A
diamantífera russa Alrosa prevê investir mais de 1,2 mil milhões de dólares em
dois projectos de produção de diamantes em conjunto com a empresa estatal
angolana Endiama, foi hoje divulgado. É fartar vilanagem.
O
anúncio foi feito aos jornalistas em Luanda pelo presidente do Conselho de
Administração da Alrosa, Andrey Zharkov, à saída de uma reunião com o
vice-Presidente da República de Angola, Manuel Vicente, com destaque para o
projecto Tchiuzo.
Avaliada
em 200 milhões de dólares, esta exploração mineira permitirá criar cerca de 700
novos postos de trabalho na província da Lunda Norte e uma produção
diamantífera anual estimada em 2,5 milhões de quilates que está numa fase
avançada de desenvolvimento.
Igualmente
envolvendo a diamantífera estatal, Endiama, e outros parceiros, a Alrosa prevê
investir mil milhões de dólares no projecto Luaxe, também no interior da Lunda
Tchokwe vulgo norte de Angola, que poderá garantir uma produção anual de cerca
de dez milhões de quilates.
Alrosa
e Endiama vão ainda investir cerca de 15 milhões na prospecção de novos
quimberlitos (depósitos principais de diamantes), nos próximos três anos,
através da empresa participada por ambas, denominada “Kimangue”.
Isto
tendo em conta que Angola apenas conhece o potencial de produção diamantífera
de 40% território nacional, conforme explicou o presidente do Conselho de
Administração da Endiama.
“Quer
dizer que a probabilidade de encontramos recursos minerais nos restantes 60 por
cento é elevada”, disse Carlos Sumbula.
A
Alrosa está presente em Angola na Sociedade Mineira de Catoca (SMC) – detentora
destas novas concessões diamantíferas -, que opera a mina de Catoca, a quarta
maior do mundo.
A
SMC é detida a 32,8 por cento pela Alrosa, maior produtora russa de diamantes, a
mesma percentagem da estrutura accionista que é controlada pela estatal
Endiama.
A
mina de Catoca, na província da Lunda Sul, garante uma produção anual de seis
milhões de quilates de diamantes – cerca de 75% ou (seja
78,2 % ) da produção total angolana -, tendo obtido vendas de 594 milhões
de dólares em 2013, um aumento de 2,6% face ao ano anterior, segundo dados
daquela sociedade.
A
mina conta com uma profundidade, a céu aberto, de 600 metros e deverá estar em
operação até 2031, sendo a quarta maior do género em todo o mundo, devendo
igualmente ser alvo de um novo investimento.
Do
total da extracção angolana no último ano, 8,75 milhões de quilates da produção
industrial seguiram para exportação, avaliada em 1,308 mil milhões de dólares.