José Eduardo dos Santos, Presidente de
Angola e do MPLA marca eleições para 31 de Agosto de 2012
Lisboa
- O Presidente José Eduardo dos Santos, comunicou ao seu “staff” em
reunião restrita, realizada, sexta-feira (20) no palácio presidencial
que ira marcar como data para as próximas eleições
o “31 de Agosto” ao contrario do “5 de Setembro” como aconteceu em 2008.
Para
alem dos seus conselheiros mais próximos, foram convidados
para esta reunião, os governadores provinciais
que estão na dupla função de 1º Secretários do MPLA cujo convite foi
entendido como “luz verde”, para o inicio de campanha nas
suas respectivas regiões, de trabalho, no interior do país.
Em
Dezembro de 2011, o PR transmitiu igualmente a cerca da data do “31 de
Agosto” para realização das eleições, a margem da reunião do Conselho da
República mas o assunto nunca foi de consumo público por
efeito de um regulamento interno que proíbe a transmissão de assuntos
inconclusivos para fora daquele espaço.
Em conformidade com a constituição angolana, o Presidente da República deve convocar publicamente as eleições, para 60 dias antes do fim de mandato da actual legislatura. Antes da convocação do pleito, o PR, deverá, também aguardar pela resposta do recurso avançado pela oposição política (UNITA e PRS), junto ao Tribunal Supremo respeitante a situação da Presidente da Comissão Nacional Eleitoral, Susana Inglês. Em caso de uma resposta desfavorável, que precipitara com o cancelamento de todos os actos da administrativos daquela advogada, o Chefe de Estado deverá acautelar a convocação das eleições.
A escolha do mês de Agosto como data da realização das eleições coincide num momento favorável ao mês em que o país, com destaque ao seu partido estará, na ressaca da festividade do seu aniversario (completa 70 anos a 28 de Agosto).
Eduardo dos Santos e o MPLA tem a certeza que irão ganhar as eleições com uma percentagem, desta vez na casa dos 90% dos votos. Embora as eleições sejam realizadas pela CNE, o Presidente angolano conta a seu favor com uma equipa de cerca de 300 elementos do SINSE- Serviços de Inteligência e Segurança de Estados, (dezassete para cada província) que trabalham nos bastidores do processo eleitoral. Os mesmos operam em coordenação com Fernando Octávio, chefe adjunto do SINSE, que mantém informado o Presidente da República. Em principio de Março passado, este grupo de operativos dos Serviços de Inteligência estiveram em seminário de superação orientados por peritos portugueses onde de entre vários temas aprenderam técnicas de manejamento das actas e cadernos eleitorais.
FONTE:
CLUB-K.NET