MPLA NA LUNDA-SUL EM CAMPANHA CONTRA AS ACÇÕES
MOBILIZATIVAS DO MOVIMENTO DO PROTECTORADO
A 1.ª Secretaria do MPLA e Governadora da Lunda
Sul, Cândida Narciso, com orientações superiores do Presidente do Partido e
Chefe do Executivo José Eduardo dos Santos, tem estado a se envolver numa
campanha inglória com as autoridades do Poder Tradicional, advertindo-os de não
aceitarem o movimento reivindicativo da Autonomia da Nação Lunda Tchokwe,
oferecendo para o efeito, Casas, Motorizadas e Viaturas em certos casos;
A
Governadora, chega mesmo a prostrar-se diante das Autoridades do Poder
Tradicional para o ajudarem a combater o movimento, solícita destes pronunciamentos
públicos via Rádio ou jornal de Angola; o que a mesma não sabe, é que o povo
Lunda Tchokwe, recebe qualquer oferta, vinda do MPLA, da UNITA, PRS ou da
CASA-CE, eles, os nossos avós, tios nas vestes do Poder Tradicional jamais irão
trair os seus próprios filhos; isto é impossível.
O
Povo Lunda Tchokwe esta a construir a mais importante das mudanças: a mudança
da consciência, por causa do sofrimento e da colonização.
Por
isso, o regime ditatorial pode usar a Televisão um meio potente, a rádio e o
Jornal de Angola para tentar manipular a opinião pública nacional e
internacional, contra os factos os argumentos falaciosa não vingam.
A
Governadora do ditador José Eduardo dos Santos, recorre todos os municípios e
comunas da Lunda Sul; Muconda, Dala, Cacolo, com o objectivo de mobilizar as
autoridades do Poder tradicionais, não aderirem ao movimento, estes por sua vez
comunicam as instâncias do Movimento de que a Governadora lhes pediu; isso ou
aquilo.
O
Movimento reclama o direito legítimo, transcendental e divino do Povo da Nação
Lunda Tchokwe, tal igual o povo Escocês, Irlanda do Norte e o Pais de Gales no
REINO UNIDO da Inglaterra, para o efeito, o Presidente José Eduardo dos Santos
deve sim, promover o “DIALOGO”, tudo isso depende do seu pronunciamento,
conforme foi discutido no dia 3 de Novembro na 10ª Comissão da Assembleia
Nacional de Angola.
É
neste contexto histórico de luta por princípios e valores éticos e políticos, que
o MPLA e o seu Presidente deveriam encarar a questão Lunda Tchokwe, fomos
convocados pela 10.ª Comissão da Assembleia Nacional, não hesitamos, com todos
os riscos de segurança, estivemos presente, a vontade do nosso povo é o diálogo
que o Presidente José Eduardo dos Santos foge.
É medo de perder o poder sobre os
diamantes da LUNDA TCHOKWE?
José
Eduardo dos Santos, na sua qualidade de Presidente da Republica, deve procurar
soluções de diálogo e debate aberto e transparente sobre qualquer situação de
conflitualidade que acontecer no vasto território, não deveria ser ele o
primeiro a recorrer a acções baixas, mobilizando um simples regedores que não entende
nada sobre processos políticos e Jurídicos, no caso vertente, Protectorado
Lunda Tchokwe.
José
Eduardo dos Santos, com a experiência que acumulou dos 39 anos no poder em Angola, viu o desmoronar da antiga URSS, assistiu a união da antiga Alemanha
com a ex-RDA, viu a separação da CHECOSLOVAQUIA, testemunhou em pouco tempo o
fim do chamado países Comunistas do Leste da EUROPA e o fim do Socialismo, a
China explodiu e tornou-se praticamente na 2.ª Economia Mundial, Cuba fazendo
reformas estruturais que o PCC nunca permitiu, o desaparecimento do Pacto de Varsóvia,
o fim da ditadura na Líbia, Tunísia, Egipto, o KOSOVO proclamou independência,
o Sudão Sul formou-se por referendo, a Síria, Iraq e os conflitos intermináveis
do chamado corredor dos grandes Lagos em cuja Presidência esta sob seus ombros,
o BOKO HARAM na Nigéria vai ganhando terreno, mas sobretudo deixando o farto pesado
com balanço negativo, as vidas humanas inocentes, por falta de debate, do
dialogo, o Presidente dos Camaradas viu cair Mubuto, Kadafi, e outros ditadores.
