FAMILIA THUMBA KALUNGA E A RECEPÇÃO DO MUACAWEWE
REI DA LUNDA PELO PRESIDENTE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS
O respeitado sítio da
Internet, Jornal online CLUB-K,
divulgou uma carta aberta da família Thumba Kalunga dirigida
ao presidente da Republica de Angola, na sua rubrica voz do povo e hoje dia 3
de Janeiro de 2013, José Eduardo dos Santos
recebe em audiência Alberto Dumba Muacawewe,
investido por MPLA como rei da Lunda, depois da morte do seu irmão ex-deputado
do MPLA José Satambi, pela importância
dos dois actos a CMJSPLT, faz algumas considerações.
Não
existe espaço suficiente para falarmos de Famílias Reais, ou das sucessões do
poder tradicional Lunda Tchokwe no geral e em particular as de Thumba Kalunga
ou a participação de cerca de 66% dos filhos Lundas durante a guerra de guerrilha
de libertação contra o colonizador de Angola e não da Nação Lunda Tchokwe,
Portugal.
Partimos
de um princípio da Família Real Lunda; Yala Ya Muaka, Kunde, Konde, Nacambamba,
Tchissengue Hampata, Tchinguri, Tchinhama, Ndoji, Lueji Akonde, Thumba Kalunga
= Kanhica, Muambumba, Muakhia, Muandumba e Tembo, dela Muatchissengue, Kaita,
outras notáveis famílias, Cazembe, Muamboma, Mbunda, Nganguela, Tchiweka,
Muamuchico, Inchinde, Tchinuque, Ambuela, Caungula, Capenda Camulemba a família
Mahango ou Cafunfo, Pimbe Catewe, Bangala, Songo etc, etc, a lista dos Reais
séria interminável, porque cada família vai defender a participação na guerra
de Angola e o abandono pelo José Eduardo
dos Santos.
É
assim que vemos no dia-a-dia todos os sectores da sociedade a reivindicarem do MPLA, da UNITA e FNLA a sua participação na luta e o abandono sem
condições sociais, ex-FAPLA,
Ex-ELNA, Ex-FALA, Ex-DISA, Ex-SINSE, Ex-Combatentes etc, etc, de Cabinda ao Cunene, de Luanda
Angola até a Nação Lunda Tchokwe.
Os
Thumba Kalunga têm razão, como têm razão os outros
reivindicadores, que vendo seus direitos legítimos a serem atropelados reclamam
por quem de direito a dar resposta sobre a violação dos mesmos. A solução tarda
37 anos por chegar, numa Nação das Nações considerada “Uma Economia mais
Dinâmica em Africa e do Mundo” actualmente.
O
que a Família Thumba Kalunga não sabe, sobre o estado actual da Nação
Lunda Tchokwe (Kuando Kubango,
Moxico e antigo distrito militar da Lunda)
é da escravatura, reinante e do neocolonialismo; que impera o nepotismo com os
mais próximos ao regime instalado em Luanda; fruto desta exclusão os lundas são
limitados o acesso, em várias áreas da esfera socioeconómico e política,
acarretando várias consequência como: as violações constante dos seus direitos fundamentais,
dentro e fora do seu território, sob domínio do regime militarizado, expropriam
e ocupam ilegalmente grandes porções de terras ricas em jazigos, semeando,
morte, miséria, desemprego, indigências ignorância e uma elevada taxa de
analfabetismo, prostituição vazadora fruto da decadência de empregos,
aprisionamento e mortes dos indígenas saque dos recursos naturais em fim; tudo
isso passa por uma política delineada por uma dominação, de extermínio duma
nação, em causa está o desaparecimento dos valores éticos e culturais deste
povo, que está sendo revestido com as políticas de intrigas étnica, que
facilita o regime fazer pilhagem das riquezas na Nação Lunda Tchokwe.
