quinta-feira, 31 de dezembro de 2015
terça-feira, 29 de dezembro de 2015
POLICIA DA GUARDA FRONTEIRA COBRA PORTAGEM ILEGAL DE 500,00 KZ A PEÕES NA PONTO DO RIO CUANGO
POLICIA DA GUARDA FRONTEIRA
COBRA PORTAGEM ILEGAL DE 500,00 KZ A
PEÕES NA PONTO DO RIO CUANGO
O
Governador da Lunda Norte, Ernesto
Muangala, disse recentemente no Jornal Nova Gazeta, que há sensivelmente 7
anos, ele governa a Lunda Norte, desconhece a existência de violações de direitos humanos, ou seja, nunca recebeu
familiares a revindicarem seus ente queridos barbaramente assassinados, não
conhece nenhuma impunidade naquele território, nega peremptoriamente que tais
actos tivessem lugar, acredita piamente que as forças de segurança e ordem
interna da Policia Nacional, seus agentes não cometeram crimes de assassínios e
outros; para nós, o senhor governador não vive na terra, mas sim no cosmo.
O
governador do regime tirânico e colonizador da Nação Lunda Tchokwe, JES/MPLA, disse que, as organizações da sociedade civil e
da defesa dos direitos humanos falam
atoa, mas a sua consciência como médico, lhe acusa o sentimento de culpa por
estar a mentir, senão vejamos esta situação que teve lugar ontem dia 27 de
Dezembro de 2015 na localidade de Cafunfo.
A
estrada que liga Cafunfo para Camaxilo, passa por rio Cuango, em cuja ponte é
considerado “PONTO ZERO”, nela a
Policia da Guarda Fronteira, que seu lugar é mesmo na fronteira com a República
Democratica do Congo e não no interior do país, há muito tem estado a cometerem
crimes de burla e de extorção de forma publica e na maior das impunidades, sob
conhecimento da autoridade competente do Governador Ernesto Muangala, que em
cada quinze dias, faz sempre alguma visita de campo nos Municípios do Cuango,
Caungula, Capenda Camulemba e do Xá Muteba.
No
“PONTO ZERO”, da ponte do rio Cuango,
conforme relatos da população, a Policia da Guarda Fronteira cobra 500,00 Kz ilegais de portagem a peões e
mais de 1000,00 Kz para Bicicletas,
Motorizadas e Viaturas. Se o cidadão visado não possuir o dinheiro, a solução
da Policia é bater, torturar ou mesmo assassinar.
Foi
o que aconteceu com o cidadão Nacional Lunda Tchokwe Armando Likuwenu, na fotografia que anexamos,
de 31 anos de idade, natural de Camaxilo, quando no dia 27 do corrente, por
volta das 14 horas, ao passar pela ponte em cujo Posto Policial da Guarda
Fronteira, também conhecido “PONTO ZERO”,
a quem devia pagar a ilegalidade de portagem dos tais 500, 00 Kz, como não as
tinha, foi brutalmente espancado, lhe partir o membro superior, sorte podia ser
morto.
A Portagem, é um tributo que se paga pelo trânsito nas
auto-estradas, pontes, etc, para compensar a manutenção e o melhoramento da infraestrutura
da referida via ou ponte e permitir
recuperar o dinheiro investido na construção. As viaturas e os
motociclos, segundo as suas cilindradas, as únicas que pagam portagens, os
peões não pagam portagens em nenhuma parte do mundo.
Será
que este é o caso? Absolutamente, não
é... O que se passa no “PONTO ZERO” sobre a ponte do rio Cuango para o
Camaxilo, é simplesmente abuso de poder do colonizador sobre os colonizados, adestrados
ou domesticados por outros seres humanos, superiores a ele.
Lembramos que , o
adestrado têm necessidades, possuem sentimentos, emoções, segurança e
equilíbrio que o domador devia no mínimo respeitar, sobretudo, respeitar a
vida.
domingo, 27 de dezembro de 2015
NA MUXINDA LUNDA-NORTE CIDADÃO ESPANCADO ATÉ A MORTE POR MELIANTES
NA MUXINDA LUNDA-NORTE CIDADÃO
ESPANCADO ATÉ A MORTE POR MELIANTES
Cidadão
Nacional Lunda Tchokwe, faleceu no Hospital de Cafunfo, vitima de espancamentos
e cortes de catana na cabeça, supostamente por meliantes.
Mateus
Matuka Mwatxinongue, de 40 anos de idade, filho de Mwatxinongue e de Muloweno,
natural de Capenda Camulemba, foi encontrado no dia 24 de Dezembro de 2015, no
Bairro da Muxinda com fortes torturas e um corte na cabeça, quase, semi-morto.
