terça-feira, 2 de agosto de 2016

DIAMANTES DA NAÇÃO LUNDA TCHOKWE CONTINUAM A VENDER EM ALTA PARA ANGOLA VS POBREZA EXTREMA CONTINUA EM ALTA

DIAMANTES DA NAÇÃO LUNDA TCHOKWE CONTINUAM A VENDER EM ALTA PARA ANGOLA VS POBREZA EXTREMA CONTINUA EM ALTA



Em Junho, de acordo com um comunicado do Ministério da Geologia e Minas, Angola produziu em oito das 12 minas de diamantes em actividade, um total de 753.151 quilates, representando 75.358. 883 dólares, ao preço médio de 100 dólares por quilate.


A mina de Catoca contribuiu com 620.514 quilates, Camutue com 41.269, Cuango com 39.771 quilates, Chitotolo com 20.064, Calonda com 12.889, Somiluana 9.053, Luo 8.779 e Lulo 808 quilates.



Comparativamente ao mês de Maio de 2016 cuja produção foi de 736.695 quilates, no valor de 74.978.984 dólares, ao preço médio de 101 dólar por quilate, registou-se um aumento no volume e no valor de 2,23% e 0,51%, respectivamente.


Esse aumento deveu-se à mina de Camutue que produziu mais 252,75%, comparativamente ao mês anterior. Em relação ao valor das vendas, registou-se um ligeiro aumento devido à qualidade das pedras provenientes dos diferentes projectos, como os de Somiluana, Camutue , Luo e Lulo.


Relativamente ao período homólogo de 2015, em que a produção foi de 701.034 quilates, no valor de 79.528.937, ao preço médio de 113 dólares por quilate, registou-se um aumento no volume de 7,53% e uma diminuição de 5,24% em valor. Este resultado deveu-se ao facto de a produção de Catoca ter registado um ligeiro crescimento de 0,82%, comparativamente ao referido período que foi de 615.478 quilates.


Manter os preços estáveis


Recorde-se que o Presidente José Eduardo dos Santos considera “aceitável” a actual cotação dos diamantes no mercado internacional, mas defende medidas para assegurar a estabilidade e evitar quebras bruscas nos preços, como aconteceu com o barril de crude.


A posição de sua majestade o rei de Angola está expressa numa nota enviada ao Folha 8 pela Casa Civil do Presidente da República, referindo-se à reunião de 23 de Junho (aqui divulgada no dia seguinte)em Luanda, com Ahmed Bin Sulayen, actual presidente do Processo Kimberley e presidente executivo da Dubai Multi Commodities Center (DMCC), a maior zona franca dos Emirados Árabes Unidos, que congrega cerca de 12.000 empresas.


Segundo a mesma informação, o chefe de Estado e também Titular do Poder Executivo salientou que os diamantes “estão com uma cotação aceitável no mercado internacional”, tendo solicitado ao dirigente daquela entidade internacional que tenta travar o negócio dos ‘diamantes de sangue’ para “ajudar a assegurar a estabilidade do seu preço”.


“Evitando-se que ocorra sobre o preço dos diamantes o contágio do preço do petróleo, nomeadamente a sua drástica redução e alta volatilidade”, lê-se na nota.


Angola vive desde o final de 2014 uma profunda crise financeira, económica e cambial decorrente da quebra para metade nas receitas fiscais com a venda de petróleo face à forte descida da cotação internacional do barril de crude, que tem um peso de 98% nas exportações do país.


O presidente do conselho de administração da Empresa Nacional de Diamantes de Angola (Endiama), Carlos Sumbula, disse em Janeiro que os países produtores diamantíferos estão a reduzir a quantidade de pedras preciosas no mercado para travar a quebra nos preços.


“Em cooperação com todos os países produtores do mundo, estamos a reduzir a quantidade de diamantes no mercado para fazer com que a procura aumente e isso também aumentará o preço”, apontou o administrador da estatal angolana, concessionária do sector.


Angola atingiu em 2015 um novo recorde de produção de diamantes, com 8,837 milhões de quilates, o que rendeu ao país 1,1 mil milhões de dólares, mas reflectindo uma quebra de receitas devido à quebra na cotação.


“Apesar de estamos em crise na comercialização, podemos dizer que temos estado a gerir esta crise com bastante mestria, em colaboração com todos os outros países. Pensamos que no decorrer deste ano podemos inverter a situação [quebra nos preços]“, disse na altura o presidente do Conselho de Administração da Endiama, apontando a falta de publicidade dos diamantes a nível mundial como justificação para a “crise” actual.



Folha 8 com Angop