segunda-feira, 17 de novembro de 2014

MPLA NA LUNDA-SUL EM CAMPANHA CONTRA AS ACÇÕES MOBILIZATIVAS DO MOVIMENTO DO PROTECTORADO

MPLA NA LUNDA-SUL EM CAMPANHA CONTRA AS ACÇÕES MOBILIZATIVAS DO MOVIMENTO DO PROTECTORADO




 A 1.ª Secretaria do MPLA e Governadora da Lunda Sul, Cândida Narciso, com orientações superiores do Presidente do Partido e Chefe do Executivo José Eduardo dos Santos, tem estado a se envolver numa campanha inglória com as autoridades do Poder Tradicional, advertindo-os de não aceitarem o movimento reivindicativo da Autonomia da Nação Lunda Tchokwe, oferecendo para o efeito, Casas, Motorizadas e Viaturas em certos casos;



A Governadora, chega mesmo a prostrar-se diante das Autoridades do Poder Tradicional para o ajudarem a combater o movimento, solícita destes pronunciamentos públicos via Rádio ou jornal de Angola; o que a mesma não sabe, é que o povo Lunda Tchokwe, recebe qualquer oferta, vinda do MPLA, da UNITA, PRS ou da CASA-CE, eles, os nossos avós, tios nas vestes do Poder Tradicional jamais irão trair os seus próprios filhos; isto é impossível.



O Povo Lunda Tchokwe esta a construir a mais importante das mudanças: a mudança da consciência, por causa do sofrimento e da colonização.



Por isso, o regime ditatorial pode usar a Televisão um meio potente, a rádio e o Jornal de Angola para tentar manipular a opinião pública nacional e internacional, contra os factos os argumentos falaciosa não vingam.



A Governadora do ditador José Eduardo dos Santos, recorre todos os municípios e comunas da Lunda Sul; Muconda, Dala, Cacolo, com o objectivo de mobilizar as autoridades do Poder tradicionais, não aderirem ao movimento, estes por sua vez comunicam as instâncias do Movimento de que a Governadora lhes pediu; isso ou aquilo.



O Movimento reclama o direito legítimo, transcendental e divino do Povo da Nação Lunda Tchokwe, tal igual o povo Escocês, Irlanda do Norte e o Pais de Gales no REINO UNIDO da Inglaterra, para o efeito, o Presidente José Eduardo dos Santos deve sim, promover o “DIALOGO”, tudo isso depende do seu pronunciamento, conforme foi discutido no dia 3 de Novembro na 10ª Comissão da Assembleia Nacional de Angola.



É neste contexto histórico de luta por princípios e valores éticos e políticos, que o MPLA e o seu Presidente deveriam encarar a questão Lunda Tchokwe, fomos convocados pela 10.ª Comissão da Assembleia Nacional, não hesitamos, com todos os riscos de segurança, estivemos presente, a vontade do nosso povo é o diálogo que o Presidente José Eduardo dos Santos foge.



É medo de perder o poder sobre os diamantes da LUNDA TCHOKWE?



José Eduardo dos Santos, na sua qualidade de Presidente da Republica, deve procurar soluções de diálogo e debate aberto e transparente sobre qualquer situação de conflitualidade que acontecer no vasto território, não deveria ser ele o primeiro a recorrer a acções baixas, mobilizando um simples regedores que não entende nada sobre processos políticos e Jurídicos, no caso vertente, Protectorado Lunda Tchokwe.