Os
populares recolheram o malogrado que faleceu ontem 26 de Dezembro, e o levaram
para o Hospital de Cafunfo.
Alguns
cidadãos, estão cépticos com o sucedido, porque a acção teve lugar a poucos
metros do Comando da Policia da Muxinda. Receia –se que possa haver
envolvimento de agentes, embora o modus operandi não corresponda com aquele que
é usado pelas forças da ordem, por os
meliantes ou criminosos terem usado catana.
Não
se sabe ao certo se é ajuste de contas ou outra motivação que só a Policia de
Investigação tem a última palavra sobre este macabro acto.
A PERIGOSA LEI DAS MEDIDAS CAUTELARES EM ANGOLA
A PERIGOSA LEI DAS MEDIDAS
CAUTELARES EM ANGOLA
Rui Verde, doutor em Direito, 25
de Dezembro de 2015
Os 15 revús
encontram-se em prisão domicilária ao abrigo da nova Lei das Medidas
Cautelares.
Entrou
de rompante na vida judicial angolana a nova Lei das Medidas Cautelares em
Processo Penal (Lei n.º 25/15, de 18 de Setembro), que legitimou a deslocação
para prisão domiciliária dos 15
activistas, os "revús". Tendo em conta o factor surpresa, convém
proceder a uma análise mais detalhada dessa lei, para perceber se representa ou
não um avanço na legislação penal angolana, no sentido de um direito processual
penal constitucionalizado, moderno e humanista.
Desde
já se adianta uma conclusão: esta lei, embora represente uma modernização do
Direito, contém demasiados perigos para os cidadãos. De certa maneira, é apenas
uma modernização do arbítrio e mais um expediente legal da ditadura. Vejamos em
concreto:
Primeiro,
os elogios. Em termos sistemáticos, nota positiva para a actualização da
matéria das medidas cautelares, ainda muito marcada pelo dogmatismo do Código
do Processo Penal português de 1929; foi actualizada em 1992, num ambiente
muito distinto do presente. No entanto, teria sido preferível elaborar um novo
código do processo penal. Este é cada vez mais uma manta de retalhos que
desencadeia muitas confusões nos variados operadores judiciários.
É
também de assinalar como positiva a introdução dos princípios da necessidade,
proporcionalidade, subsidiariedade e adequação na aplicação de medidas
cautelares. Note-se que os princípios também são regras, e não meras bandeiras.
Qualquer magistrado tem de os cumprir e explicitar o seu respeito concreto em
cada decisão que toma. Isto quer dizer que em todas as decisões sobre prisão
preventiva ou prisão domiciliária (por exemplo), o magistrado tem de
fundamentar porque é que no caso concreto tal é necessário, proporcional e
adequado, justificando também que não exista outra medida cautelar alternativa
menos gravosa.
Contudo,
na leitura dos variados artigos da lei encontram-se muitos preceitos que
revelam a tendência de manutenção de uma ideologia penalista ainda arbitrária e
opressora.
A
primeira manifestação dessa ideologia resulta da conjugação dos artigos 5.º e
7.º. Estes artigos tornam possível a entrada em qualquer domicílio, de dia ou
de noite, com uma mera autorização emitida pelo Magistrado Público (artigo 7.º,
n.º 5: supomos que há aqui um lapso de escrita e, quando se escreve Magistrado
Público, queria escrever-se Magistrado do Ministério Público). Tal decorre de
uma ampla definição dada pelo artigo 5.º a flagrante delito: crime que se esteja
a cometer, que tenha acabado de ser cometido, ou quando a seguir à prática do
crime haja perseguição, ou uma pessoa seja encontrada com objectos ou indícios
de que cometeu o crime ou nele participou. Esta definição alargada de flagrante
delito, um pouco confusa, permite entrar em casa de qualquer pessoa, a qualquer
hora, desde que se suspeite de que a mesma será encontrada com objectos ou
indícios de um crime cometido há pouco tempo. E tudo isto pode acontecer sem
qualquer intervenção judicial, apenas com o aval do Ministério Público, órgão
dirigido superiormente pelo presidente da República. Portanto, aqui temos o
perigo número um.
