COMUNICADO DE IMPRENSA DA COMISSÃO DO MANIFESTO
DO PROTECTORADO DA LUNDA SOBRE O SENTIDO DE VOTO NAS ELEIÇÕES NO DIA 31 DE
AGOSTO DE 2012 EM ANGOLA.
O presente Comunicado
serve para clarificar as inquietações que tem estado a surgir no seio da
sociedade sobre a posição da Comissão do Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado
da Lunda Tchokwe,
em Angola quanto ao processo eleitoral em curso, que culminará dia 31 de Agosto
próximo, com a realização das eleições gerais (legislativa
e Presidências simultâneas com o candidato Presidente cabeça de Lista da
formação Partidária concorrente ao pleito, de acordo com a nova constituição
aprovada em 2010).
Pelas responsabilidades socio políticas e históricas que a CMJSPLT tem no processo de democratização em Angola e particularmente dentro da Nação Lunda Tchokwe, a Direcção da CMJSPLT não se demite da sua condição de uma parte importante do mosaico etnolinguístico dos retalhos que formam a Angola actual e responsável, sério e com sentido de Estado, por isso, esclarece a Comunidade Nacional Angolana, a Comunidade Internacional e a População da NAÇÃO LUNDA TCHOKWE (Kuando Kubango, Moxico, Lunda Sul e Norte) sobre a participação do nosso povo no presente processo eleitoral, evitando desse modo todo o género de informações enganosas, que têm como objectivo confundir os eleitores.
A
revindicação pacificação da nossa causa é da providência divina. Imploramos aos
angolanos aceitarem a nossa revindicação e a expropriação sem vingança daquele
território. A difícil tarefa com que estamos devotados e comprometidos, será
doravante vencida. A nossa pereníssima revindicação terá um fim vitorioso com
ajuda das aspirações dos nossos antepassados, a quem invocamos afincadamente
todos os dias.
Os porta-vozes desta honrosa missão não são fracos, nem
cobardes. Temos do nosso lado um povo historicamente capaz e valente, munido
duma força transcendental, capazes de vencer todas as formas caprichosas da
vossa heresia política, destinado a destruir-nos num espaço que Deus nos
concedeu, mas a vitória não é apenas um acto dos gigantes nem dos ricos.
Nós
estamos empenhados numa árdua luta pela liberdade e justiça social do nosso
povo, repor a legalidade de um direito que a mãe natureza nos concedeu. Não
conhecemos outra forma menos violenta de reclamar um direito, que não seja
todas as tentativas e recursos de “Diálogo”
por nós usados; enviamos petições; suplicamos; prostramo-nos perante o trono de
LUANDA,
implorámos a sua intervenção para deter as mãos tirânicas do terrorismo de
Estado Angolano contra os filhos da Nação Lunda Tchokwe, reclamamos perante, o
Sr Presidente José Eduardo dos
Santos,
tudo caiu a fracasso, e fomos desdenhados, retaliados com detenções, prisões
arbitrárias, sem julgamento, ignorados, parece que depois de tudo isso querem
mostrarem ao mundo que vós sois do eixo do bem.
Porém aproxima-se as eleições em Angola onde os
filhos da Nação Lunda Tchokwe são chamados a legitimar os vossos poderes, querendo
ou não, pelo que respeitamos o direito a liberdade individual.
Mas perante o facto, vamo-nos fazer presente ao acto
cívico para manifestarmos o nosso “Descontentamento” e a ilegalidade da vossa permanência no território da
Nação Lunda Tchokwe; o nosso povo
será orientado e votará sabiamente a favor dos vossos opositores políticos, se não usardes métodos fraudulentos, vereis que a
vossa representação parlamentar naqueles círculos eleitorais resultará em nada
para vós.
Esse gesto de conservarmos o ideal pelo qual nós todos
estamos a lutar, não deixaremos de nos acobardar pelas vossas corrupções,
intimidações de milícias e assassinatos esporádicas do nosso martirizado povo.
Contrariamente a isso saberão retaliar e os vossos vampiros saíram derrotados e
esmagarão com todos os vossos interesses económicos naquele território
ilegalmente ocupado e pilhado, como um corpo inerte tal como disse o
nacionalista angolano António
Agostinho Neto.
O nosso glorioso objectivo desta contestação será
alcançado por qualquer preço; mais ainda aconselhamos que o governo dirigido
pelo Presidente José Eduardo dos
Santos, Reveja as modalidades de
Negociarmos a questão da Lunda para impedir que a ira deste povo caía sobre vós
e ao vosso povo.
A nossa revindicação legítima do nosso direito
natural, não é um mero incidente como as revindicações de 1848 na Europa.
Nós continuamos
a clamar e a implorarmos a Revindicação da Autonomia
Administrativa, Económica e Jurídica da Nação Lunda Tchokwe mais sem sucesso. Já reafirmamos a nossa posição na
comunidade nacional e internacional aos protagonistas do Protectorado,
nomeadamente Portugal, França, Inglaterra, Bélgica e Vaticano, estes aguardam o
pronunciamento de Angola na primeira estância e consequentemente de Portugal.
A questão já
ultrapassou a dimensão das intimidações, perseguições e eliminação física de
figuras singulares da liderança do Manifesto. Este agora é um assunto que
envolve todos os filhos Lunda Tchokwe e a comunidade Internacional ONU, União Europeia e a União Africana. Até porque vamos recordar ao Sr. Presidente que
outrora a vossa luta de libertação de Angola e contra vossos adversários
políticos internos, o povo Lunda Tchokwe foi o expoente máximo da vossa
vangloriosa vitória.
Irmãos Angolanos, o sínico silêncio do regime de LUANDA
não mostra a vontade Negocial sobre a Autonomia
da Lunda Tchokwe que até por sinal, a autonomia está plasmado no
primeiro estatuto do MPLA 1965 –
1977, que o congresso da transformação do
MPLA em Partido de Trabalho sob olhar silencioso
do Marxismo-Leninismo, o veio alterar.
O NOSSO POVO EM OBEDIÊNCIA A CMJSPLT VAI SALVAGUARDAR A SUA PARTICIPAÇÃO COMO ACTO DE PROTESTAR E orientar o sentido de voto a favor de um Partido da oposição politica angolana que no devido momento será anunciado, a CMJSPLT estará assim empenhada em contribuir de forma positiva, para que as Eleições que se avizinham sejam realmente livres, transparentes, justas, pacíficas e credíveis, como única forma de aferir á vontade Soberana também do POVO LUNDA TCHOKWE.
Luanda,
aos 22 de Junho de 2012.-
Comité Executivo Nacional do Manifesto do
Protectorado da Lunda Tchokwe