segunda-feira, 27 de março de 2017

MATANÇAS NA RDC – MAIS DE 40 AGENTES DA POLICIA FORAM DECAPITADOS PELAS MILICIAS INSURRECTOS

MATANÇAS NA RDC – MAIS DE 40 AGENTES DA POLICIA FORAM DECAPITADOS PELAS MILICIAS INSURRECTOS





KINSHASA (Reuters) - Combatentes milicianos na República Democrática do Congo decapitaram cerca de 40 policiais após uma emboscada, disseram autoridades locais neste sábado, o ataque mais grave contra forças de segurança desde que uma insurreição começou na região em agosto do ano passado.


Embora o balanço ainda seja provisório, sabe-se que os policiais morreram em um ataque da milícia congolesa Kamuina Nsapu que começou ontem na província de Lomani, e continua hoje, disse o governador da província, Patrice Kamanda.


"Os enfrentamentos ainda estão acontecendo. Nossos dispositivos foram reforçados e esperamos sufocar estes bandidos que causaram tanto prejuízo aos civis e às forças de segurança, incluindo policiais e militares que morreram após um confronto duro e sangrento que começou ontem à noite", disse.


Os milicianos invadiram um acampamento militar armados com facões. Eles roubaram armamentos e veículos das forças congolesas na aldeia de Mwene-Ditu.


"Os milicianos puseram em risco todos os esforços de paz feitos na última visita do ministro do Interior", lamentou o deputado Dieu Merci Mutombo.


Ele confirmou que os enfrentamentos prosseguem em Mwene-Ditu e disse que mais militares foram enviados ao local.


"Isto, sem dúvida, aumentará o número de vítimas", alertou o deputado, que disse que as ruas da aldeia e de Kananga estão desertas, exceto pela presença das FARDC.


A violência em Kassai aumentou depois que as forças de segurança mataram em agosto do ano passado o líder da milícia Kamuina Nsapu. Desde então, mais de 400 pessoas morreram e cerca de 200 mil foram deslocadas, conforme a Organização das Nações Unidas (ONU).


De acordo com a Human Rights Watch, em algumas ocasiões, as forças de segurança do Estado "responderam à milícia com força excessiva, disparando inutilmente em supostos membros de milícias ou partidários, entre eles mulheres e crianças".


Desde janeiro, já foram descobertas mais de 20 valas comuns em três áreas de Kassai e nas últimas semanas foram divulgados vídeos mostraram soldados atirando em membros da milícia, com poucas ou sem armas, incluindo mulheres e crianças, segundo a HRW.