Em
seguida, há que realçar o artigo 11.º, que permite que um detido permaneça
incomunicável durante quase 48 horas. Determina essa norma que o detido não
pode comunicar com ninguém antes do primeiro interrogatório, a não ser com o
seu advogado ou com um familiar, neste caso para manifestar a pretensão de
constituição de advogado. Assim, em teoria, poder-se-á estar 47 horas incomunicável,
e só nos breves instantes que antecedem o interrogatório é possível contactar
alguém. Obviamente, a lei devia exigir que, imediatamente após a detenção, o
suspeito contactasse um advogado ou um familiar.
Mas
o pior vem depois. O artigo 12.º determina que o detido tem de ser interrogado
pelo Ministério Público no prazo máximo de 48 horas. Contudo, a sanção para o
caso de tal não acontecer é a de uma mera irregularidade processual. Ora, as
irregularidades processuais podem ser sanadas facilmente nos termos do artigo
100.º do Código do Processo Penal. Numa situação destas, o que teria sentido
era declarar a nulidade, nos termos do artigo 98.º do CPP, ou considerar a
detenção imediatamente ilegal, obrigando à libertação do detido. Tal como está,
permite manter uma pessoa detida por tempo indeterminado.
Levanta
algumas dúvidas ser o Ministério Público a decretar a prisão preventiva e não
um juiz (artigo 15.º), embora tal decisão dependa da estrutura que se pretenda
dar ao processo penal. E em Angola vive-se uma tensão mista entre o sistema
português, um sistema autocrático e alguma americanização.
Estranho
é também o artigo 23.º, n.º 2 da mesma lei. Inicialmente, admite que um juiz
mande libertar um preso preventivo, mas depois admite que este possa ser novamente
preso caso as circunstâncias o justifiquem. Então, por exemplo, um dia o juiz
pode mandar libertar um preso preventivo, e três dias depois o Ministério
Público pode vir a prendê-lo novamente… Esta medida também se liga à prevista
no artigo 42.º, que admite expressamente que, se findar o prazo de prisão
preventiva, o arguido pode continuar preso à ordem de outro processo. Basta
“arranjar-lhe” dois processos. É preso à ordem de um, passa o prazo e fica
preso à ordem de outro…
Interessante
é o estabelecimento de prazos de prisão preventiva e domiciliária nos termos
dos artigos 40.º e 34.º. A questão é que a norma anteriormente referida pode
esvaziar estas cominações legais. Também é relevante referir a necessidade de
os pressupostos das detenções serem reexaminados de dois em dois meses (artigo
39.º). Contudo, mais uma vez, a sanção para a ausência deste reexame é a mera
irregularidade processual.
Não
se pode dizer que não haja evoluções positivas nesta lei. Mas,
fundamentalmente, ela consagra mecanismos legais para manter qualquer pessoa
indefinidamente presa, se tal for a vontade do Estado. E isso é um perigo.
Fica a questão: os deputados da Assembleia Nacional previram estas consequências, ou há aqui um grande descuido técnico ou a habitual má-fé política dos opressores?
Como
em tudo o que se refere à lei, em última análise, a boa ou má aplicação vai
depender dos critérios que os juízes decidam utilizar. Ou, melhor dizendo, no
caso de Angola, dependerá do mais alto magistrado da nação, José Eduardo dos
Santos, que em tudo interfere e quem a Constituição putativamente concede
poderes para tudo.
quinta-feira, 24 de dezembro de 2015
MENSAGEM DO PRESIDENTE DO PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE POR OCASIÃO DAS FESTAS DE NATAL E FIM DE ANO
MENSAGEM DO PRESIDENTE DO
PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE POR OCASIÃO DAS FESTAS DE NATAL E FIM DE ANO
Glorioso Povo Lunda Tchokwe,
Membros
do Movimento do Protectorado,
Juventude Patriótica e a União da Mulher Lunda Tchokwe,
Caros
Compatriotas e o povo de Angola no geral,
Em
cada final do ano, depois de passar os doze meses, é celebrado o dia Sagrado da
Família, a festa de Natal para comemorar o ano e a data de nascimento de Jesus
Cristo, o caminho e a salvação da humanidade, filho de DEUS, aquele que se
ofereceu em sacrifício.
Nos
acreditamos na autodeterminação do nosso povos para um futuro breve, porque
confiamos em Deus e em Jesus Cristo que se entregou a morte para salvar a
humanidade. O seu reino é pacífico e próspero com espírito de
inteligência e sabedoria, de conhecimento triunfaremos. Contamos com um
povo esperançoso; Na verdade vos digo, redobraremos os esforços em união, não
importe onde este, temos uma frente solida capaz, e que tudo fará no clima de
negociarmos pacificamente com os adversários, deste processo que estamos a reivindicar.
