segunda-feira, 23 de junho de 2014

COMUNICADO DE IMPRENSA DO COMITE EXECUTIVO NACIONAL DO MOVIMENTO DO PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE


 

COMUNICADO DE IMPRENSA SAÍDO DA

 

REUNIÃO ORDINÁRIA DO COMITÉ EXECUTIVO NACIONAL DO MOVIMENTO DO PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE REALIZADA EM LUANDA DE 14 Á 18 DE JUNHO DE 2014
 


O Comité Executivo Nacional, órgão político administrativo do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, na sua Reunião Ordinária, realizado em Luanda nos dias 14 e 18 de Junho de 2014, sob a Presidência do seu Presidente o Eng.º José Mateus Zecamutchima, com a presença de todos os seus membros efectivos, vindos das regiões do Kuando Kubango, Moxico, Lunda Sul e Norte, ao analisar a situação politica prevalecente na Nação Tchokwe, relativamente ao Dossier pacífico da reivindicação de Autonomia 2007 – 2014, nos termos do direito legítimo, histórico-natural e divino em que os órgãos da soberania angolana nomeadamente: Governo do senhor Presidente José Eduardo dos Santos, a Assembleia Nacional, Partidos Políticos da oposição, Poder Judiciário angolano e a Comunidade Internacional, continuam a ignorar com o silêncio e agindo de má-fé excitando o ódio que se traduz no seguinte,

 

O Movimento do Protectorado interpretando fielmente o sentimento da vontade do Povo da Nação Tchokwe, a Independência da Nação Lunda Tchokwe é generalizado, nestes termos:

 

 

1. A Lunda Tchokwe é um Estado criado por DEUS e organizado politicamente pelos nossos bisavôs no século XI, reconhecida pelas 14 Nações Europeias e os Estados Unidos de América presentes na Conferência de Berlim em 1884 – 1885 e pelo Reino de Ndongo (Kimbundo), através das subscrições dos 6 Tratados de Protectorado celebrados entre o Governo de Portugal e os Soberanos, Potentados Muananganas Lunda Tchokwe e Tratado de fronteiras convencionais desde 1885 – 1895, ano de mapeamento dos limites definitivos do Estado da Lunda Tchokwe.

 

2. Responsabilizar Portugal, com o seu desrespeito pela violação unilateral dos Tratado de Protectorado por si celebrados com a Nação Lunda Tchokwe – foram tratados com a força do Direito Internacional, que obrigava Portugal a prestar auxílio e protecção permanentes a Nação Tchokwe, nos termos do Tratado de 2 de Setembro de 1886, por um lado, e, por outro lado, a fazer manter a integridade dos territórios colocados sob o protectorado, em conformidade com o Artigo 4ºdo tratado de 17 de Janeiro de 1887 na Corte do Muatiânvua, da subsequente anexação do território, por via de escamoteamento, a usurpação da recém-nascida em 1975 a Republica de Angola, e, sob olhar silencioso da comunidade internacional no que diz respeito a Nação Lunda Tchokwe;

 

3. Da falta de vontade política, por parte das autoridades do MPLA – partido que governa Angola, e, único na sequência da instauração do multipartidarismo, da falta de vontade para a busca de soluções de dialogo com honestidade, solidez e transparência, para a questão da reivindicação Lunda Tchokwe, conjugada com a inércia e conivência, por parte da comunidade internacional, que protege as acções criminosas cometidas contra o Povo de Lunda Tchokwe, por um lado, em benefício dos seus negócios mais ou menos vantajosos, enquanto, por outro lado, olha para a Nação Tchokwe como um simples KIMBERLITE DE DIAMANTES, esquecendo-se que ali existe um Povo, uma Nação que merece ser Livre com aspiração de Autodeterminação;

 

4. Das condições de miséria e de subdesenvolvimento a que está votado a Nação Lunda Tchokwe, apesar de o seu solo ser uma das principal fonte de recursos minerais pelos quais o Presidente José Eduardo dos Santos ser beneficiário direito e segunda riqueza no peso do Orçamento Geral do Estado angolano, durante muitos anos. O sofrimento do povo Lunda Tchokwe vai continuar, agravado pela ambição e o egocentrismo do poder em Luanda e pelos interesses económicos no seio da “comunidade internacional”, que deveria ter esses mesmos benefícios a partir do próprio povo “Tchokwe detentor das referidas riquezas” e não do colonizador;

 

