O secretário-geral da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda - posição Militar, reivindicou a responsabilidade pelo atentado ao autocarro da selecção nacional do Togo durante a Taça das Nações Africanas, CAN 2010.
Rodrigues Mingas, secretário-geral da FLEC-PM, foi hoje detido na região de Paris, no seguimento da investigação ao ataque ao autocarro da selecção de futebol do Togo, quando atravessava o enclave angolano de Cabinda, para participar na CAN.
Segundo a agência francesa France Presse, que cita fontes judiciais, Rodrigues Mingas, francês de origem cabindesa, fica detido provisoriamente enquanto decorrer a instrução do processo em que é acusado de ser o responsável pelo ataque, ocorrido em Janeiro do ano passado, em vésperas da Taça das Nações Africanas (CAN2010).
O secretário-geral da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda - posição Militar, reivindicou então a responsabilidade pelo atentado, de que resultaram duas mortes e 13 feridos. No seguimento do ataque, a selecção do Togo renunciou a participar na CAN.
Rodrigues Mingas fora acusado em Dezembro por «associação de malfeitores em relação com uma iniciativa terrorista» e agora o tribunal acabou por pedir a sua detenção.
Solenn Le Tour, advogada de Mingas, disse à France Presse que a decisão de detenção provisória, nesta fase do processo, «é extremamente surpreendente face à sua fraca implicação no dossier». Segundo ela, tal permite pensar que «antes de mais responde a considerações de política externa francesa».
«Angola congratula-se pelo avanço do processo», disse por seu lado Jean Reinhard, advogado de Angola, país que denunciou Rodrigues Mingas como provável mentor do ataque.
A 8 de Janeiro de 2010, o autocarro da delegação togolosa foi metralhado junto à fronteira de Massadi, um ataque que viria a ser assumido pela FLAC-PM. «As armas vão continuar a falar», disse então Rodrigues Mingas. «Estamos em guerra e todos os golpes são permitidos», referiu o secretário-geral da FLEC-PM, em entrevista à France Presse.
Fonte: SAPO/Angola24horas