JOÃO MANUEL GONÇALVES LOURENÇO
PRESIDENTE DE ANGOLA DO MPLA QUER NOVAS POLITICAS NOS DIAMANTES DA LUNDA PARA CAPTAR GRANDES INVESTIMENTOS, REINO
TCHOKWE CONTINUARÁ COMO ESTA ATÉ HOJE 42 ANOS PARA CÁ 1975 – 2017 OU SEM
INVESTIMENTOS
Luanda - O Presidente angolano, João Lourenço,
exortou hoje a nova administração da administração da Empresa Nacional de
Diamantes de Angola (Endiama), a segunda maior empresa nacional, a definir
"boas políticas" para o setor, de forma a captar "grandes
investidores estrangeiros".
Fonte: Lusa
O
chefe de Estado deu hoje posse, entre outros organismos, ao novo conselho de
administração da Endiama, que passa a ser presidido por José Manuel Ganga
Júnior, que sucede no lugar a Carlos Sumbula, que estava nas funções desde 2009
e que foi exonerado por João Lourenço na quarta-feira.
"Precisamos
de boas políticas neste setor dos diamantes. Políticas que atraíam os grandes
investidores, as multinacionais do diamante, de forma a que elas se sintam
motivadas a investir no nosso país, a exemplo do que fazem em outras partes do
mundo", disse João Lourenço, na intervenção que fez após dar posse à nova
administração da Endiama.
O
economista José Manuel Ganga Júnior exerceu até 2015 o cargo de diretor-geral
da Sociedade Mineira de Catoca, responsável por 75% da produção diamantífera
anual angolana, tendo sido eleito como um dos mais destacados gestores
angolanos.
"Acreditamos que se encorajarmos uma política de comercialização que seja justa e transparente, vamos com isso atingir dois grandes objetivos. Atrair os investidores, por um lado, e de alguma forma desencorajar, afastar, o garimpo [ilegal, de diamantes] do nosso país", apontou ainda, na mesma intervenção, João Lourenço.
O
chefe de Estado criticou ainda o estatuto de "Clientes
Preferenciais", definido anteriormente, relativamente a projetos mineiros
que venham a ser descobertos em Angola, para justificar que o afastamento dos
investidores.
"Convido-os
[administração da Endiama] a reanalisar com frieza e a apresentarem-me proximamente
uma proposta sobre a melhor forma como tratar deste assunto, que eu sei ser uma
questão delicada. No entanto, é nosso dever trabalharmos no interessa da
economia nacional, para que além do petróleo, os diamantes - e outras riquezas
do nosso país -, possam também contribuir para o crescimento do produto interno
bruto, para termos um Orçamento Geral do Estado que seja o maior
possível", concluiu o Presidente angolano.
Além
de José Manuel Ganga Júnior, foram nomeados por decreto presidencial, para a
concessionária estatal para o setor dos diamantes em Angola, que representa
vendas anuais de mais de mil milhões de euros, Laureano Receado Paulo, Ana
Maria Feijó Bartolomeu, Osvaldo Jorge Campos Van-Dúnem e Joaquim Filipe Luís,
para os cargos de administradores executivos.
Para
o cargo de administrador não executivo foi nomeado Santana André Pitra.
Foi
ainda mudada - e empossada hoje - a administração da Empresa de Ferro de Angola
(Ferrangol), concessionária do setor mineiro do país.
Diamantino
Pedro Azevedo foi exonerado do cargo de presidente do conselho de administração
da Ferrangol, com o Presidente angolano a nomear para o seu lugar João Diniz
dos Santos.
Ainda
para aquela empresa pública foram nomeados, como administradores, Romeu Artur
Ribeiro, Djanira Alexandra Monteiro dos Santos, Kayaya Kahala e Henriques Kiaku
Simão.
Foi
ainda recomposta a administração do Banco Nacional de Angola, após a tomada de
posse, na segunda-feira, do novo governador, José de Lima Massano.