sábado, 11 de outubro de 2014

FLEC INSISTE NO NOVO DIALOGO COM LUANDA PARA O CASO CABINDA

FLEC INSISTE NO NOVO DIALOGO COM LUANDA PARA O CASO CABINDA



Movimento da FLEC, cuja direcção está exilada em Paris, pede mais atenção à comunidade internacional para a questão de Cabinda e defende um novo diálogo com as autoridades angolanas, apesar da cisão da facção.  



A Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda e a Frente Armada de Cabinda (FLEC/FAC) estiveram reunidas na semana passada, em Paris, com o objectivo de discutir a reorganização do movimento.



No encontro realizado na capital francesa, onde está exilado o líder, Nzita Tiago, os participantes insistiram num apelo ao diálogo com as autoridades de Luanda.



"Queremos sentar-nos à mesa com o Governo para podermos dialogar sem obstáculos e tentarmos solucionar o problema de Cabinda," diz Jean-Claude Nzita, porta-voz do da FLEC/FAC. 



Movimento dividido



A Frente para a Libertação do Enclave de Cabinda está cindida em várias facções, todas com o mesmo intuito: a independência da província de Cabinda, limitada a norte pela República do Congo, a leste e a sul pela República Democrática do Congo e a oeste pelo Oceano Atlântico.  



"Todos os activistas lutam pela independência de Cabinda.


Não há diferenças. Por outro lado, quem contesta a direcção de Nzita Tiago, ao mesmo tempo contesta a vontade do povo de Cabinda que luta pela sua autonomia e pela identidade que foi usurpada pelos angolanos", defende Jean-Claude, acrescentando que "somos todos FLEC porque é a identidade de todos os Cabinda que está em perigo".




Para a FLEC/FAC, as autoridades angolanas querem fazer desaparecer o movimento separatista, principalmente depois da sociedade civil de Cabinda ter ficado decepcionada com a actuação do negociador Bento Bembe, que Luanda conseguiu desmobilizar e colocar do seu lado.