5. A repressão sobre o movimento protectorado em particular, a violência em crescimento em toda a Nação Lunda Tchokwe, a contínua demolição de moradias sem acolhimento na Lei, o controlo mais apertado dos cidadãos Lunda Tchokwe em todas as esferas económicas e a nível de inserção nos organismos intermédios e de tope do próprio Estado angolano, com despedimentos ao emprego só porque está conotado com o Movimento do Protectorado ampliando as manobras de intimidação, mesmo no seio do seu próprio partido o MPLA, materializando o seu poderoso instinto de sobrevivência política e de instrumentalização de forças políticas opositoras, a rigidez democrática a manipulação de opinião pública, forças religiosas, promovendo a intolerância politica, religiosa, e opondo umas igrejas contra outras com o objectivo de mobilizar os sectores conservadores e liberais de certas confissões religiosas, fazem parte da cultura política do regime no território Lunda Tchokwe;

 

6. O regime do Presidente José Eduardo dos Santos, contínua com a sua politica de semear conflitos étnicos, opondo o Tchokwe contra os Imbangalas, Mulubas contra os Phendes, Mussucos, Luchazes contra os Mbundas ou Minungus contra os Nganguelas e os Luimbis, etc, interferindo e influenciando directamente nas sucessões de poderes tradicionais com o único objectivo, retirar a união das forças internas Lunda Tchokwe e perpetuar o seu reinado colonizador com o saque desenfreada das riquezas complementadas com a violação aos direitos humanos;

 

7. A lei de terra aprovado na constituição atípica do regime angolano que legitima-a como propriedade originária do Estado para o povo Lunda Tchokwe considera essa lei uma mera heresia, que tem um propósito de expropriar a terra aos autóctones e ocuparem se dela em nome do Estado. Para nós a terra tem um sinonimo legendário que prova a natureza existencial e transcendental que no auto designação dá identidade e soberania autónoma do povo a que a pertence”.

 

É por estas e outras causas que continuaremos a lutar para devolver a dignidade do povo Lunda Tchokwe com a instauração da sua Autodeterminação, por uma Autonomia que bem serve ao nosso colonizador.

 

8. As Nações Unidas e a comunidade internacional mantêm-se caladas diante de um genocídio; Existe vários tipos de genocídio, o que está se praticar na Lunda Tchokwe é aquilo que o grande escritor Aimé Césaire chamou de Genocídio por substituição; na Lunda Tchokwe tudo está sendo substituído de forma acelerada; favorecendo os interesses mediáticos do ocupacionismo de JES/MPLA em Angola por conivência de Estado do regime fascista português da época.

 

9. O Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, Salienta que diante deste comportamento adere numa nova estratégia da sua Luta Pacifica que doravante adverte o regime de Luanda que, as gerações, os Governos, as Personalidades, passam mais as causas justas dos povos vencem. Estamos a lutar por uma causa Justa e Legal. Ontem fomos chamados de uns míseros famintos, hoje cada dez (10), Lunda Tchokwe apenas há só um inocentado desta causa.

 

10. Esse é o momento sério e decisivo do povo LundaTchokwe, tanto na diáspora ou os que se encontra forçosamente ao serviço do regime de JES/MPLA nas Forças Armadas no SINSE/SINFO na Polícia Nacional e nos órgãos da soberania de Angola, salvaguardando interesses pessoais, para o auto-sustento, sinta-se que és um patriota da Nação Lunda Tchokwe contamos consigo o seu contributo directo ou indirecto é favorável para o alcance da nossa soberania, afinal somos um protectorado de Portugal que prevalece sobre um princípio SCRIPTA SUNDA SERVANTA; dentro do direito legítimo internacional, plasmado na Carta da ONU, artigo 1.º, resolução 2625 – 1970, da Carta Africana dos direitos Humanos e do Homem, artigo 20.º e 21.º, da Convenção de Viena de 1969 – 1978 e da Declaração Universal dos Direitos Humanos;

 

11.Amados compatriotas, amigos e naturais da Lunda Tchokwe não importa se estão ao serviço do regime onde é vosso sustento, importa que cada um de vos coloque mais um bloco nesta casa em construção, colabore e deiam o seu contributo para o resgate da soberania claramente usurpada. A posição do regime de nos empurrar a guerra não é da nossa autoria, mais não se esqueça que sempre as derrotas mundiais foram dos grandes exércitos.

 

12. Finalmente o Comité Executivo Nacional saúda as posições que muitos dirigentes e políticos do mosaico e oposição Angolana que publicamente reconhecem e assumem favorável a questão da Nação Lunda Tchokwe a sua Autonomia de Angola; a estes dirigentes, Advogados, Jornalistas, Defensores dos direitos Humanos, aqui fica o nosso apreço de sempre.

 

Vocês sabem o que estamos a dizer, Angola/Portugal, ANC/Apartath na Africa do Sul, Vietname/USA, Jesus Cristo/Império Romano, Nazismo/Judeus etc. Vencidos todos fruto duma causa nobre e justa. Quando um povo chora a injustiça treme.

 

Unidos venceremos

 

Luanda, aos 18 de Junho de 2014-06-22

 

COMITÉ EXECUTIVO NACIONAL

MOVIMENTO DO PROTECTORADO

LUNDA TCHOKWE