NAÇÃO LUNDA TCHOKWE, OS NÚMEROS DA POBREZA QUE
FALAM POR SI…
Desde
o Dirico até ao Dundo (Fronteiras Sul e Norte), desde Xá-Muteba ou rio Lui até
rio Cassai e Zambeze (Fronteiras Oeste e Leste), em um protectorado
internacional, constituída por 581.073,06 km2, tamanho igual ao Reino da
Espanha, a Nação Lunda Tchokwe (Kuando Kubango, Moxico e o distrito da antiga Lunda),
tem uma população estimado em mais de 6.800.000 habitantes, que vivem com menos
de um dólar por dia, o povo mais pobre do mundo – taxa de pobreza 98%, mesmo
tendo o subsolo mais rico em mineiras, um espaço territorial apto para
agricultura e a agropecuária por excelência.
Os
diamantes da Nação Lunda Tchokwe, representam mais de 99% das vendas do regime
angolano no exterior do país.
Reconhecida
mundialmente no dia 24 de Março de 1894, a Nação Lunda Tchokwe tem a cidade de
Saurimo como Capital, o ITENGO capital histórico do seculo XIX, a localidade
mantem a sua peculiaridade do passado, aqui jazem os restos mortais dos vários
Soberanos Muatchissengues Watembos, as línguas faladas são, tchokwe 80% da
população, Lunda 10% da população, 8% da população fala Nganguela, Mbunda,
Lutchaze, Bangala, Pende, Luba, 2% outras línguas africanas.
O
povo fala também o Português como língua de trabalho e comunicação oficial.
Como
religião, a Nação Lunda Tchokwe, professa o Cristianismo: 85% Catolicismo e
Anglicanismo, 14% cultos Africanos e 0,1% professa o maomista e religiões,
que são recentes impostas pela crescente migração de povos Oeste
Africanos e Asiáticos em busca de sobrevivência nas terras da Lunda Tchokwe,
onde exploram a população nativa com pequenos.
O
analfabetismo é no geral de 90%, as mulheres ocupam 75% desse número, com
subnutrição crónica de 55% e uma taxa de mortalidade infantil de
aproximadamente 600 por mil/nascidos.
Os
recursos hídricos ocupam 85% de toda a superfície territorial da Nação Lunda
Tchokwe, com destaque aos de maior caudal: Cuango, Lui, Zambeze, Cassai,
Kuando, Chicapa, Luembe, Luangue, Cuilo, Luele e outros, correndo de sul para o
norte na sua maioria.
O
desemprego é na ordem dos 90% da população activa, isto é entre os 18 á 65 anos
de idade, por falta de infraestruturas fabris ou reconstrução em alta escala
que poderia garantir o emprego a sociedade.
Os
sistemas de saúde e ensino são precários, os mais pobres, por esta razão mais
de 80% de crianças estão fora do ensino. A penas um médico para 114 mil
habitantes. A falta de professores e escolas é outro calcanhar de “Aquiles” que
enferma a Nação Lunda Tchokwe, um professor para mil crianças, numa população
de mais de 6.800.000
habitantes.
A
Nação Lunda com as suas regiões do Moxico e
do Kuando Kubango, são as mais
penalizadas e prejudicadas em toda a extensão territorial de Angola, falta de
estradas, de infra-estruturas e da descapitalização do pequeno empresário para
a criação de negócio e do emprego para equilibrar a promoção do desenvolvimento
e consequente redução da extrema pobreza.
No
território Lunda Tchokwe tudo está em promessas teóricas, os desafios são
gigantescos, o regime de Luanda á cerca de 6 anos, exactamente no dia 20
de Agosto de 2008, havia anunciado na cidade de Saurimo, a quatro ventos que
iria colocar os melhores filhos da Lunda para promover o seu desenvolvimento,
que não passou de mero exercício de propaganda eleitoral daquele ano que não
deixou de ser este ano também.
Sem
xenofobia, mas a massiva invasão de emigrante ilegais é a pior marca registada
do regime colonialista de Angola na Lunda Tchokwe, acrescida a isso, a violação
aos direitos humanos, assassinatos, massacres de população indefeso, e
tudo em nome dos diamantes.
O movimento
do Protectorado da Lunda Tchokwe para a Defesa da Autonomia Administrativa,
Económica e Jurídica, tem
consciência a um compromisso que implica pesada responsabilidade para a criação
de relações fortes e solidas, a importância da liberdade de expressão, dos
direitos políticos, económicos e direitos humanos para a boa governação em um
ambiente democrático, que é uma missão complexa mas não impossível, num
território sem saída para o mar, dividido em vários clãs, tribos e povos, onde
continua o desmantelamento das riquezas pela elite governativa de Luanda e onde
a pobreza faz morada perene.
O
generoso povo Lunda Tchokwe está preparado para arregaçar as mangas, cultivando
a sua própria terra, criando emprego, bem-estar e a sua dignidade, sobretudo a história
ensina-nos por excelência somos bons guerreiros que nunca fomos humilhados como
desta vez em que o governo de Lisboa transitou sem consentimento dos Lunda os
tratados de protectorado ao governo de Luanda em 1975 na cedência da
independência de Angola. Por este facto exigimos no mínimo a sua AUTONOMIA.