O
POPULISMO E A DEMAGOGIA DO PRESIDENTE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS/MPLA FACE AOS
INTERESSES MAIS PRAGMATICOS DA NAÇÃO LUNDA TCHOKWE
Demagogia é um
termo de origem grega que significa "arte ou
poder de conduzir o povo". É uma forma de actuação
política na qual existe um claro interesse em manipular ou agradar a massa
popular, incluindo promessas que muito provavelmente não serão realizadas,
visando apenas a conquista do poder político.
Um discurso
demagógico é, por exemplo, proferido em uma campanha eleitoral com recurso a
poderosas técnicas de oratória que irão sensibilizar e aliciar o eleitorado
para dar o seu voto. Demagogo é a denominação daqueles que praticam demagogia.
Quando a expressão
surgiu, ela não tinha nenhum sentido pejorativo, e os demagogos eram defensores
da democracia, como Sólon e Demóstenes. No entanto, a expressão evoluiu a nível
de semântica depois da morte de Péricles, quando novos líderes surgiram e foram
fortemente criticados pela sua forma de fazer política.
No sentido figurado,
demagogia é uma prática daqueles que aparentam humildade ou honestidade com o
intuito de obter favores pouco claros. Outra forma de demagogia é um indivíduo
engrandecer a si próprio para atrair o reconhecimento ou admiração dos outros.
DEMAGOGIA ARISTÓTELES
No livro "A
Política",
Aristóteles aponta a demagogia como a corrupção da democracia assim como a
tirania correspondia à corrupção da monarquia. Mesmo um bom rei poderia se
transformar em um tirano, se a bajulação dos seus servos o fizesse pensar só em
si mesmo e não pensar no seu povo.
Os elogios excessivos dos cortesãos poderiam fazer com que o rei pensasse que só o seu bem-estar é importante. Desta forma, o rei era corrompido mas não só: era manipulado para o benefício dos servos bajuladores. De igual forma, nos dias de hoje a democracia é corrompida graças à demagogia quando alguns elementos da classe política (comparáveis aos cortesãos de antigamente) - que deveriam servir a soberania do povo - utilizam estratégias para enganá-lo, fazendo promessas que nunca serão cumpridas, tudo para o seu próprio benefício.
O POPULISMO DO DEMAGOGO
O termo populismo é
utilizado para designar um conjunto de práticas políticas que consiste no
estabelecimento de uma relação directa entre as massas e o líder carismático (CAUDILHO),
sem a intermediação de partido politico. Assim, o "povo", como
categoria abstracta, é colocado no centro da acção política, independentemente
dos canais próprios da democracia representativa.
Populismo é uma forma
de governar em que o governante utiliza de vários recursos para obter apoio
popular. O populista utiliza uma linguagem simples e popular, usa e abusa da
propaganda pessoal, afirma não ser igual aos outros políticos, toma medidas autoritárias,
não respeita os partidos políticos e instituições democráticas, diz que é capaz
de resolver todos os problemas e possui um comportamento bem carismático.
É muito comum
encontrarmos governos populistas em países com grandes diferenças sociais e presença
de pobreza e miséria, tal é o populismo do regime do Presidente José Eduardo
dos Santos/MPLA face aos interesses pragmáticos da Nação Lunda Tchokwe, nos
discursos em 2011 no Kuando Kubango, em 2008 na Lunda-Sul e em 2012 no Dundo e
Moxico que não traduzem absolutamente nada de concreto.
Quantas promessas que
o actual ditador Angolano José Eduardo dos Santos fez nas suas deslocações
aquele território da Nação Lunda Tchokwe, nas datas acima referenciadas e
aplaudidas pela inocência iludente do nosso povo, que os Muananganas o
apelidaram de: “Wambata mama, mwe tata”,
despercebidos que estavam diante de um simples demagogo que busca a sua
popularidade para permanecer anos a fio no poder usurpacionista e colonialista.
A política populista
é marcada pela ascensão de líderes carismáticos que buscam sustentar sua actuação
no interior do Estado através do amplo apoio das maiorias. Muitas vezes,
abandona o uso de intermediários ideológicos ou partidários para buscar na “defesa dos interesses nacionais”
uma alternativa às tendências políticas de sua época, sejam elas
tradicionalistas, oligárquicas, liberais ou socialistas. De diferentes formas,
propaga a crença em um líder acima de qualquer outro ideal.
No campo de suas acções práticas, a tendência populista prioresa o atendimento das demandas das classes menos favorecidas, colocando tal opção como uma necessidade urgente frente aos “inimigos da nação”.
Uma das contradições mais marcantes do populismo consiste em pregar a aproximação ao povo, mas, ao mesmo tempo, estabelecer mecanismo de controlo que “NÃO” permitam o aparecimento de tendências políticas contrárias ao poder vigente. De tal maneira, os governos populistas também são marcados pela não desarticulação das oposições políticas no seu interior e buscam a troca dos “favores ao povo que manipulam” para apoiarem incondicional ao grande líder responsável pela condução do país “in sic”.
Além do autoritarismo e do assistencialismo, os governos populistas também tem grande preocupação com o uso dos meios de comunicação social como instrumento de divulgação das acções do governo. Por meio da instalação ou do controle desses meios, o populismo utiliza de uma propaganda oficial massiva que procura se disseminar entre os mais distintos grupos sociais através do uso irrestrito de Rádios, Jornais, Revistas e Emissoras de Televisão, como é o caso da tirania da actual “MONARQUIA” não declarada em Angola.
Populismo é basicamente um “modo” de exercer o poder. Ou seja, dá-se uma importância ao povo, às classes menos favorecidas, cuida-se delas e, assim, conquista-se sua confiança o que permite que se exerça um autoritarismo consentido, uma dominação que não é percebida por quem é dominado.
JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS E O DIÁLOGO
ANUNCIADO EM 2013
José
Eduardo dos Santos disse ser convicção sua, que no contexto do mundo actual, em
que os Estados democráticos e de direitos se afirmam cada vez mais e se envidam
cada vez mais esforços no sentido do respeito dos direitos, liberdade e
garantias dos cidadãos, a “regra
da resolução de conflitos deve ser o diálogo e o debate franco e aberto, como
forma de alcançar o consenso”, quando
discursava na abertura do fórum Pan-africano “fundamentos
e recursos para uma cultura de paz”,
que decorreu em Luanda em 2013, numa organização conjunta da UNESCO, União
Africana e o Governo angolano.
Para
o Presidente Angolano, as questões de natureza interna, e mesmo as que possam
ocorrer a nível internacional, não devem ser dirimidas por via da confrontação
violenta, mas sim através da concertação e negociação permanentes, até se
chegar a um acordo que dê resposta às aspirações das partes envolvidas, mas que
ao mesmo tempo se conforme com os superiores interesses nacionais, tal como a
soberania, a unidade e a integridade da nação e o respeito pela dignidade
humana.
Para
quanto senhor Presidente a concertação e negociação permanente, até se chegar a
um acordo que dê respostas às aspirações do povo LUNDA
TCHOKWE A SUA AUTONOMIA? Ou simples demagogia e populismo!..