Angola e República do Congo
trocam informações militares para travar ataques
11 de Outubro de 2016,
Luanda, 11 out (Lusa) - As chefias militares
de Angola e da República do Congo acordaram esta semana que vão passar a trocar
informações para travar ataques ou ações de desestabilização a partir da
fronteira com o país vizinho, no enclave de Cabinda.
O entendimento foi assumido entre os chefes
do Estado-Maior das forças armadas dos dois países, que iniciaram reuniões, na
segunda-feira, em Luanda, com esse propósito.
"Se tivermos melhor informação, podemos
prevenir melhor as situações indesejadas", disse o chefe do Estado-Maior
das Forças Armadas Angolanas (FAA), general Geraldo Sachipengo Nunda.
Angola e República do Congo partilham
fronteira terrestre apenas no norte de Cabinda, território onde é conhecida a
presença de movimentos independentistas, como a Frente de Libertação do Estado
de Cabinda, que reclama a autonomia daquele enclave.
"Se houver uma informação que seja útil
para um ou outro lado, vamos trocar essas informações, para prevenirmos
questões desagradáveis. Não tem havido, nós estamos na fase da estabilização
absoluta da província de Cabinda", reconheceu o general Nunda, depois de
se reunir com homólogo da República do Congo, Guy Okoi.
"Nós queremos que nenhum dos lados [da
fronteira] seja utilizado para realizar uma ação indevida contra o outro lado.
Este é o nosso interesse maior", disse ainda o chefe do Estado-Maior das
FAA.
O chefe do Estado-Maior das Forçadas Armadas
da República do Congo assumiu a preocupação daquele país com ações terroristas,
justificando desta forma o entendimento com Angola.
Guy Okoi admitiu a necessidade de as duas
partes se encontrarem "com regularidade" para sanarem "algumas
inquietudes" que vão surgindo na fronteira.
PVJ // VM
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