A PROMISCUIDADE DO SINSE (SINFO) SOBRE A
AUTORIDADE TRADICIONAL LUNDA TCHOKWE
Qual
é o perigo que uma autoridade tradicional, no geral pode representar, contra a
segurança do estado em Angola?
Uma
autoridade tradicional, que é nosso pai, nosso avo, um velho guarniceiro da
cultura milenar de uma determinada etnia ou tribo, no interior do vasto mosaico
multicultural de Angola, não pode ser visto aos olhos do Executivo do
Presidente José Eduardo dos Santos, como um perigo que ameaça com a segurança
do seu Regime e sistema maléfico governativo, ao ponto de a cada passo dessa
humilde camada da nossa população serem alvos de controlo sem espaço por parte
dos serviços secretos do SINSE SINFO.
O
documento que ilustramos é prova disso, no dia 22 de Novembro de 2012, um grupo
de autoridades tradicionais, os Sobas Ngonga Soares Garcia Kiluange,
Cangicamuenga João Kitumba, Kinguri Rubumba Narciso Kassombi, Ngonga Kitamba
André Cambolo e Muanha Kinguri Matos Meneses e demais participantes,
endereçaram uma carta ao Administrador Municipal do Cuango, Sr Luís Figueiredo
Muambongue, onde estes denunciava bruxarias e feitiçarias, aparentemente
praticadas pelos nossos irmãos vindos do Congo Democrático, a quem eles
denominam de estrangeiros bapende.
Eles
pediram ao sr Administrador que fossem repatriados os bapende da RDC, pois eles
estão a matar as nossas crianças e adultos com o seu feitiço para garantir a
magia do garimpo.
O
Administrador despacha para o “ 2.º Comdte juntar ideias com os melhores
operativos do SINSE e a administração local, e resolver dentro dos parâmetros
responsáveis da P.N.A.”.
Será
que agora o SINSE e a Policia Nacional também já se envolvem e investigam casos
de feitiçarias?
Por
Samajone na LUNDA