A
luta desta causa não é de envolvência duma única família real Lunda a causa tem
a ver com conhecedores senhores, por outro lado a Lunda foi historicamente um
estado imperado com autonomia no exercício das políticas tributárias nas várias
famílias reais. Porém uma decisão não consensual entre as várias famílias reais
da qual a nossa magna constituição em posse do estado angolano; prevê a Câmara
Baixa, não tem como uma individualidade singular ao serviço do regime dominante
pode fazer passar o sentimento não consensual dum senário que o regime cré
falsar.
Devemos
sim, sempre defendermos as causas nobres e colectivas, salvaguardando o futuro
das novas gerações dos Lundas e não o individualismo egoísta, aliás foram
manobras utilizadas pelos colonizadores Europeus, agora assimilados com novos
métodos pelos novos colonizadores Africanos.
CONFLITO DO PODER TRADICIONAL LUNDA TCHOKWE
“O NEPOTISMO NO MEIO”
A
nossa leitura em primeira instância, ao presidente José Eduardo dos Santos ter recebido Alberto
Dumba Muacawewe, como rei da Lunda,
o acto em si, é puro “NEPOTISMO”, toda gente sabe que existe um conflito do poder
tradicional na Lunda entre este e o Sr Carlos
Manuel Muatxitambuia, fomentado
pelo próprio regime do MPLA, o Sr Presidente nomeou o Sr Marcial Calumbi Miji Itengo filho do Sr Muacawewe como seu Assessor, logo a seguir as eleições
de 31 de Agosto de 2012 vencidas por seu Partido, Calumbi que
foi governador da Lunda-Sul pela UNITA, que renunciou aquele Partido da
oposição em 2008.
Alias
a opinião pública nacional, sabe-se que o MPLA no poder de Angola para bem
reinar dividiu quis fazer desaparecer as reais família com a introdução do seus
fieis personalidades dos cometeis partidários em autoridades tradicionais. Em 1974-1975,
com a chegada dos movimentos de libertação de Angola e não da Lunda Tchokwe, MPLA,
FNLA e UNITA, a primeira tarefa que o MPLA fez, foi o de criar conflitos
étnicos nas Lundas até hoje, condições da desunião do povo.
O
poder tradicional da Lunda Tchokwe é do Sr Carlos
Manuel Muatxitambuia, da linhagem
e família real, este poder foi usurpado com a morte da Senhora Tximupi, que esteve a frente do Reinado
provisoriamente desde 1958, depois da morte do Rei Muatchissengue Watembo naquele ano em pleno colonialismo e da morte
da senhora Tximupi em 1974.
Por
outro lado, o Sr. Presidente José
Eduardo dos Santos recebeu o SOBERANO REI DA LUNDA TCHOKWE que é uma Nação criado
por DEUS e organizada politicamente pelos nossos bisavôs no século
XI, reconhecida pelas 14 Nações Europeias presentes na Conferência de Berlim
em 1884 – 1885, que partilhou abusivamente o continente negro, destruindo
vastas famílias, povos e etnias inteiras, Estados Unidos de América esteve
presente, o Reino de Ndongo (Kimbundo) também reconheceu a Nação Lunda Tchokwe, através
das subscrições dos 6 Tratados de Protectorado celebrados entre o Governo de
Portugal e os Miananganas, Potentados Lundas e Tratado de fronteiras convencionais
desde 1885 – 1895, ano de mapeamento dos limites definitivos da Lunda, Sob
princípio Internacional de “PACTA
SCRIPTA SUNT SERVANDA” e de “RES UBIQUNQUE, SUIDOMNT EST”.
