DEREITO DE MANIFESTAÇÕES VS ARTIGO 47º DA
CONSTITUIÇÃO DE ANGOLA
Manifestação de Julho de 2013 em Cafunfo Cuango
Manifestação
é uma forma de contestação de uma multidão ou conjunto de pessoas a favor de
uma causa ou em protesto contra algo. Essa forma de activismo, habitualmente consiste numa concentração ou passeata, em
geral com cartazes, Panfletos e com palavras de ordem contra ou a favor de algo
ou alguém.
As
manifestações têm o objectivo de demonstrar (em geral ao poder instalado) o
descontentamento com relação a algo ou o apoio a determinadas iniciativas de
interesse público. É habitual que se atribua a uma manifestação êxitosamente
maior quanto maior o número de pessoas participantes. Os tópicos das
manifestações são em geral do político, económico e social.
O
protesto ou manifestação expressa uma reacção solitária ou em grupo, de
carácter público, contra ou a favor de determinado evento. Os manifestantes
organizam um protesto como uma maneira pública de que suas opiniões sejam
ouvidas em uma tentativa de influenciar a opinião de outras pessoas ou a política
do governo, ou podem empreender a acção direita tentando, elas mesmas, decretar
directamente as mudanças desejadas de um GOVERNO.
O
Governo que é "a organização, que é a autoridade governante de uma unidade
politica", "o poder de regrar uma sociedade política" e o
aparelho pelo qual o corpo governante funciona e exerce autoridade. O governo é
usualmente utilizado para designar a instância máxima de administração
executiva, geralmente reconhecida como a liderança de um Estado/País ou uma
Nação. Os Estados que possuem tamanhos variados podem ter vários níveis de
Governo conforme a organização política daquele país, como por exemplo o
Governo local, regional, Autónomo e nacional.
No
Direito Administrativo contemporâneo, Governo é a expressão que define o núcleo
directivo do Estado, alterável por eleições e responsável pela gerência dos
interesses estatais e pelo exercício do poder político.
Marchas
- manifestação em forma de marcha
em direcção a determinado local associado às reivindicações ou ao protesto dos
manifestantes;
Piquete
- manifestantes bloqueiam o acesso
a um local específico ou a uma via pública;
Protesto
sentado - pessoas sentam-se no
chão, ocupando determinada área;
Protesto
nu - manifestantes marcham sem
roupas.
O
direito subjectivo, é o poder atribuído pela ordem jurídica a alguém, para este
ou estes exigirem de outrem ou ao Estado uma coisa ou um facto (acontecimento
por existir a lei que os conferiu o tal direito), estamos diante de um
interesse material que satisfaz as necessidades ou direitos reais. De maneira
que, quando a Lei confere o direito a alguém, o consumo e o exercício do
referido direito ou interesse, depende do sujeito ou do próprio indivíduo (por
exemplo: direito ao trabalho, ao salário, habitação, a vida, etc,
etc.). É
você próprio, que tem que o exigir ao Estado ou ao patrono, e a Manifestação é
a arma de quem quer ver o seu direito reconhecido, porque a razão é a arma mais
poderosa.
(Liberdade de reunião e de manifestação)
Porém,
esses direitos são constantemente violados em Angola pelo regime totalitarista
do Presidente José Eduardo dos Santos/MPLA, sem dúvida estamos diante duma
caduca ditadura, interferente aos anseios que o povo almeja alcançar por via pacífica,
a construção de uma sociedade livre, justa, democrática, solidária, de paz,
igualdade e de progresso social.
No
programa e estatuto do MPLA, aprovado pelo V congresso em 2003, parte I
Princípios Fundamentais e carácter do MPLA, Capitulo I – princípios
fundamentais do MPLA, alínea 1.2 – PAZ, diz que o MPLA fez guerra porque
Portugal não aceitou as propostas pacíficas do MPLA.
Que
contradição? Porque o MPLA não aceita as propostas pacíficas que lhe são
dirigidas actualmente?
No
Capitulo II do mesmo programa, diz que o MPLA respeita a justiça e os direitos
humanos, que defende igualdades de direitos e oportunidades.
Outra
contradição do MPLA, na Lunda Tchokwe, mata-se gratuitamente, viola-se os
direitos humanos todos os dias, porque tanto silêncio do MPLA? Onde esta a
propalada defesa pelo respeito a justiça e direitos humanos?