sexta-feira, 26 de agosto de 2016

COMUNICADO DE IMPRENSA SOBRE DENUNCIAS DE PLANOS DO GOVERNO CONTRA O MOVIMENTO DO PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE

COMUNICADO DE IMPRENSA
SOBRE DENUNCIAS DE PLANOS DO GOVERNO CONTRA O MOVIMENTO DO PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE



O Comité Executivo Nacional  do Movimento do Protectorado em Luanda, tomou conhecimento de fonte digna de confiança, sobre planos da Secreta e da contra inteligência do Executivo do Presidente José Eduardo dos Santos, para  destruir o Movimento que reivindica Autonomia Lunda Tchokwe, consubstanciado no seguinte:


1.º

Em reuniões de estratégias realizadas no corrente ano, na Província do Namibe e em Luanda, os Serviços Secretos e de contra inteligência, ao procederem a análise política da situação nas Lundas, a crise financeira e o pleito eleitoral de 2017, gizaram um plano com as seguintes acções contra o Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe:
a).- Criação de grupos fantasmas de tropas e sua infiltração em vários pontos no interior da Lunda Tchokwe, cuja primeira acção já se encontra no terreno, várias Unidades militares espalhadas nas matas, sobretudo na Lunda Norte, Sul e Moxico;
b).- Com a presença destes militares, as acções seguintes serão os ataques as aldeias, povoações e a viaturas de forma indiscriminada, e contra as populações indefesas tal como aconteceu no passado recente da guerra civil angolana MPLA-UNITA, estas acções serão imputadas ao movimento do protectorado Lunda Tchokwe, tento em conta as aluditas informações de possíveis ataques terroristas segundo acusações feitas em Fevereiro de 2016 pelo Governo que vaticinava vir a existir acções do genero na Lunda e em Cabinda;
c).- Com estas acções macabras, estarão criadas as condições, para que o Presidente José Eduardo dos Santos, ordene a partir de Luanda as detenções e prisões para com os membros de Direcção e Líderança do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, como aconteu com a ceita a Luz do Mundo;
d).- Estas acções visam ao mesmo tempo a inviabilização do pleito eleitoral de 2017, o que permitirá o Presidente José Eduardo dos Santos, anunciar a instabilidade politico militar no país e a falta de condições de segurança para a realização das eleições.

2.º

O SINSE, SIC, SISM e outros serviços secretos e de inteligência do Executivo Angolano, em suas análises, tentam ligar o Movimento do Protectorado com o Partido PRS, tudo por causa do símbolo, o “Pensador”, a semelhança das cores de Bandeiras e nas insígnia de ambas as instituições, e, os dois líderes serem ambos nacionais Lunda Tchokwe, o que poderá vir a penalizar aquela formação partidária no mosaico angolano em 2017 ou eventual diminuição de deputados.

3.º

Presentemente uma grande componente militar, altamente equipada com meios militares sofisticados, aviões de combate, Helicópteros, etc., idos de diversos pontos de Angola já se encontra a fazer manobras nas regiões de Cafunfo, Cuango, Caungula, Loremo e Camaxilo, onde as populações estão a viver momentos de agitação e panico.

4.º

O Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, tem vindo a denunciar e a reafirmar o seguinte ao longo dos últimos anos:
a).- Que o Movimento não tem Exercito, sua acção é civica, portanto pacifica, por via do diálogo ou jurídica por via dos tribunais, da ONU, da União Áfricana, União Europeia e do envolvimento da Comunidade Internacional;
b).- Temos denunciado a presença massiva de tropas Angolanas no interior da Lunda Tchokwe, bem como unidades especiais da Policia Nacional;
c).- Temos denunciado acções subversivas, perseguições, ameaças de mortes, prisões arbitrárias, brutalidade violenta, clonagem e escutas telefonicas, controlo e acompanhamento milimetrico de membros e activistas, criação de alas e aliciamentos de responsáveis das estruturas centrais, com forte campanha contra a líderança do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, com acusações aberrantes, as de que o líder  já foi comprado pelo Governo Angolano, o objectivo desta campanha, desmotivar a aderência e desmobilizar militantes da organização.


5.º

O Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, exorta o Governo do Presidente José Eduardo dos Santos, as forças da Ordem e Segurança Nacional, os serviços secretos e de inteligência a pautar pela civilização; pela convivência salutar de todos os estratos étnicolínguisticos da heterogeneidade de Angola; evitar banhos de sangue inocente por causa da ambição ao poder; que não se repita mais monte sumi no Huambo; que não se repita mais o desaparecimento de 174 cidadãos Lunda Tchokwes como em Junho de 2015 no Cafunfo ou os massacres de mais de 3000 pessoas em “Jaribu e Kambau” em Lucapa e Calonda em 1995, garimpeiros confundidos com tropas da UNITA.

6.º

O Movimento do Protectorado, exorta Comunidade Internacional e Nacional, Sociedade Civil, Partidos Políticos Angolanos, Igrejas e organizações de defesa dos direitos humanos a estarem atentos aos actos premeditados maquiavélico do regime Angolano contra o povo Lunda Tchokwe; atentados contra a democracia e a diferença de opiniões; autoritarismo da ditadura tiranica incapaz de dialogar, e, que sempre optou pelo vandalismo e terrorismo de estado.

7.º

Finalmente, o Movimento do Protectorado, reafirma sua disposição de sempre, aberto para o diálogo; reafirma a continuação da luta até o estabelecimento da Autonomia Lunda Tchokwe igual a ESCÓCIA no Reino Unido; exorta seus membros e activistas para não se intimidarem com as ameaças e perseguições do regime Angolano e, a  sermos solidários com todos os povos oprimidos, injustiçados e amantes da PAZ Universal.


Luanda, aos 24 de Agosto de 2016.-



COMITÉ EXECUTIVO NACIONAL