Estamos a lidar com um adversário do regímen totalitária cujo poder
de decisão é reservado a uma única pessoa. Sabemos muito bem que, a
nossa causa última é o triunfo e é inevitável. Por isso apelamos a nossa
Juventude, entregar-se a nobre causa do histórico povo Lunda Tchokwe. Olhamos
para uma Lunda do futuro de Justiça social igualdade e desenvolvimento.
Sabemos
das incomensuráveis dificuldade que este povo está a enfrentar das garras do
regímen. Natal continuará a representar a
paz e reconciliação, unidade, solidariedade, simplicidade que são
valores que devemos continuar a seguir, por isso que Jesus Cristo denunciou a
violência, a xenofobia e a vingança, e, apenas as mensagens pregadas de
arrependimento e de salvação, tanto espiritual como físico.
São
estes valores de interesse para todos nós, sobretudo aos filhos Lunda Tchokwe,
no interior e na Diáspora, com que podemos exigir dignidade com dignidade, a
fim de que juntos podemos servir a causa justa e nobre da luta para o
estabelecimento da AUTONOMIA da Nação Lunda Tchokwe. Desejo um Natal cheio de
Paz e de muita alegria a todo o nosso povo desde o Kuando Kubango ao Chitato, e
de Xá-Muteba ao Cassai, Zambeze e Cazombo.
Para
nós, o ano de 2015 foi de muitas vitórias no campo politica e
diplomático;Quanto a nossa diplomacia, passos importantíssimos foram alcançados
neste processo é sem dúvida, estudiosos, Políticos e a comunidade internacional
estão atento na busca da verdade sobre a Lunda Tchokwe e estão
atentamente acompanhar todo o desenrolamento deste processo para a
autodeterminação do nosso povo; A nós o que não nos preocupa é o silenciamentos
e abstinência de Portugal e algumas potencias europeus protagonistas
principais em pronunciar-se a veracidade dos Protectorado assinado com a
nação Lunda Tchokwe 1885.
A
Assembleia Nacional de Angola, anunciava arrogantemente que rejeitava a Autonomia do Reino da Lunda, e de forma
unilateral, sem o interlocutor (o movimento legitimo da defesa do direito Lunda
Tchokwe), a Sociedade Civil de Angola reconhecia o movimento, convidando-o a
primeira conferencia sobre o direito a verdade e a memoria colectiva, a EFA –
European Free Alliance, uma agrupação de mais de 45 Partidos, endereçou uma
Carta ao Presidente José Eduardo dos Santos, lembrando-lhe que diálogue com o
movimento, estabeleça imediatamente a autonomia, Figuras e Negócio, prestigiada
Revista Angolana, estampava uma extensa entrevista ao Presidente do Movimento,
onde foi definida linhas mestras da luta para autonomia, como também participamos
recentemente da conferência internacional da “Retiro da Kairós” em Windhoek sobre
justiça transicional em Africa Austral – o caso de Angola, a missão externa
desdobrou-se por várias capitais da Europa, levando a mensagem da luta que foi
recebida com bastante agrado.
Ao
longo do ano que termina, várias outras frentes tiveram lugar; o encontro com o
Representante da ONU em Angola e a entrega de uma Carta para o Secretario Geral
sr Bank Moon, também fizeram parte, as audiência com a Embaixada dos Estados
Unidos de América, da União Europeia, da Bélgica, de Portugal, da Alemanhã
entre outros, que é um grande reconhecimento da luta do povo Lunda Tchokwe
para a sua autodeterminação por via de uma autonomia.
Os
Partidos Políticos; UNITA, CASA-CE, BD, outras personalidades individuais; a
CEAST e várias Igrejas do mosaico Angolano também receberam Delegações do
Movimento do Protectorado, algumas vezes, o governo tentou confundir estes
encontros como de alguma aliança se tratasse, em algumas outras Igrejas,
membros do movimento sofreram represálias, até mesmo expulsão.
No
plano interno; o movimento cresceu exponencialmente conforme apontam as nossas estatísticas e dados da organização; a União da Mulher Lunda Tchokwe – UMULE
deu salto quantitativa e qualitativa, ao aprovar seu estatuto e a reorganização
das estruturas de base, o mesmo aconteceu com a JUPLE – Juventude Patriótica Lunda Tchokwe, que já possui o seu estatuto e uma Comissão dinamizadora para a
Mobilização, para além do Comité e o Secretariado Executivo Nacional.