A solução aceitável é a Autonomia Administrativa, Económica e Jurídica defendida pela CMJSPLT, cuja Magna Constituição em posse do Executivo Angolano, do Parlamento, dos Partidos Políticos e da Comunidade Internacional, ONU, União Europeia, União Africana e a sociedade civil, onde contem os direitos, deveres e dignidade do povo Lunda Tchokwe, constituída em 56 páginas, 158º artigo, Bandeira, Hino, brasão de arma e 5 títulos a saber:
Titulo I – Princípios Fundamentais
Titulo II - Órgãos do Governo e Administração
Publica da Lunda Tchokwe
Titulo III – Relações entre a Lunda Tchokwe e
o Governo de Angola
Titulo IV – Regime financeiro, económico e
fiscal
Titulo V – Disposições finais e competências
transitórias
ORGANOGRAMA do governo Autónomo civil
As
exigências da carta aberta da família Thumba
Kalunga, a que o CLUB-K fez publicação,
estão elucidadas e bem defendidas nos artigos 6º, 13º e 14º desta
Magna Constituição, a favor do interesse da maioria do nosso povo, da Juventude
e do desenvolvimento equilibrado da Lunda Tchokwe.
A
Visita a Luanda do Sr. Alberto
Dumba Muacawewe, insere-se num
programa individual e familiar ou de amizade entre ele e Sua Excelência o Sr.
Presidente da Republica e como membro do seu Partido, não pode representar os
interesses da maioria, porque nesta delegação não fazem parte outras personalidades
e Notáveis do Reino Lunda Tchokwe, a mesma ocorreu secretamente tratando-se de
um SOBERANO ou de alguma concertação invisível para combater
os Reivindicadores da causa Lunda Tchokwe.
O COMBATE CONTRA A CMJSPLT
A
política de dividir para reinar esta muito bem concebida pelo Regime do
Presidente José Eduardo dos
Santos, primeiro ao manter
e reconhecer os Sr. Carlos
Manuel Muatxitambuia e o Sr. Alberto Dumba Muacawewe, ambos como Reis da Lunda Tchokwe, o Rei de Portugal ofereceu um Certificado de irmão professo ao Sr. Muatxitambuia a quem reconheceu como Rei. Alguns agentes
do governo do MPLA reconhecem ou simulam montam informações para
confundir a opinião nacional e internacional, o Sr. Cambamba Xingo da baixa de Cassange como Rei da Lunda
Tchokwe. O conflito étnico entre Bangalas, Phendes e Tchokwes na região de
Xá-Muteba e Cuango, é o início de uma concertação para a inviabilização da luta
reivindicativa da Nação Lunda Tchokwe.
A
Agência de notícia do regime ANGOP, ao transcrever tendenciosamente o “slogan”,
utilizado pela CMJSPLT o que se pretende com isso? Muatchissengue Watembo é o
10º rei no trono da Lunda Tchokwe, reconhecida
mundialmente nos termos de sucessão colectiva e de fundamentos jurídicos dos
tratados de protectorado de 1885 – 1894.
Ver
noticia publicadas no síte www.protectoradodalunda.blogspot.com no
dia 16 de Fevereiro e no sítewww.paginaglobal.blogspot.com no
dia 1 de Março em 2012 com o título “MPLA cria grupo subversivo e paralelo para
negociar o protectorado da Lunda Tchokwe, no lugar da verdadeira Direcção do
Manifesto”.
A CMJSPLT defende
a Justiça e a Igualdade de oportunidades, porque uma sociedade que não confira
iguais oportunidades aos cidadãos, ou que não imponha a sua verificação, é uma
sociedade injusta e a CMJSPLT considerará sempre como não
democrática, onde a discriminação positiva e negativa nele exista. A igualdade
de oportunidades é uma exigência no plano político, no plano económico e no
plano social. Nada do que expusemos pode adquirir a dimensão que pretendemos,
sem que o valor de Justiça esteja activo.
A
igualdade de oportunidades é, um direito inalienável do Homem e um dever
inegociável do Estado. Considerar que pode haver justiça, sem igualdade de
oportunidades para todos os cidadãos não é realista. Da mesma forma confundir a
igualdade de oportunidades, com a pretensa de igualdade social é apenas
contribuir para aumentar o fosso entre os ricos e os pobres, entre fortes e
fracos, entre protegidos e excluídos.
Luanda,
03 de Janeiro de 2013
COMITE EXECUTIVO NACIONAL DO MANIFESTO DO
PROTECTORADO DA LUNDA TCHOKWE