Dundo, 2/07 – Uma fonte do
Governo de Angola, que pediu anonimato, denuncia aquilo que chamou de Golpe
implacável ao Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe,
protagonizado sob ordens superiores do Presidente João Manuel Gonçalves
Lourenço que os Governadores; da Lunda – Norte, Lunda-Sul, Moxico e do Cuando Cubango
estão a executar, que consiste em mobilizar Autoridades
do Poder Tradicional (Regentes,
Regedores, Sobas e Reis da região) com apoios logísticos do Governo, estas
autoridades devem fazer digressões a nível das Comunas, Bairros, Aldeias e nos
Municípios com o objectivo de persuadir as populações; primeiro aderirem a
campanhas para as autarquias, segundo desencorajar as mesmas de não aceitarem
ou apoiarem o Movimento do Protectorado.
De acordo com a denúncia,
estas autoridades do poder tradicional lhes foi prometida Viaturas,
Motorizadas, Casas e dinheiros se cumprirem cabalmente a missão de destruir o
Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe. As mesmas em certas
ocasiões deverão fazer declarações públicas a TPA e a Rádio Nacional de Angola,
aonde eles deverão solidarizarem-se com as medidas do Governo do MPLA,
agradecendo assim o Presidente João Lourenço e condenando o Movimento que quer
dividir a Lunda Tchokwe de Angola.
O Governador Ernesto
Muangala tem sido o principal protagonizador deste projecto que visa
essencialmente o fim do Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe,
que durante o mês de Junho esteve envolvido em Reuniões com varias Autoridades
do Poder Tradicional.
Actualmente,
alguns destes regentes e regedores já receberam Viaturas e Casas do MPLA,
recebem dinheiros e estão comprometidos a destruir o Processo Politico Lunda
Tchokwe, impedindo assim o sonho de milhões de nossos concidadãos de se verem
livre do colonialismo preto e Africano.
O Presidente João
Lourenço esta sob pressão da Comunidade Internacional sobre a questão do
Movimento do Protectorado Português da Lunda Tchokwe, tem recebido nos últimos
tempos cartas e documentos de Instituições e Organismos Internacionais
preocupados com a questão, a mesma comunidade teme que, a tomada de decisões tardias podem desembocar no
conflito armado, no que concerne em violências e guerras
como é o caso do BOKO HARAM na
Nigéria e outros casos semelhantes no mundo.
O Movimento do
Protectorado Português da Lunda Tchokwe foi criado há 14 anos, advoga um
dialogo pacifico com as Autoridades do regime Angolano que deveriam desembocar
no estabelecimento de uma autonomia ampla como a Escócia, mas que o Governo do
MPLA furta-se do dialogo, optando na perseguição politica dos membros e
activistas do Protectorado, nas prisões arbitrarias e, como agora, actuando
sempre sem visão periférica da questão.
As nossas
Autoridades Tradicionais; Regentes, Regedores, Sobas e Reis, tudo aquilo que o
MPLA e João Lourenço vos oferecerem (Viaturas,
Casas, Dinheiros ou Outros benefícios), recebam sem receio a troco
absolutamente de nada, é vosso por direito, mais cedo ou tarde a Soberania da
Lunda Tchokwe será restabelecida a qualquer preço, teremos de escrever a nova
pagina da nossa historia com o nosso sangue e sacrifícios “DURA LEX SED LEX”.
JORNALISTA E
ACTIVISTA DOS DIREITOS HUMANOS ENTRA EM CENA A FAVOR DO REGIME E CONTRA O PROTECTORADO
Um famoso
Jornalista e Activista dos Direitos Humanos, que outrora lutava contra a
corrupção do ex-Presidente José Eduardo dos Santos, que denunciava
veementemente as atrocidades contra as populações no interior da Lunda, hoje
tem pacto com o regime, e tem sido uma das figuras que desde 2019 tenta unir
varias Autoridades do Poder Tradicional da Lunda Tchokwe, para os persuadir a
não aceitarem as ideias do Movimento do Protectorado.
O referido
Jornalista e Activista dos Direitos Humanos, tem estado a prometer estas
Autoridades de aceitarem as condições que o Governo do MPLA e João Lourenço vão
colocar a disposição das populações da Lunda Tchokwe e promete ser o elo de
ligação ou intermediário que poderá conseguir uma Audiência do Presidente com
um grupo dos Sobas que serão escolhido na reunião que terá lugar entre Julho à
Setembro ou Outubro de 2020 na Lunda aonde o mesmo será a principal peça para
presidir a mesma.
Esta reunião vem
sido preparada desde 2019, com os primeiros contactos entre o Jornalista e as
Autoridades Tradicionais quando estes participaram no evento denominado “COTA” realizado em
Luanda e organizado pelo Reverendo
Ntony-a-nzinga.
Os resultas,
conclusões e recomendações do referido encontro serão enviado pelo mesmo Jornalista
ao Governo do MPLA e ao Presidente João Lourenço.