Anunciamos
também, que em 2017, não havendo Autonomia para a Nação Lunda Tchokwe, o nosso
povo irá abster-se de ir ao voto, vamos lutar na mobilização, levando esta
informação as nossas aldeias e bairros, a juventude nas escolas e nas
universidades. Anunciamos a realização de Manifestações populares, para
exigirmos autonomia e entregamos para este feito, uma carta ao Presidente José Eduardo dos Santos nos termos do n.º 2 do artigo 47.º no âmbito da Secção I - Direitos e Liberdades Individuais e Colectivas, Capítulo II - Direitos,
Liberdades e Garantias Fundamentais do Título II da Constituição, sobre a
referida Manifestação que deverá acontecer no primeiro semestre de 2016.
Estamos
no bom caminho, temos de continuar a bater em todas as portas nacionais e da
Comunidade Internacional para uma solução negocial, pacífica e imediata da
“Questão do Conflito da Lunda Tchokwe em 2016”, mostrando deste modo ao Senhor
Presidente da Republica de Angola e do MPLA, Eng.º José Eduardo dos Santos, que
só dialogando os homens se entendem.
A
solução só aparecerá com o envolvimento de todos os filhos Lunda Tchokwe: “a
união faz a força”, persistimos na via do diálogo, de negociações, porque sem
estes valores humanos, continuaremos assistindo conflitos intermináveis ou
guerras sem fim; Estado Islâmico, Síria, Grandes lagos, Ucrânia entre os muitos
que enfermam o mundo e por culpa da persistência daqueles que não querem ouvir
os outros.
Lembramos
que não existe conflitos pequenos ou grandes, contudo, todos eles terminaram
sempre na mesa de conversações e não por uma derrota militar, exemplos são
muitos!..
Temos
a lamentar que, muitos membros e activistas do movimento, perderam seus empregos,
o governo Angolano, os expulsou por pertencerem ao movimento, sobretudo os
professores do ensino primário; casos concretos de Caungula, Cuango, Cafunfo e
Capenda Camulemba.
Registamos
com muita tristeza o desaparecimento de mais de 174 cidadãos Nacionais Lunda
Tchokwe em Junho último, enquanto outros 54 faleceram por via de assassinados,
cujo autores, continua impunes, e, alertamos que os nossos activistas dos
direitos humanos, continuem o vosso digno trabalho de cadastrar e denunciar
estes actos criminosos.
Uma
palavra de apreço para as nossas autoridades do Poder Tradicional, nossos país,
avós e tios que sofrem no seu dia a dia as agruras da humilhação concertadas do
regime colonial na Lunda Tchokwe, porque pouco fizemos, muito falta por fazer
com o apoio de todos.
Continuaremos
a defender “a não-violência como a maior
força á disposição da humanidade. É mais poderosa do que a mais potente arma de
destruição concebida pelo engenho humano”. Violência desencadeia repressão
brutal e mortes desnecessárias por parte dos tiranos e ditadores, esta é a lógica que segue os colonizadores, por meio disso, os opressores têm a superioridade esmagadora.
Finalmente
desejamos um “Feliz Natal para todos” e, que DEUS abençoe todas as famílias,
antecipamos um ano novo cheio de prosperidade!..
José Mateus Zecamutchima
Presidente
Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe
quarta-feira, 23 de dezembro de 2015
NA LUNDA SUL, DIRECTOR DA EDUCAÇÃO ACUSADO DE NEPOTISMO EXPULSA MAIS DE 100 ESTUDANTES DA ESCOLA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES POR SUSPEITAR SEREM DE PARTIDOS DA OPOSIÇÃO
NA LUNDA SUL, DIRECTOR DA
EDUCAÇÃO ACUSADO DE NEPOTISMO EXPULSA MAIS DE 100 ESTUDANTES DA ESCOLA DE
FORMAÇÃO DE PROFESSORES POR SUSPEITAR SEREM DE PARTIDOS DA OPOSIÇÃO
De
acordo com estudantes e os país dos mesmos, a Direcção da Escola de Formação de
Professores “ Amor do Povo” de Saurimo na Lunda-sul, sob a orientação do
Director provincial da Educação Isaías SaKagima, com ordens superiores,
supostamente do Presidente José Eduardo dos Santos, com a conivência da
Governadora Candida Narciso, terá Sakagima Tomado a decisão unilateral em
reprovar e expulsar mais de 100 estudantes da Linguística Português das 10ª e
11ª classe sem a culpa formal, todos por estar suspeitas e acusado de
envolvimento com os partidos políticos da oposição, os acusa ainda, terem
recebido orientações de tais Partidos referece á PRS, UNITA, CASA-CE e outros
pelo pânico que se criou na referida escola no dia 10 do mês de Dezembro quando
um grosso de mais de mil estudantes de períodos diferentes faziam provas no
período único abarrotados em salas com capacidade de 35 aluno para noventa.
