DIRECÇÃO DA FLEC RECEBIDA NO
PARLAMENTO EUROPEU
O presidente da FLEC, Emmanuel Nzita , esteve
hoje reunido no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, com o eurodeputado Louis
Alliot, presidente do grupo parlamentar Europa das nações e das Liberdades,
sendo a situação em Cabinda o ponto principal da reunião.
No quadro do lançamento do seu programa
denominado CISC, Campanha Internacional de Sensibilização sobre Cabinda , o
presidente da FLEC, Emmanuel Nzita, foi esta manhã ao Parlamento Europeu, em
Estrasburgo, apresentar a sua visão política sobre “a gravíssima deterioração
da situação política em Cabinda e as suas consequências na sub-região da África
Central e na região Grandes Lagos. Fez-se acompanhar pelo seu assessor político
e representante da FLEC em França, José da Costa Nkuso.
Para esta primeira série de audiências, o
presidente da FLEC e sua delegação foi recebido por Louis Alliot,
vice-presidente da Frente Nacional (em França), eurodeputado e presidente do
grupo parlamentar “Europa das Nações e das Liberdades” no Parlamento Europeu.
Emmanuel Nzita explicou ao presidente deste
grupo parlamentar “a maior injustiça sofrida por Cabindas nestes termos: para
um povo, o pior erro da justiça não é apenas ser esmagado, mas o de ser quase
apagada da memória universal e empurrado para o caixote do lixo da história,
Cabinda, como o seu povo, é vítima de um conflito esquecido e os seus direitos
à liberdade e à democracia são violados diariamente com detenções arbitrárias,
execuções sumárias, e as únicas alternativas para os filhos Cabinda são o
exílio, a prisão ou o cemitério.”
Há mais de dez anos que a FLEC solicita à
União Europeia, à França e a Portugal, para ouvirem o povo de Cabinda e
quebrarem “o silêncio sobre a hipocrisia do Memorando de Namibe que não trouxe
a paz esperada, e que foi totalmente rejeitado por unanimidade pelo povo de
Cabinda”.
Emmanuel Nzita pediu ao vice-presidente da
Frente Nacional, um dos partidos políticos actualmente mais ouvido em França,
para ser o porta-voz do povo de Cabinda junto da opinião pública francesa, e ao
seu grupo parlamentar europeu para dar a conhecer as reivindicações do povo de
Cabinda junto do povo da Europa, de modo a que “este povo seja sofredor seja
ouvido”.
O presidente da FLEC solicitou ainda
assistência e o apoio de eurodeputados do grupo Europa das Nações e das
Liberdades nos quatro pontos seguintes:
“1- A abertura de um processo de diálogo
credível para uma paz duradoura em Cabinda com o governo angolano.
2- Assistência, apaziguar, reconciliar e unir
os Cabindas em torno de uma ideia forte: Autodeterminação do território de
Cabinda.
3- Restaurar a credibilidade e reforçar a
confiança dos potenciais parceiros políticos, diplomáticos, financeiros e
económicos (tais como França, EUA e Portugal) que têm grandes interesses em
Cabinda.
4- Fazer pressão sobre Angola para acabar com
a sua política de raptos e assassinatos de responsáveis da FLEC nos dois
Congos.”
Por sua parte, o eurodeputado Louis Alliot
agradeceu ao presidente da FLEC e à sua delegação a clareza e solidificação das
suas propostas sobre a necessidade de um processo de paz sustentável para
Cabinda e o seu impacto positivo na sub-região da África Central e na Região
dos Grandes Lagos.
Louis Alliot manifestou ainda a sua
solidariedade com o povo de Cabinda e declarou, no final da audiência, ter
anotado com “consideração” as propostas da FLEC, prometendo “levá-las aos
níveis mais altos das instituições europeias e junto das opiniões públicas
francesa e europeia”.
Esta Campanha Internacional de Sensibilização
sobre Cabinda, CISC, lançado hoje em Estrasburgo, vai continuar nos próximos
dias com audiências com outros grupos parlamentares de países da União
Europeia.
Legenda: José da Costa Nkuso, assessor
político e representante da FLEC em França, Emmanuel Nzita, presidente da FLEC
e o eurodeputado Louis Alliot