José Eduardo dos Santos, com a experiência que acumulou dos 39 anos no poder em Angola, viu o desmoronar da antiga URSS, assistiu a união da antiga Alemanha com a ex-RDA, viu a separação da CHECOSLOVAQUIA, testemunhou em pouco tempo o fim do chamado países Comunistas do Leste da EUROPA e o fim do Socialismo, a China explodiu e tornou-se praticamente na 2.ª Economia Mundial, Cuba fazendo reformas estruturais que o PCC nunca permitiu, o desaparecimento do Pacto de Varsóvia, o fim da ditadura na Líbia, Tunísia, Egipto, o KOSOVO proclamou independência, o Sudão Sul formou-se por referendo, a Síria, Iraq e os conflitos intermináveis do chamado corredor dos grandes Lagos em cuja Presidência esta sob seus ombros, o BOKO HARAM na Nigéria vai ganhando terreno, mas sobretudo deixando o farto pesado com balanço negativo, as vidas humanas inocentes, por falta de debate, do dialogo, o Presidente dos Camaradas viu cair Mubuto, Kadafi, e outros ditadores.



Por fim em Africa CAMPAORE caiu de noite para o dia, o fim da ditadura na BURKINA FASO pela vontade expressa do povo.



Fidel Castro ensinou que, “Quando um povo chora, a tirania treme”, esta máxima é universal; Fidel Castro um grande revolucionário Cubano dos nossos tempos, reconheceu que um inimigo era mais do que mil amigos, por isso não se deve subestimar o inimigo ou adversários políticos.



O seu auxiliar, o Ministro da defesa de Angola, João Lourenço, finalmente reconheceu que Cabinda inspira cuidados militares, que os militares estacionados em Cabinda devem estar em prontidão, porque no terreno a guerra continua, porque mentir a comunidade internacional que em Cabinda há estabilidade politico militar?



A Nação Lunda Tchokwe quer PAZ, LIBERDADE e DEMOCRACIA, a confrontação deve ser um debate de ideias para o desenvolvimento nos limites da lei e do respeito pela coisa alheia; o nosso povo aprendeu desde muito cedo com a dor, com o sofrimento, com as perdas e descobriu o que o regime ditatorial não quer ouvir; não queremos guerra entre Lunda Tchokwe e Angola; não queremos mais miséria, não queremos mais ignorância do povo; não queremos doenças; não queremos mais abusos de poder na nossa amada e adorada Lunda Tchokwe; não queremos mais a dilapidação dos recursos naturais para fazerem milionários estrangeiros em detrimento do nosso povo; não queremos governo pelo arbítrio; não queremos o poder autoritário e ditatorial de Luanda.



O Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, vai continuar a sua marcha triunfal, rumo a AUTONOMIA DA NAÇÃO LUNDA TCHOKWE,  a manipulação propagandística do poder autoritário e ditatorial de Luanda não ira mais nos intimidar, quando mais nos apertar mais fortes e unidos nos tornamos com o nosso povo.



O Presidente José Eduardo dos Santos e o MPLA não precisam de comportamentos mesquinhos para combater o movimento do protectorado Lunda Tchokwe; a Autoridade do Poder tradicional, ela não pertence a nenhum Partido Politico ou organização da Sociedade Civil, ela é o pai que tem muitos filhos, não importando o comportamento de cada um, mas recebe todos na mesma medida.



Os caminhos para a AUTONOMIA da Nação Lunda Tchokwe não são simples de compreender, é uma obra da vontade do povo, mas também uma obra do tempo que vai amadurecer o processo, é uma obra da razão como também uma obra dos costumes, dos valores e das tradições do povo Tchokwe no seu espirito de justiça por via de igualdade em diferença entre as Nações Ndongo, Bacongo, Bailundo e Kwanhama.



Não temos medo do combate do Presidente José Eduardo dos Santos e do MPLA contra o movimento do Protectorado, desde que esse combate seja coerente com o espirito de dialogo aberto, um debate corajoso, pluralismo politico e cultural à historia.




Aos senhores governadores Higinio Carneiro do Cuando Cubango, Ernesto dos Santos Liberdade do Moxico, Cândida Narciso da Lunda Sul e Ernesto Muangala da Lunda Norte, Representantes e Embaixadores do regime ditatorial de Luanda na Lunda Tchokwe, há muito que deixaram de fazer campanhas contra a oposição política angolana, concentraram as suas armas contra o movimento do Protectorado, manipulando o povo inocente.