Faziam
provas de recursos, entre os quais um estudante da turma que padece epilepsia,
deu-lhe a crise, que crio pânico assustadora e coincidentemente um avião de
fabrico Russo IL 62 sobrevoava a baixa altitude da referida escola, causando
vibração das paredes, que também provocou explosão de lâmpada acesa, foi o
suficiente para os estudantes aumentar o susto e abandonar as salas de aula, e
cujo impacto acidental de dezenas de estudantes aconteceu inevitavelmente numa
escola em escombros.
Desta
feita, o Director Provincial de Educação, Isaias Sakagima acusa haver a mão
invisível dos partidos políticos de oposição que influenciaram para tudo
acontecesse. Diz ele que tem provas do envolvimento dos Partidos Politicos da
oposição. Parace-se que a moda vai continuar por muitos anos, Luanda a capital
de Angola, outrora, se faltasse luz e água, já se sabia de onde vinha a
sabotagem, mais agora, a falta de água e luz em Luanda vive no maior silêncio
do Governo Angolano que anda a espera de uma rebelião armada para lhe imputar
as responsabilidades sociais, tais como aquela que hoje assola a Lunda Sul na
Educação.
O
homem Garboso é licenciado na engenharia de betão armado, inverteu-se ao giz, pelo
facto de ter ganho a simpatia da actual Governadora Cândida Narcisa por
intermédio do Vice-governador, Como primo do malogrado general Celestino
Bernardo Txizainga, é visto como o mais conflituoso e não consensual dos vários
directores que a Lunda-sul conheceu; não tecnocrático gerindo a
educação à seu belo prazer.
Porém
o grosso dos estudantes penalizados injustamente, foram ao encontro da Governadora
para à devida solução, sem sucesso porque foram impedidos pelo director da
Escola de Formação de Professor Perfeito Sacandodolo com a promessa de fazer
aprovar de classe os poucos presentes sem que os demais tomassem conhecimento,
os estudantes não concordaram e, como alternativa recorrera ao Tribunal provincial
esta terça feira 22 de Dezembro de 2015, onde aguardam uma solução Justa, se
esta não receber ordens Superiores do Presidente da República José Eduardo dos
Santos, e actuar dentro da ética jurídica.
Lembramos
que a desorganização que aconteceu neste
final de ano foi das pior e a das menos visto na historia da educação em
Saurimo. Os municipes, acusam Sakagima de um “Nepotista” quer apenas, amigos e
familiares mesmo inexperientes a dirigirem escolas, o SINPROF, deixando de lado
no pessimismo, as pessoas ideias de experiência idóneo, actualizados e vistos
como caducos, o que não condiz com a verdade.
Os
estudantes, dizem que vão recorrer ao Ministerio da Educação, se a Provincia
não tiver solução, afinal são mais de 100 estudantes, futuros professores e a
Lunda-Sul, precisa de 1000 Professores actualmente para cobrir o defice neste
sector.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
MINAS TERRESTRES EM CAFUNFO, MAIS UM CIDADÃO NACIONAL LUNDA TCHOKWE ASSASSINATO NO XÁ MUTEBA
MINAS TERRESTRES EM CAFUNFO,
MAIS UM CIDADÃO NACIONAL LUNDA TCHOKWE ASSASSINATO NO XÁ MUTEBA
A
situação na região da Lunda-Norte,
sobretudo, nos Municípios do Xá Muteba, Cuango, Caungula e nas localidades da
Muxinda, estão a se tornar muito perigosos nos últimos dias das últimas semanas
do final do ano de 2015.
Em
2002, a guerra civil Angolana, acabou com a morte em combate de Jonas Malheiro
Savimbi, com ele, o fim das minas terrestres, o que nos últimos tempos permitiu
a circulação de bens e pessoas, Angola declarou-se livre destes artefactos
mortiferos, não se compreende que os mesmo artefactos mortiferos voltem a
aparecerem nas nossas estradas.
Duas
minas foram desactivadas nesta semana na localidade de Cafunfo; a primeira foi
encontrada dia 15 do corrente mês, na estrada muito frequentada Cafunfo/Cuango,
há cerca de 8 Km, junto do Bairro Muana Txime, e a segunda mina foi hoje sabado
19 de dezembro encontrada por detrás da escola do II Ciclo de Ensino de Cafunfo
Sul.
