terça-feira, 3 de agosto de 2010

VALLE d’Aosta é uma Província Autonoma de Italia


O Vale de Aosta (nomes oficiais em italiano, Valle d'Aosta, e em francês, Vallée d'Aoste) é uma região autônoma com estatuto especial situada no noroeste da Itália dividida em 74 comunas com cerca de 126 mil habitantes e 3.262 km², cuja capital é Aosta. É oficialmente bilíngüe, adotando tanto a língua italiana como a francesa.
Tem limites ao norte com a Suíça (Cantão Valais), a oeste com a França (departamento de Alta Sabóia e de Sabóia na região Ródano-Alpes), ao sul e a leste com o Piemonte (Província de Turim, Província de Biella, Província de Vercelli).
Administração
Na região autônoma do Vale de Aosta não existem províncias. As funções provinciais são exercidas nos órgãos da região.
Turismo
Os principais serviços turísticos encontrados estão relacionados a esqui e alpinismo, como por exemplo o teleférico na comuna de Courmayeur, que leva a Aiquille do Midi, perto de Chamonix.
A economia está ligada ao turismo e à produção de gado e produtos lácteos, como o queijo Fontina, com o qual se faz um excelente fondue. Nas regiões laterais das montanhas, e nos locais mais amenos, produz-se também um excelente vinho.
Ao norte, mais além do passo de São Bernardo, que dá acesso à Suíça, há a rota do Valtournenche, que leva a Breuil-Cervinia, na base do Monte Cervino. A cidade, tal como outras dedicadas ao esqui, descaracterizou-se por completo, transformando-se num amontoado de prédios destinados a acolher os que procuram a espectacular vista sobre as agulhas negras cobertas de neve resplandecente. Mais modesto e selvagem, e também menos procurado, é o Val Ferret, perto de Courmayeur.
Pontos Turísticos
• Monte Branco
• Monte Rosa
• Arco de Augusto (25 a.C.)
• Teatro Romano (Aosta)
• Catedral e Colegiada de Saint-Ours
• Castelo Fénis (arredores Saint-Vicent)
• Castelo de Issogne
Geografia
O Vale de Aosta é a menor região italiana e está localizado no meio dos Alpes, cercado por quatro das mais altas montanhas em toda a Itália e Europa (Monte Branco, Cervino, Monte Rosa e Gran Paradiso).
Os vales mais importantes são o Colle del Piccolo San Bernardo e o Colle del Gran San Bernardo, que é o mesmo nome do túnel da região.
A parte sul do território é ocupada pelo Parque Nacional de Gran Paradiso, criado em 1922 para proteger determinadas espécies de flora e fauna em perigo de extinção como cabras, camurças, marmotas e arminho.
Os vales foram escavados por geleiras em movimento em uma época em que toda a região era coberta pelas mesmas. Atualmente, as geleiras ocupam apenas os picos mais altos.
Clima
O clima típico do Vale de Aosta é o inverno alpino e verão frescos. Somente o vale central, atravessado pelo rio Dora Baltea, é beneficiado com um clima mais ameno. Durante o inverno possui neve intensa, mas a precipitação é escassa no resto do ano. Para contornar o fato de ter sido construída nesta região, no inicio da Idade Média, grandes obras de canais de irrigação chamados Rûs (pron. "rü", mesmo no plural) ainda são usados.
Todo o território é parte de uma cadeia de montanhas uniforme: devido a isto, sofre por causa de sua morfologia inteiramente montanhosa, com vales arborizados, útil para umidificar e refrescar o clima.
Os factores morfológicos principais são de facto dois: a cordilheira que se espalha por toda a região e o grande número de geleiras e florestas que esfriam o clima.
Quando o inverno se forma em uma área de baixa pressão de Aosta, a área em torno de Courmayeur é atingida por um resfriamento, com chuvas e neve em altitudes mais baixas, que se estende até o vale, especialmente em algumas zonas do interior.
O verão é frio e com muito vento
No interior o clima é mais rigoroso, com a média de temperatura muito baixa, especialmente em algumas regiões do noroeste do vale (média diária em janeiro de -11,9°C em Courmayeur, -12,9°C Breuil, -10,9°C em Aosta). A mínima média destas localidades estão entre -10 e -12°C e as temperaturas sazonais esperadas durante o inverno são em torno de -15°C, embora temperaturas noturnas podem chegar bem abaixo desse valor durante os períodos mais intensos de geada. Os dias de verão são muito frescos, e as médias diárias durante o período de verão são influenciadas pelas geleiras e dos ventos teérmicos e da temperaturas da noite fria.
História
Existem marcas de presença humana que datam de 3.000 a.C. Na Antiguidade, o Vale de Aosta foi habitado por lígures e celtas.
No século I a.C., o vale atraiu os romanos por sua localização estratégica entre a Gália e a Germânia. Após vencerem os salassi locais, os romanos fundaram Augusta Praetoria (actual Aosta). Na cidade de Aosta foi encontrada a maior quantidade de artefatos romanos depois de Roma e Pompeia, o que lhe rendeu o título de "Roma dos Alpes".
Depois de lutas e ataques insistentes ao longo de séculos por parte de diversos povos, dos godos aos bizantinos, finalmente, foram os francos que se instalaram no vale em 575 d.C., o que explica a influência gaulesa predominante na região. A partir do século XI, destacou-se a Casa de Saboia, que tomou posse política e administrativa até a Revolução Francesa.
No século XV, Aosta tornou-se um ducado com governo e assembleia próprias. Em 1800, Napoleão atravessou o colo do Grand-St-Bernard com seu exército e, com a constituição do Reino de Itália em 1860, a autonomia foi sendo várias vezes proposta. Em 1927, a província de Vale de Aosta foi estabelecida como centro da área de Turim e Ivrea. Em 1948, o Vale de Aosta adquiriu o estatuto de Região Autônoma.
Com mais de cem castelos, a região tornou-se um ponto turistico muito visitado. Os principais castelos são: Castelo de Issogne, fortaleza de Bard, o castelo de Verrès, o castelo de Fenis, a fortaleza de Aymavilles e o castelo de Sarre.
Localizado no cruzamento das forças armadas e grandes rotas comerciais entre a França, Suíça e Itália, o Vale de Aosta conserva vestígios de seu passado, tais como:
• A área megalítica de Saint-Martin-de-Corléans;
• O arco de triunfo de Augusto;
• As portas romanas;
• As cintas muralhas e as torres;
• O teatro romano, com capacidade de 4.000 espectadores.
Fonte Wikipedia