O SADÍSMO DA JUSTIÇA ANGOLANA: A
CABEÇA DE SEBASTIÃO MARTINS PARA ESCONDER VERDADES?
Alemanha -
Justiça angolana é sádica, pela forma como rebaixa e manipula pessoas ou grupos
suas vitimas tratando-as como se fossem meros objectos. Aconteceu assim com WT,
Rafael Marques, com José Gama, Lucas Pedro, com o jovem Nito Alves, com David
Mendes, Domingos da Cruz, Garcia Miala, Quim Ribeiro e vai acontecer assim com
Sebastião Martins e sempre.
Não quero com este
texto defender aqui ninguém tido e achado por criminoso ,mas apenas perguntar
porque razão esta justiça se quer merecer credibilidade não comece a sua
investida dentro da sua própria casa e da presidência da republica tida como o
epicentro de todos os males?
Quem
institucionalizou os assassinatos, a impunidade, a intolerância politica que
tem dado origem á actos tão bárbaros e a corrupção que alimenta inclusive essa
famigerada encomendada justiça angolana?
Quem é que tem
fechado os seus olhos e seus ouvidos para fingir que não vê e nem ouve os
montões de crimes e abusos que se conhecem envolvendo generais e outros
governantes?
Quem é que se recusou
a julgar o presidente da república mesmo depois de se provar que rouba o que é
de todos nós e deposita em bancos estrangeiros?
Quem é que se sente
impotente para questionar as riquezas acumuladas pelos filhos de JES, e pelos
vergonhosos abusos arrepiantes, revoltantes e humilhantes de Bento Kangamba e
outros?
Quem é que se cala
perante os assassinatos nas Lundas e fecha seus olhos para não ver os tantos
presos políticos espalhados por cadeias e lugares improvisados ate morrerem aos
poucos?
Quando num país a
justiça finge que julga e os cidadãos vivem quase 40 anos fingindo que
acreditam nela pode-se concluir que a justiça neste país não passa de uma
autentica farsa, fingimento e pura ilusão.
E não é nenhum
exagero afirmar que o sistema judiciário angolano é o que mais apodreceu no
continente africano por nunca ter conseguido fazer um julgamento sem
manipulação dos factos e que merecesse total credibilidade. O fingimento e as
ilusões que a justiça angolana vende ao povo e ao mundo faz-me lembrar aquelas
mulheres fingidas em sérias, honráveis e se dizem bem casadas, quando no
fundo são umas autenticas prostitutas.
E aqueles tantos
camaradas de ontem que hoje vivem mergulhados numa felicidade fingida e
totalmente fanatizados pela cor partidária que na hora em que tinham que
cumprir missões criminosas ao serviço de um regime perverso até o veneno
serviam aos seus melhores amigos quase numa taça de ouro.
Mas a plenitude do
fingimento de um judiciário segundo alguém definiu é quando o próprio Satanás
se transforma em anjo de luz e seus ministros se transformam em ministros da
justiça (2 Co 1.14-15).
Neste texto para além
de querer reforçar a ideia que sempre tive em relação a (justiça) angolana em
ser uma espécie de trapo sujo e abandonado, teatral, farsa e um dos maiores
fingimentos que o pais conhece.
Quero dizer-vos que
estudos e avaliações sérias mostram que manipulações, vinganças e outros
truques quando se tem que afastar alguém de um cargo que ocupa, dete-lo ou
julgá-lo serem um dos grandes ingredientes deste regime quando o momento lhe
aconselha a vender algumas ilusões ao povo angolano e ao mundo.
Que não se acredite
que alguma vez este regime fará justiça no verdadeiro sentido da palavra,
porque tal custaria a cabeça de muitos fingidos graduados como recompensa por
terem cumprido missões ainda mais criminosas do que as que se conhecem.
Uma justiça que nunca
conseguiu responder de forma credível e convincente as tantas queixas contra o
regime e governantes apresentados não apenas pela oposição, como pelo cidadão
comum, como é que não dificulta a sua aceitação?
Justiça encomendada é
injustiça e é isto o que acontece exactamente em Angola desde vários anos e não
se vislumbram sinais de mudanças efectivas na busca de melhores politicas
publicas.
São truques atrás de
truques desde que é preciso manipular algum acto eleitoral, transformar
mentiras em verdades até ao momento em que têm que colocar a cabeça de algum
desgraçado numa bandeja para entregar ao ditador JES.
Uma serie de
fingimentos de responsabilização de culpados num país onde todas as ordens
partem sempre da mesma única intocável pessoa de nome José Eduardo dos Santos
enquanto quem não as cumpre raramente não é morto ou condenado a viver o resto
da sua vida humilhado. A impotência do judiciário angolano em julgar crimes
praticados por governantes responsáveis morais pela morte de tantos angolanos
por pensarem e agirem diferente, os assaltos aos cofres públicos e o silencio
criminoso em torno das mortes nas Lundas, engenheiro Brito na Sonangol ,
Fernanda Fernandes ao serviço e na embaixada de Angola em Bonna (Alemanha).
Entre outros tantos
crimes muitos dos quais de conhecimento muito restrito e nunca mencionados. Já
basta para sabermos que tipo de justiça temos no país e continuaremos a ter
enquanto criminosos gerirem o país.
Que credibilidade nos
merece essa justiça para acreditarmos que Sebastião Martins é verdadeiramente o
responsável moral pelo fuzilamento de Cassule e Kamulingui como conta a
historia antes de serem lançados para os jacarés?
Num país onde as
testemunhas raramente não são negociadas e as confissões quando não forçadas
através da tortura, funciona como uma espécie de pacto entre uns e outros para
salvaguardar o bom nome do verdadeiro criminoso raramente não bem protegido por
laços familiares e relações excelentes com a presidência da republica. Num país onde a
justiça na maioria das vezes ignora os assassinatos cometidos por policias e os
métodos de tortura nas cadeias como espancamento, asfixiamento, choques
eléctricos, unhas arrancadas á sangue frio e todo tipo de sofrimento muitos dos
quais nem as próprias vitimas aceitam que as publiquemos para não sofrerem
represália.
Curiosamente Angola
aderiu á convenções das Nações Unidas e se diz defensor dos Direitos Humanos
mas cada dia que passa refina os seus métodos de tortura para extrair
informações e confissões forçadas ou ainda como forma de punição para quem não
obedece os mandamentos do partido no poder.
Grupos de trabalho
que funcionam clandestinamente em Angola na busca de provas e relatos alegam que
muita coisa não vem ao publico porque existem muitas vitimas de origem humilde,
desconhecedores dos seus direitos vivendo anos e anos com os seus dramas
sofrendo no seu cantinho e silencio. Num país onde quem
reclama e refila raramente a sua própria filha, esposa, irmã ou mãe não te
abandona alegando que é por isso que eles sofrem, isto como consequência da
educação perversa dada pelo regime para deformar a mentalidade dos angolanos e
dividir para melhor reinarem.
Fórum Livre Opinião
& Justiça
Fernando Vumby