quinta-feira, 23 de outubro de 2014

ONGs e GOVERNO COM LEITURAS DIFERENTES SOBRE DIREITOS HUMANOS EM ANGOLA

ONGs e GOVERNO COM LEITURAS DIFERENTES SOBRE DIREITOS HUMANOS EM ANGOLA


 Fonte VOA ANGOLA


Relatório diz que violações continuam, mas Executivo afirma que só não vê progresso quem não quer.


Organizações não governamentais (ONG) e o Governo continuam a ter opiniões diferentes sobre a situação dos direitos humanos em Angola.


O grupo de Monitoria de Direitos Humanos, que engloba 15  organizações que trabalham na área dos direitos humanos, considerou num relatório de 10 temas que a situação sobre a observância dos direitos humanos em Angola tem conhecido retrocessos.


Ao falar em nome do grupo, Emilio Manuel, da Open Society, uma das organizações subscritoras do relatório, avançou á VOA que o Executivo hostiliza as organizações que trabalham na área dos direitos humanos.


"Existe hostilidade, pressões por parte do Estado angolano em conotar as associações de direitos humanos como sendo contra o Governo, o que não corresponde a verdade", disse o activista que considerou  que continuam a registar-se no país "prisões, detenções arbitrárias e torturas de cidadãos”.


A actuação do Governo nas demolições de casas de cidadãos é outro motivo que mancha o cenário de direitos humanos em Angola.


As organizações mostraram também alguns indicadores sobre saúde e educação que confirmam violações aos direitos humanos.


Uma visão completamente diferente tem o executivo. Antonio Bento Bembe,  secretário para os Direitos Humanos, pensa que aquelas organizações não governamentais têm uma forma equivocada de ver o assunto.


"Há determinadas organizações que tiram conclusões apressadas sobre os acontecimentos, sem analisar a realidade dos factos, para compreender melhor determinados acontecimentos", disse.


Para Bento Bembe só não vê os progressos alcançados pelo país nesta matéria quem não quer: "Hoje, a realidade em Angola sobre Direitos Humanos é outra”.



“Há avanços nas políticas do Executivo e os progressos são visíveis", concluiu o secretário de Estado Bento Bembe.