Por
fim em Africa CAMPAORE caiu de noite para o dia, o fim da ditadura na BURKINA
FASO pela vontade expressa do povo.
Fidel
Castro ensinou que, “Quando um povo
chora, a tirania treme”, esta máxima é universal; Fidel Castro um grande revolucionário
Cubano dos nossos tempos, reconheceu que um inimigo era mais do que mil amigos,
por isso não se deve subestimar o inimigo ou adversários políticos.
O
seu auxiliar, o Ministro da defesa de Angola, João Lourenço, finalmente
reconheceu que Cabinda inspira cuidados militares, que os militares
estacionados em Cabinda devem estar em prontidão, porque no terreno a guerra
continua, porque mentir a comunidade internacional que em Cabinda há
estabilidade politico militar?
A
Nação Lunda Tchokwe quer PAZ, LIBERDADE e DEMOCRACIA, a confrontação deve ser
um debate de ideias para o desenvolvimento nos limites da lei e do respeito
pela coisa alheia; o nosso povo aprendeu desde muito cedo com a dor, com o
sofrimento, com as perdas e descobriu o que o regime ditatorial não quer ouvir;
não queremos guerra entre Lunda Tchokwe e Angola; não queremos mais miséria, não
queremos mais ignorância do povo; não queremos doenças; não queremos mais
abusos de poder na nossa amada e adorada Lunda Tchokwe; não queremos mais a
dilapidação dos recursos naturais para fazerem milionários estrangeiros em
detrimento do nosso povo; não queremos governo pelo arbítrio; não queremos o
poder autoritário e ditatorial de Luanda.
O
Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, vai continuar a sua marcha triunfal,
rumo a AUTONOMIA DA NAÇÃO LUNDA TCHOKWE,
a manipulação propagandística do poder autoritário e ditatorial de
Luanda não ira mais nos intimidar, quando mais nos apertar mais fortes e unidos
nos tornamos com o nosso povo.
O
Presidente José Eduardo dos Santos e o MPLA não precisam de comportamentos
mesquinhos para combater o movimento do protectorado Lunda Tchokwe; a
Autoridade do Poder tradicional, ela não pertence a nenhum Partido Politico ou
organização da Sociedade Civil, ela é o pai que tem muitos filhos, não importando
o comportamento de cada um, mas recebe todos na mesma medida.
Os
caminhos para a AUTONOMIA da Nação Lunda Tchokwe não são simples de
compreender, é uma obra da vontade do povo, mas também uma obra do tempo que
vai amadurecer o processo, é uma obra da razão como também uma obra dos
costumes, dos valores e das tradições do povo Tchokwe no seu espirito de
justiça por via de igualdade em diferença entre as Nações Ndongo, Bacongo, Bailundo
e Kwanhama.
Não
temos medo do combate do Presidente José Eduardo dos Santos e do MPLA contra o
movimento do Protectorado, desde que esse combate seja coerente com o espirito
de dialogo aberto, um debate corajoso, pluralismo politico e cultural à
historia.
Aos
senhores governadores Higinio Carneiro do Cuando Cubango, Ernesto dos Santos
Liberdade do Moxico, Cândida Narciso da Lunda Sul e Ernesto Muangala da Lunda
Norte, Representantes e Embaixadores do regime ditatorial de Luanda na Lunda
Tchokwe, há muito que deixaram de fazer campanhas contra a oposição política
angolana, concentraram as suas armas contra o movimento do Protectorado,
manipulando o povo inocente.