Este
fenomeno é novo por cá, as vias são utilizadas por milhões de pessoas e meios
como, motorizadas, viaturas, em fim, as escolas como sabemos, ai estudam os
nossos milhões de filhos menores de idade, o que pretendem essas pessoas que
estão a colocar as minas nestas localidades?..
Querem
mais um monte Sumi na Lunda Tchokwe por via de mitilação da população colocando
minas nas vias?
Lembramos
que desde Junho de 2015, que mais de 174 cidadãos Lunda Tchokwe, estão
desaparecidas, misteriosamente, sem o rasto, o Governo do Presidente José
Eduardo dos Santos, nunca emitiu alguma opinião sobre o assunto.
Estes
artefactos, pertencem a forças militarizadas, únicas autorizadas; Policia
Nacional, Forças Armadas e forças da ordem e segurança. É urgente que as autoridades competentes do
Governo de Angola, do Estado Maior General das FAA e do Comando de Policia Nacional,
tomem as devidas medidas na busca dos possíveis autores que querem semear
mortes gratuitas na Lunda Tchokwe. É
urgente que se ponha cobro as impunidades de assassinados.
Zeca Mwandanji encontrado
morto!..
O
malogrado foi encontrado morto com sinais evidentes de tortura no Bairro Ngana
Andre Xá Muteba, no rio Lukola, bastante frequentado pela população local, zona
circunvizinha com a presença da Policia Nacional e algumas empresas de
segurança privada para projectos de exploração de diamantes.
Zeca
Mwandanji, filho de Mwandanji e de Huenu Kalwena, natural do Cuilo, nascido aos
04 de Julho de 1985.
Há
pouco menos de 50 dias, foram assassinatos três cidadãos Nacionais Lunda
Tchokwe, na mesma localidades ou seja Xá Muteba e Cuango. A Policia Nacional e
as autoridades Administrativas dos dois Municípios nada dizem, nada esclarecem...
Qual é a dificuldade que tem os
orgãos de defesa e segurança de capturarem os autores destes
assassinados?..Quem esta detrás destas mortes?.. O que se pretendem com estas
mortes?..Revolta popular?.. O que ou quem pretendem atingirem?..
O
Governo Angolano, não está, nunca esteve interessado ou preocupado com o que
acontece ao povo Lunda tchokwe, excepto o saque dos diamantes, só assim pode
justificar o silêncio absoluto das autoridades de Luanda, diante de tantos
assassinados, sendo uma região com a presença de uma componente militar e
policial acima do regulamentado.
NOBREZA LUNDA TCHOKWE VOLTA AS VELHAS TRADIÇÕES, RAINHA MUANA CAFUNFO FOI INTRONIZADA
NOBREZA LUNDA TCHOKWE VOLTA AS
VELHAS TRADIÇÕES, RAINHA MUANA CAFUNFO FOI INTRONIZADA
O acto teve lugar semana
passada, toda a sociedade incluindo os Partidos Políticos fizeram-se presente,
quem mesmo perdeu a oportunidade é o Governo do MPLA e o seu Executivo, na pele
de colonizador, não se fez presente, teve convite, mas ignorou o acto. Confira
as fotos a seguir.
sexta-feira, 18 de dezembro de 2015
A VENDA DOS DIAMANTES EM ANGOLA AUMENTA TAL COMO AUMENTA AS ASSIMETRIAS SOCIAIS
A VENDA DOS DIAMANTES EM ANGOLA
AUMENTA TAL COMO AUMENTA AS ASSIMETRIAS SOCIAIS
A produção de diamantes em Angola (tal como as assimetrias sociais)
poderão atingir este ano o valor recorde de nove milhões de quilates, segundo
revelou em Pequim o ministro da Geologia e Minas angolano, Francisco Queiroz.
Trata-se de um
aumento de 5,6% face a 2014, mas que corresponde a uma queda em termos de
receitas, tendo em conta a descida do preço do diamante no mercado
internacional.
“No ano passado,
com 8,5 milhões de quilates arrecadamos 1.300 milhões de dólares, mas este ano
só vamos conseguir cerca de 1.130 milhões de dólares”, previu o responsável
angolano.
A produção recorde
de diamantes ficará também abaixo da meta dos dez milhões de quilates, definida
no Plano Nacional de Desenvolvimento (PND) de Angola para o período 2013-2017.
“Foi uma previsão
muito ambiciosa. Entretanto, revemos essa meta no ano passado para 8,5 milhões,
que se revelou também um valor muito conservador”, explicou Francisco Queiroz.