O Jornalista e
Activista dos Direitos Humanos, em 2019 convocou alguns membros do Poder
Tradicional idos da Lunda para o seu Escritório em Luanda num encontro com
algumas personalidades vindas da Europa, durante o encontro, ele estava
ausente, encontrava-se em Londres, mas por via telefónica advertiu essas
Autoridades para não falarem absolutamente nada acerca da luta Autonomista do
Protectorado Português da Lunda Tchokwe com aquelas entidades.
Durante a guerra
de libertação de Angola, o MPLA, a UNITA e a FNLA, eram Auto denominados
movimentos de libertação, não poderiam ter de pedir ao seu colonizador
autorização alguma para o combater, claro que, o Movimento do Protectorado é também
auto denominado do Povo Lunda Tchokwe, não tem de pedir autorização alguma ao
MPLA para o combater sobre um direito legitimo, natural, histórico e reconhecido internacionalmente.
O Camaleão é o
único animal que muda de cor constantemente...
A RESPONSABILIDADE
DE PORTUGAL, UNIÃO EUROPEIA E A COMUNIDADE INTERNACIONAL SOBRE A LUNDA TCHOKWE
Lunda Tchokwe
compreende as localidades de Cuando Cubango, Moxico, Lunda Sul e Lunda Norte, é
um Estado, uma soberania sob protecção de Portugal desde 1885 até a presente data com princípios “Democráticos”, destinado a
assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores
éticos, supremos universais de uma sociedade fraterna, pluralista e sem
preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e
internacional, com a solução pacífica das controvérsias, e temente da protecção
de Deus.
O Tratado de
Protectorado Português da Lunda Tchokwe continua vigente (Artigo 1º e 8º do Tratado de
Protectorado celebrado entre Portugal e a Corte do Muatiânvua de 18 de Janeiro
de 1887, CARVALHO, Henrique A D de – A Lunda, pp. 304-308 e artigo 1º, 10º e
11º do Tratado de Protectorado celebrado entre Portugal e Muatxissengue e os
seus Muananganas, de 2 de Setembro de 1886 CARVALHO,
Henrique A D de – A Lunda, pp. 225-228. E outros
tratados entre 1885 - 1894).
Temos manifestado
sempre e publicamente o nosso interesse pelo papel importante que a UNIÃO EUROPEIA e a Comunidade
Internacional pode exercer na resolução pacifica da questão do PROTECTORADO PORTUGUES LUNDA TCHOKWE 1885 –
2020, a sua autodeterminação, bem como a de exigir a responsabilidade de
Angola e de Portugal sobre a questão.
Em quando a Lunda
Tchokwe permanecer como Protectorado Português 1885 – 2020, somos parte
integrante da UNIÂO EUROPEIA e a
solução do nosso problema depende da EUROPA, porque somos um território sob
domínio de um país da EUROPA, concretamente PORTUGAL, que deveria exigir de Angola
o fim de perseguições politicas contra Activistas Cívicos do Protectorado,
exigir de Angola e da Comunidade Internacional dialogo urgente para a solução
da questão de Autodeterminação da Nação Lunda Tchokwe.
Os problemas de
conflitos em Africa continuarão sendo problemas da Europa. A solução de
problemas políticos e de desenvolvimento de Africa continuarão sendo resolvidos
na Europa. A Europa é o epicentro do nosso passado, do nosso presente e do
nosso futuro.
Se da Europa não
vier soluções, Africa mantém-se estagnada em conflitos armados perpétuos,
conflitos religiosos com terror continuado, em subdesenvolvimento casado com a
endémica corrupção, a colonização de uns povos contra os outros continuarão.
Eternamente a
Europa continuará a resolver por muitos e muitos anos questões Africanas.
O processo da
descolonização de ex-colónias portuguesas em Africa (Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tome, Guine Bissau) nos termos
da Lei n.º 7/74, publicada no Diário do Governo n.º 174/1974, 1º Suplemento,
Série I de 27 de Julho de 1974, nos termos do artigo 2º “O reconhecimento do
direito à autodeterminação, com todas as suas consequências, inclui a aceitação
da independência dos territórios ultramarinos e a derrogação da parte
correspondente do artigo 1.º da “V” Constituição Política de 1933 de 11 de
Abril e do artigo 2º da Carta Constitucional de 1826 de 29 de Abril, não
poderia ser abrangente ao Protectorado Português da Lunda Tchokwe, porque não
era sua colónia, mas, sim seu PROTECTORADO.
Exige-se de
Portugal a sua responsabilidade moral sobre a Lunda Tchokwe.
Exige-se da União
Europeia e os seus Povos a Responsabilidade moral sobre o vosso passado da
colonização de Africa e as feridas deixadas que devem ter solução sem
ambiguidades.
Exige-se da ONU,
do Comité da descolonização e da Comunidade Internacional a sua
responsabilidade moral para com os povos sob jugo colonial a tomada de medidas
coerentes para que estes povos tenham suas independências.
Exige-se das
grandes Multinacionais, sejam elas da China, Rússia, EUA, Japão, Correia,
Alemanha, Reino Unido, França, ou do Médio Oriente e Ásia no geral, que podem
ter as mesmas riquezas com os dono destas terras sem a intermediação dos
regimes colonizadores actualmente como é o caso dos Kimberlites de Catoca e
Luaxe na Lunda Tchokwe.