sexta-feira, 10 de setembro de 2010

REACÇÕES AO ASSASSINATO DO JORNALISTA DA RÁDIO DESPERTAR


O Sindicato dos Jornalistas Angolanos reagiu, esta sexta-feira, ao assassinato do repórter da Rádio Despertar, Alberto Chakusanga.

O jornalista foi a enterrar hoje na cidade da Cáala, sua terra natal.

Alberto Chakusanga foi assassinado domingo na sua residência em Viana por elementos não identificados. O Sindicato dos Jornalistas Angolanos apela às autoridades competentes a encontrarem os culpados do “bárbaro assassinato inqualificável”.

As organizações internacionais de defesa dos jornalistas reagiram igualmente ao crime. O Comité para a Proteção dos Jornalistas insta que “as autoridades angolanas devem conduzir uma completa e transparente investigação que explore todas as possíveis pistas e levar os responsáveis à justiça”.

Alberto Chakusanga era apresentador de um programa semanal de notícias com participação de ouvintes, em língua Umbundu, na emissora privada Rádio Despertar.

O motivo para o assassinato ainda não está claro. Colegas disseram ao Comité de Protecção dos Jornalistas que a única coisa que faltava em sua casa era um botijão de gás.

“Condenamos o assassinato de Alberto Chakussanga”, disse o Coordenador para a Defesa dos Jornalistas na África, Mohamed Keita.

“Pedimos às autoridades angolanas que considerem todos os possíveis motivos para este assassinato, inclusive seu trabalho jornalístico” disse o responsável.

Segundo a organização Repórteres Sem Fronteiras, a morte do jornalista "veio em momento de tensão entre o MPLA e UNITA, partido o qual a Rádio Despertar demonstra apoio".

"Os investigadores não devem, portanto, eliminar qualquer hipótese, incluindo a possibilidade de o assassinato ser motivado pelas alianças políticas da vítima ou trabalho como jornalista" - afirma a organização.