terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Autoridades tradicionais do Protectorado na Lunda Sul acusam a polícia de violar "lugares sagrados"

Autoridades tradicionais do Protectorado na Lunda Sul acusam a polícia de violar "lugares sagrados"



Eles pedem reparações e explicações do Presidente da República.



As autoridades tradicionais conhecidas como soberanos Mwananganas da Lunda Sul reuniram-se nesta segunda-feira, 30, em Saurimo e decidiram exigir a reparação de danos resultantes das detenções arbitrárias feitas, segundo elas, pela polícia no Sábado, 29.



Elas avaliaram os danos morais e materiais causados ao poder tradicional na província da Lunda Sul e concluíram ainda que, para além das detenções arbitrárias havidas, os agentes da polícia introduziram-se em “lugares sagrados, desactivaram objectos ancestrais e intocáveis e pilharam o património tradicional”.


Para aquelas autoridades, ninguém vai minimizar os abusos que se assistem naquela região por orgulho do pessoal no poder.


O rei Mwandumba alerta que os tchokwes não são pessoas de medo e apresentou o exemplo dos seus confrades na região de Katanga.



No encontro participaram 15 altas autoridades do “soberano reino dos tchokwes”, que se solidarizaram com os seus confrades detidos no Sábado e soltos no Domingo.



Activistas e sobas presos em Saurimo, Lunda Sul. Passaram a noite na cadeia de Saurimo e foram soltos no dia seguinte.



O rei Zinzi pediu ao Presidente da República explicações dos excessos em Saurimo contra os mwananganas.


As autoridades governamentais do Saurimo continuam em silêncio e todos os esforços no sentido de ouvir a governadora Cândida Narciso resultaram em fracasso.


Activistas das Lundas tinham previsto uma manifestação no sábado em Saurimo, a exigir que o seu direito à autonomia seja respeitado, mas a polícia impediu a mesma, detendo 15 dos organizadores.

VOANEWS