Angola arrecadou em
2014 cerca de 10 mil milhões de kwanzas só com impostos sobre a venda, no
total, de 8,6 milhões de quilates, por 1.274 milhões de dólares.
Os diamantes
contribuem apenas com um por centro dos valores fiscais arrecadados no país,
que continuam fortemente dependentes da venda do petróleo.
Francisco Queiroz
espera que com a nova mina de diamantes do Luaxe, localizada no interior norte
e que poderá mais do que duplicar a produção nacional, esse valor suba para os
cinco por cento até 2020.
“Essa mina poderá
tornar-se a maior do mundo”, previu.
O ministro angolano
falava à margem de uma visita à China a convite do ministro da Terra e dos
Recursos Naturais chinês, Jiang Daming.
Para além de se
reunir com o seu homólogo chinês, Francisco Queiroz assistiu na quarta-feira ao
encerramento de um programa de treino de 30 técnicos angolanos no Instituto de
Geofísica e Geoquímica de Langfang, na província chinesa de Hebei.
Os técnicos deverão
agora ser distribuídos por três laboratórios geoquímicos em Angola, cuja
construção está a cargo da empresa estatal chinesa China International Trust
and Investment Corporation (CITIC).
Além da formação e
construção de laboratórios, o contrato de 6.250 milhões de kwanzas, celebrado
entre a CITIC e o Instituto Geológico de Angola, inclui o fornecimento de
equipamento e assistência técnica.
Francisco Queiroz
prevê que aquelas estruturas, cuja maior está localizada em Luanda, venham a
atender “todas as necessidades de análise geoquímica do país e também dos
países que necessitarem dos nossos serviços”,
“Estamos a contar
que a partir de 2020 Angola tenha grandes projectos mineiros em
desenvolvimento, para que então possamos diversificar a economia e sobretudo
diversificar as fontes de receitas fiscais”, concluiu.
O encaixe com as
exportações de diamantes caiu mais de 40% em Outubro, face ao mesmo mês de
2014, para 86,3 milhões de dólares, enquanto o volume, em quilates, também
diminuiu, quase 17%.
De acordo com um
relatório do Ministério da Geologia e Minas angolano, durante o mês de Outubro
foram exportados 624 mil quilates, ao preço médio de 138 dólares.
Há precisamente um
ano, as exportações de diamantes por Angola atingiram os 751,1 mil quilates
(-16,85% em 2015), tendo atingido os 144,5 milhões de dólares, valor que
compara com os 86,3 milhões de dólares em Outubro de 2015 (-40,2%).
Já a produção,
segundo o relatório, atingiu em Outubro os 800 mil quilates, um aumento no
volume de 9,7%, no espaço de um ano, potenciando um aumento de receitas em diamantes
comercializados, em função da “qualidade e volume de pedras especiais na
produção aluvionar no Cuango, Somiluana, Lulo e Chitotolo”.
A produção
industrial de diamantes angolana envolveu em Outubro dez das doze minas em
exploração, com a de Catoca, na província da Lunda Sul, a liderar, com 576.776
quilates em apenas um mês.
Depois do petróleo,
os diamantes são o principal produto de exportação de Angola, país que está
entre os cinco principais produtores mundiais.
Dados anteriores
revelavam que produção de diamantes caíra quase 20% em Setembro, face a 2014,
rendendo, em termos brutos, 90 milhões de euros, segundo um relatório do
Ministério da Geologia e Minas.
A De acordo com o
documento, durante o mês de Setembro foram produzidos e comercializados por
Angola um total de 794.358,49 quilates de diamantes, vendidos a um preço médio
de 125 dólares por quilate.
Trata-se de um
recuo de 7,68% face a Setembro de 2014, em termos de quantidade, e uma quebra
de 18,61% no valor global, que se ficou nos 99,5 milhões de dólares (90,6
milhões de euros).
Comparativamente
com o mês de Agosto anterior registou-se um aumento no volume e no valor, de
19,19% e 24,51%, respectivamente.
O Ministério da
Geologia e Minas justifica estes aumentos com a “qualidade e o volume em pedras
especiais do Luó e das produções aluvionares no Cuango e em
Chitotolo”, no interior norte.
“Outro factor que
contribuiu para esse registo foi o aumento da produção da Sociedade Mineira de
Catoca, em 15,18%, e a acumulação da comercialização dos diamantes da classe
dos finos que normalmente ocorre de dois em dois meses”, explica o mesmo
relatório.
As vendas de
diamantes por Angola aumentaram até Setembro, face a igual período de 2014,
ultrapassando os 866 milhões de dólares (789 milhões de
euros) e
6,5 milhões de quilates.
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