sexta-feira, 10 de maio de 2013

NA CADEIA DA KAKANDA ACTIVISTAS DO PROTECTORADO AFASTADOS DA ACTIVIDADE DOCENTE QUE EXERCIAM POR ENTREGAREM CARTA REIVINDICATIVA A DEPUTADOS DA A.N. QUE VISITARAM AQUELE ESTABELECIMENTO PRISIONAL


NA CADEIA DA KAKANDA ACTIVISTAS DO PROTECTORADO AFASTADOS DA ACTIVIDADE DOCENTE QUE EXERCIAM POR ENTREGAREM CARTA REIVINDICATIVA A DEPUTADOS DA A.N. QUE VISITARAM AQUELE ESTABELECIMENTO PRISIONAL





Dundo, 8 Abr.- Activistas do protectorado da Lunda Tchokwe que se encontram ilegalmente presos na cadeia da Kakanda, Lunda-Norte, entregaram uma Carta Reivindicativa ao grupo de Deputados da Assembleia Nacional de Partidos da oposição que se encontram naquela Província em visitas de constatação e fiscalização da acção governativa do Executivo do Regime do Presidente José Eduardo dos Santos.




A carta em causa, era destinada a Alta Comissaria da ONU para os Direitos Humanos Senhora NAVY PILLAY, que no pretérito mês de Abril, visitou aquele estabelecimento prisional, mas que na altura não teve a oportunidade de se reunir com os activistas do Movimento, porque as autoridades do regime não permitiram o contacto entre aquela responsável e os reclusos, por razões até hoje desconhecidas.




O teor da referida carta, é a violação continuada dos direitos humanos por parte do regime no geral e, em particular a membros do movimento do protectorado presos ilegalmente e da reivindicação do direito de Autonomia da Lunda Tchokwe.




A Delegação dos Deputados da Assembleia Nacional, chefiados pelo General Eugénio Manuvacola, disse que vão levar a Carta ao Presidente do Parlamento Angolano Fernando da Piedade Dias dos Santos tc Nando, que durante o encontro manteve prolongada conversa com os Activistas do Protectorado, que no seu dia-a-dia da cadeia exercem actividade docente e Pastoral, ensinando reclusos com 5ª e 6ª Classe gratuitamente.




Quem não gostou do acto, foi o Director da penitenciaria, que depois da visita terem se retirado do estabelecimento, pediu uma reunião com os activistas do Protectorado, para anunciar o seu afastamento das actividades docentes, justificando que eles estavam é a mobilizar os reclusos para aderirem ao seu movimento, acusando-os de serem os responsáveis de fuga de informações, que são publicadas fora da cadeia e serem muito dinâmicos com as denuncias que fazem sobre a situação carceraria e das condições do estabelecimento.




É uma pena para estes cidadãos, que por capricho das autoridades prisionais vão perder a oportunidade da sua superação académica.




Lembramos que, continuam detidos ilegalmente na Kakanda os Activistas; Domingos Henrique Samujaia, José Muteba, Sebastião Lumanhi e António da Silva Malendeca, numa altura em que a soltura tem sido a conta gota, enquanto um novo exército de 16 Activistas, esta detida e condenada por 90 dias em Saurimo.


POR SAMAJONE