impossível, num território sem saída para o mar, dividido em vários clãs, tribos e povos, onde continua o desmantelamento das riquezas pela elite governativa de Luanda e onde a pobreza faz morada perene.




O generoso povo Lunda Tchokwe está preparado para arregaçar as mangas, cultivando a sua própria terra, criando emprego, bem-estar e a sua dignidade, sobretudo a história ensina-nos por excelência somos bons guerreiros que nunca fomos humilhados como desta vez em que o governo de Lisboa transitou sem consentimento dos Lunda os tratados de protectorado ao governo de Luanda em 1975 na cedência da independência de Angola. Por este facto exigimos no mínimo a sua AUTONOMIA

MAIS UM FILHO LUNDA TCHOKWE TORTURADO EM NOME DOS DIAMANTES NO CUANGO





Guardas da empresa privada de segurança Bicuar torturaram, a 17 de Outubro, o garimpeiro Roques David, depois de o terem aprisionado na área de Candaje, nas imediações da foz do rio Cuango.


Roques David foi obrigado a despir toda a roupa e em seguida torturado pelos guardas com golpes de pá em todo o corpo. O garimpeiro apresentava ferimentos na cabeça e naS costas resultantes das agressões a que foi submetido.


Roques David foi detido por um grupo de quatro guardas da Bicuar quando se dirigia para a zona de garimpo de diamantes de Candaje em companhia de outros garimpeiros. Os homens preparavam o pequeno-almoço quando foram surpreendidos pelo grupo de guardas da Bicuar e puseram-se em fuga. Roques David tentou fugir correndo até a margem do rio Cuango mas foi detido pelos guardas.


Depois de torturado, o garimpeiro foi solto e foram-lhe devolvidos os materiais de garimpo, incluindo baldes e pás.


Um outro garimpeiro do mesmo grupo, Samassone Kamoyo, de 27 anos, ter-se-á atirado ao rio Cuango durante a fuga e continua desaparecido.


Roques David, de 35 anos, natural de Capenda Camulemba, é residente em Cafunfo.


Guardas da Bicuar, empresa ao serviço da Sociedade Mineira do Cuango, têm estado repetidamente envolvidos em vários actos de violência contra garimpeiros e aldeães na região de Cafunfo.


A Bicuar substituiu, desde Março de 2012, uma outra empresa – Teleservice – na prestação de serviços de segurança à Sociedade Mineira do Cuango, que explora diamantes na região. Segundo informações apuradas por Maka Angola, a Bicuar tem merecido a protecção directa do comandante provincial adjunto da Polícia Nacional na Lunda-Norte, José João, que regularmente se desloca às áreas de operação para cuidar dos interesses da referida empresa.

 

Várias denúncias têm sido feitas à impunidade dos gestores da Sociedade Mineira do Cuango, uma empresa de exploração de diamantes formada pela Endiama, a ITM-Mining e a Lumanhe. Esta última, que detém 21 porcento da sociedade, é conhecida como “a empresa dos generais”. Constam, entre os seus sócios, o chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, general Manuel Hélder Vieira Dias “Kopelipa”.

 


A região diamantífera das Lundas tem sido palco de sistemáticas violações de direitos humanos, incluindo dezenas de casos de tortura e assassinato, perpetrados por membros das Forças Armadas Angolanas e guardas de empresas privadas de segurança ao serviço das empresas diamantíferas, particularmente a Sociedade Mineira do Cuango.