REGIME DO PRESIDENTE JES EM CAMPANHA CONTRA O
MOVIMENTO DO PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE
Há
dois meses para cá, se denota com uma movimentação frenética sem precedente de
altos dirigentes do Executivo do Presidente José Eduardo dos Santos em
viagens e reuniões secretas com as autoridades tradicionais, para os persuadir,
sensibilizá-los a combaterem o movimento da Lunda Tchokwe que reivindica o
direito natural dos Protectorado.
Com
efeito, no dia 28 de Abril do corrente, pelas 18 horas, escalou cidade de
Saurimo uma Delegação do mais alto nível do Executivo Angolano a que fazia
parte membros do SINSE/SINFO e Deputadas da Assembleia Nacional, que
reuniu em seguida e secretamente no palácio do governo com as autoridades
tradicionais locais e da Corte de Sua Majestade o Rei Muatchissengue
Watembo, com o objectivo de ajuntarem as sinergias no combate ao movimento do
Protectorado da Lunda Tchokwe.
Idêntico
encontro teve lugar na mesma cidade no dia 4 de Maio de 2013, entre a
Governadora Cândida Narciso e a autoridade tradicional do Itengo, de
Capenda Camulemba, do Cafunfo/Cuango entre outros, consta que os mesmo deveriam
ter feito declarações publicas via TPA, RNA, ANGOP e Jornal de Angola,
favorecendo o governo a combater o movimento, pelo que os mesmo rejeitaram
reconhecendo que foram seus bisavôs os primeiros que celebraram os tratados de
comercio e amizade com Portugal e colocaram a Lunda sob sua protecção, seria
uma traição aos seus antepassados renegar os seus feitos.
Saurimo
mantem 16 membros do Protectorado no estabelecimento prisional, por estes
terem-se manifestado na via publica a favor de Autonomia da Nação Lunda
Tchokwe.
Outra
fonte disse que o 2º Secretario do MPLA do Cuango Sr Cakhambu convidou várias
autoridades tradicionais da região, prometendo-os a viajarem para Luanda com os
mesmos objectivos. As autoridades Tradicionais locais sentiram-se ofendidas com
a proposta de combaterem os seus próprios filhos, afirmando que o MPLA já os
vem mentindo ao longo dos 38 anos de ocupação da Lunda e não será desta para os
apoiarem, a referida reunião terminou na confusão sem sucesso.
Em
todos os encontros realizados o regime esta a prometer oferta de Viaturas,
Motorizadas, Bicicletas, construções de casa para os mesmos nas suas próprias
localidades se colaborarem activamente com as intenções manifestadas pelo
regime, a de combater o movimento.
A
fonte disse que o Presidente José Eduardo dos Santos, esta entre a parede
e a espada com a situação, terá questionado as autoridades tradicionais Lunda
Tchokwe, se não sentiam satisfeito com a sua governação, ameaçando-os a
mobilizarem a Juventude para não aderirem em massa ao movimento a que ele chama
de separatista, considerou que este movimento quer dividir Angola, isso traz
guerra e mortes, intimidando fortemente os Miananganas que estiveram presente
no encontro, a que estes últimos responderam, dizendo que, o Presidente deveria
é convidar os reclamantes (MPLT), para um diálogo, para os ouvir, para escutar
de viva voz as verdadeiras intenções do movimento, não aceitaram o convite de
combater os seus próprios filhos.
Eles
disseram ao Presidente José Eduardo Santos que esta história estava no
secretismo, mas agora todo o povo já sabe, o presidente não precisa ameaçar com
a guerra porque ela não vai acontecer, a única alternativa que aconselham
é de dialogar com os protagonistas, que estão a fazer um trabalho louvável.
Nós
não queremos dividir Angola dentro dos seus limites geográficos de acordo com a
conferência de Berlim 1884-1885, que se limita até ao rio lui onde partilha a
sua fronteira comum com a Nação Lunda Tchokwe que vai até o rio Cassai e
Zambeze, portanto Angola é um território e a Lunda é um outro território
usurpado desde 1975, a Africa, Portugal, Bélgica, França, UK, Alemanha e
Vaticano são testemunhos morais do protectorado internacional da Lunda, diante
desta reivindicação a guerra não tem lugar...
Sabemos
que a intenção do regime ditatorial e Sanguinário de José Eduardo dos Santos
a todo custo é de guerra, o que não vai acontecer na Nação Lunda Tchokwe,
porque contamos com uma maturidade dos nossos antepassado que tiveram a mesma
sabedoria de negociar juridicamente com os Europeus e forçaram-lhes a
celebrarem tais tratados, que constituem fonte materiais testemunhas e fruto da
actual reivindicação - Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe.
O
nosso apelo ao regime e a comunidade internacional é o “DIALOGO” com o
Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe, lembrando que a autoridade
tradicional, eles são nossos avós, pais, irmãos, tios e parentes próximos que
jamais irão nos combater…a guerra foi sempre a vontade maquiavélica do Arquitecto
sanguinário do regime ditatorial dito da paz para Angola, José Eduardo dos
Santos, somos contrário ao pensamento militarista.
O
Presidente ao fazer tais ameaças e intimidações diante da autoridade
tradicional Lunda Tchokwe, ainda mais, acompanhado de agentes de serviços
secretos, abre caminho e deixa ordens para que haja mortes selectivas a
dirigentes do movimento reivindicativo, não seria essa a actitude do mais alto dignatário,
que ao invés de resolver os problemas, dando soluções de paz e harmonia, quer é
ver o banho de sangue…