ISAIAS SAMAKUVA E JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS
CONVERSARAM SOBRE O PAIS REAL ANGOLA EXCEPTO A NAÇÃO LUNDA TCHOKWE
É um prazer
ter-vos de novo, sobretudo porque já faz muito tempo desde que não tivemos mais
oportunidade para travarmos as nossas habituais conversas.
Na
realidade, desde a última vez que estivemos aqui, o país conheceu vários
desenvolvimentos, nos diversos sectores da actividade nacional. Gostaríamos de
realçar os aqui, os desenvolvimentos que a vida politica do nosso país tem
conhecido, tanto na Casa das Leis como fora dela, no discurso político dos
dirigentes do país nas relações entre os angolanos, na base da sua diversidade
politica, social e económica.
Também
tivemos a oportunidade de viajar pelo pais de contactar jovens, adultos, homens
e mulheres, jovens e anciãos. Nisso tudo, e com muita preocupação que
constatamos que a situação social e económica dos cidadãos continua a ser de
extrema pobreza e em sentido de degradação.
A falta de
emprego, falta de prestação de serviços eficientes, tanto na saúde, na
habitação e a falta de água, energia, transportes públicos, para além da
constante subida do custo de vida, constituem um drama cuja solução não se
vislumbra no horizonte da vida dos angolanos. Pior do que isso, nós constatamos
também que a situação de segurança física do cidadão também degradou-se.
Por outro lado, nós constatamos que a atitude dos governantes em relação ao processo de reconciliação nacional, mudou. Ficamos com impressão clara de que o processo de reconciliação nacional acabou, foi anulado. Na realidade, as declarações do governante ou de responsáveis do partido que sustenta o governo, passaram a reflectir claramente uma atitude que ignora completamente o espirito e a letra dos acordos de paz. Os governantes passaram a evocar mais os feitos de guerra com memoriais que se levantam aqui e acolá do que aquilo que deve contribuir para a consolidação do processo de reconciliação nacional. O processo democrático conheceu um recuo, que se fizeram sentir, tanto na Assembleia Nacional como nos outros sectores da vida nacional.
É perante
esta situação, que a UNITA, na voz dos seus dirigentes, foi fazendo
pronunciamentos, em várias ocasiões e em vários fóruns, públicos e privados,
manifestando a sua preocupação, face a evolução que o país está a conhecer,
questionando mesmo o papel dos dirigentes do pais face a esta situação tão
perigosa para todos os angolanos.
Durante a
reunião que tivemos com o Senhor Presidente da República, compreendemos que os
nossos apelos, as nossas preocupações, sobretudo, aquelas que dizem respeito a
necessidade e um diálogo permanente, amplo e abrangente para evitar que o país
continue a viver a situação acima já referida, foram escutadas pelo Senhor
Presidente da Republica, com quem passamos em revista diversos aspectos destas
questões que o país vive.
A
NOSSA FONTE:
O Movimento
do Protectorado da Lunda Tchokwe, sabe de fonte fidedigna que os dois
interlocutores Dr Samakuva Presidente da UNITA e o Eng.º José Eduardo dos
Santos Presidente da Republica, não abordaram a questão da Reivindicação da
Lunda Tchokwe, mas sim, concentraram as suas atenções para Cabinda, pelo facto
de ai haver uma reivindicação ARAMADA E VIOLENTO, pois na Lunda Tchokwe são Cães
que ladrão e a caravana passa… Dai não ter existido o interesse pelo assunto…