Mais de 1,5 milhões de pessoas irão nas ruas de Barcelona a
favor da independência catalã
Mais
de 1,5 milhões de pessoas, segundo a polícia autonómica da Catalunha, estão nas
ruas de Barcelona a participar no que está a ser classificada como uma das maiores
manifestações de sempre a favor da independência desta região espanhola.
A
dimensão do protesto é, ainda segundo as autoridades, maior do que a última
grande manifestação, que ocorreu a 10 de julho de 2010, na altura para defender
o novo e polémico estatuto de autonomia da região.
Os
organizadores consideram que a estimativa da polícia é conservadora e falam de
pelo menos dois milhões de pessoas, com muitos a viajarem de vários pontos da
Catalunha, incluindo em mais de mil autocarros organizados pelos promotores do
protesto.
Sob
o lema "Catalunha, novo
Estado da Europa", o protesto
decorre com totalmente normalidade, em ambiente festivo e reivindicativo, com a
grande massa humana praticamente sem se conseguir mexer.
Bandeiras
independentistas dominam o protesto em que participam nove dos 11 membros do
Governo Regional e que está a suscitar ampla polémica fora da Catalunha (nordeste de Espanha), com críticas dos principais partidos espanhóis.
Com
poucos cartazes, o protesto é dominado pela 'senyeras' - a bandeira da antiga coroa de Aragão e usada
como bandeira autonómica da Catalunha -- e também pela 'estelades', uma
bandeira não oficial usada geralmente pelos defensores da independência da região.
Gente
de todas as idades participa no protesto, com bandeiras independentes da
Catalunha exibidas em muitas janelas e varandas, onde os residentes aplaudem e
se juntam aos gritos a favor da independência.
Entre
os manifestantes, à cabeça do protesto, está a vice-presidente da Generalitat
(Governo regional) catalã, Joana Ortega, bem como vários membros do seu
partido, a Convergência e União (CiU).
Ortega
já tinha afirmado que o Governo central «não pode ficar surdo» perante a
manifestação prevista - que os promotores insistem que será «histórica» e
«obrigará as instituições catalãs a iniciar o processo de secessão de Espanha».
Otega
disse hoje que os catalães devem «lançar-se» em defesa da «dignidade»
da Catalunha, do seu autogoverno e de condições económicas «justas»,
considerando que Madrid «não está
consciente» da «grande»
manifestação.
Presentes
estão também outros dirigentes catalães, incluindo o líder da UDC, Josep Antoni
Durán i Lleida, que chegou com muletas, por causa de uma lesão num menisco.