domingo, 30 de junho de 2013

REUNIÃO DO GOVERNO DA LUNDA-NORTE COM PROFESSORES GREVISTAS FRACASSOU

REUNIÃO DO GOVERNO DA LUNDA-NORTE COM PROFESSORES GREVISTAS FRACASSOU






Continua braço de ferro entre professores grevistas e o Governo Provincial da Lunda-Norte, a reunião que o Sr Governador Ernesto Muangala convocou de urgência na noite de sexta-feira 28 do corrente, que teve lugar no Dundo, sábado 29, e que foi presidida pela senhora Vice-Governadora Angelica Nene Kurita, não teve os resultados esperados ou seja fracassou.



Na  reunião a senhora Vice-Governadora Angelica Nene Kurita, disse que os Professores deveriam retomar as aulas imediatamente, esperar pela resolução do processo dos subsídios de ferias e outros beneficios a que têm direito desde  2009 á  2012 nas salas com os educandos, não disse como é que vai resolver o problema.




Essa posição da mandatária do Sr Governador da Lunda-Norte, não agradou o colectivo de professores presentes ao encontro, o que provocou muita confusão na sala de reunão e a retirada de todos sem terem chegado as conclusões.



A EDUCAÇÃO NA LUNDA-NORTE ESTA DOENTE



O sector da Educação na Lunda-Norte, esta doente, precisa de socorro para a resolução de muitos problemas que enferma.  O problema remonta no pretérito ano de 2009.



Em Março de 2012 o SINPROF convocou uma greve para exigir da entidade do Ministério da Educação o pagamento de subsídios de ferias e outros beneficios acumulados desde 2009 até 2012 (4 ANOS), o Governo Provincial prometeu pagar e, a greve ficou cancelada.



Em Novembro de 2012 o mesmo SINPROF voltou a convocar outra greve, já que o Governo do Sr Ernesto Muangala não estava a honrar o compromisso. As partes reuniram e celebrou-se um Memorandum de entendimento, uma vez mais o governo provincial comprometeu-se a cumprir com a sua obrigação e o dever de pagar o que devia aos professores.




Volvidos mais de 6 meses (Novembro 2012 á Maio 2013), nem uma palha foi removida pelo governo provincial da lista das exigências do memorandum de entendimento, o que obrigou a esta nova greve, que teve início no dia 20 de Maio do corrente ano.




Para além dos subsídios de ferias, o SINPROF exigia também o cumprimento do artigo 42º do Decreto 16 sobre a nomeações em cargos de direcção e chefia nas escolas públicas, professores com duplo vinculo e duplo salários entre as várias irregularidades que constantemente é violada por parte do Governo Provincial, que nomear estagiários, familiares ou membros do MPLA sem conhecimentos de pedagogia e as condições exigidas por lei.




Assim, o SINPROF na Lunda-Norte, recorreu por direito no artigo 26º da Lei 23/91, lei da greve, aprovada á 13 de Maio e publicada no Diário da República I Série no dia 15 de Junho de 1991.




Mesmo assim, o SINPROF da Lunda-Norte, diz que o governo provincial contra todas as expectativas, esta a violar os artigo 21º e as alíneas 1 e 2  e o artigo 28º da lei sobre as greves, pois, a mesma diz que os grevistas não podem ser prejudicados, não podem ser coagidos ou obrigados a aceitarem qualquer exigência, existe um memorandum que a entidade empregadora não esta a cumprir.




De acordo com a fonte do SINPROF, estão envolvidos do saque do dinheiro de subsídio de ferias dos professores, o ex-Director Províncial Educação da Lunda-Norte  Luis Kitamba, o Sr Drº Espanhol do Gabinete do Governador entre vários funcionários seniores, muitos deles com propriedades e Colégios  em Luanda e com o conhecimento do Governo Provincial que nunca tomou medidas.




A mesma fonte disse que a TPA, a RNA e ANGOP, transmitem informações completamente falsas, sobretudo quando se fala da Educação, dão exemplos, de a TPA sempre apresentar a existência de mais de 16 Institutos Médio na Lunda-Norte, somente existe um Instituto Médio no Dundo.




A presença da Policia Anti-Motin nas escolas, a nomeação de estagiários, o suborno, actos de corrupção bem identificados,compra de cargos de Direcção e Chefia por 7000 mil USD,  o roubo do património escolar por parte de antigos funcionários, ameaças de morte e perseguições a responsáveis do SINPROF, falta de pagamento de salários por mais de 6 meses a agentes de segurança das escolas, a penalização em 4 meses de salários aos novos professores recrutados em 2012, professores contratados desde 2003 que não passam a efectivos de acordo com a lei, a arbitrariedade em salários, estão entre as várias doenças que enferma a EDUCAÇÃO NA LUNDA-NORTE.


E POR ISSO A GREVE CONTINUA!...




Por Samajone na LUNDA