GUERRA EM CABINDA SOBE DE
INTENSIDADE
A FLEC/FAC, afirma, em comunicado
enviado à Redacção do Folha 8, “que o 14° aniversário da paz que a Angola
festeja sumptuosamente não se refere ao território de Cabinda”.
“Ogoverno angolano quer fazer
acreditar que há paz efectiva em Cabinda, mas realmente a paz não existe em
Cabinda, e o presidente angolano José Eduardo dos Santos, impõe injustamente a
guerra em Cabinda”, diz a FLEC no comunicado assinado pelo seu porta-voz,
Jean-Claude Nzita.
A situação em Cabinda, segundo a
FLEC, “permanece muito preocupante e muito tensa desde o início do mês de
Fevereiro de 2016”, registando-se “violentos combates e confrontação permanente
entre as Forças Armadas Cabindesas (FLEC-FAC) e os militares angolanos (FAA)
quase todas as semana e mais de 45 soldados angolanos encontram a morte.”
Alertando que “a situação em
Cabinda agrava-se cada vez mais e a população civil vai sofrer uma verdadeira
catástrofe”, a FLEC diz que “o governo de Angola continua a manipular e enganar
a opinião internacional com uma propaganda enganosa sobre a paz e a cessação
das hostilidades em Cabinda.”
“Luanda continua a estender um
número crescente do efectivo militar por toda a parte, todas regiões e
sobretudo no centro e o norte de Cabinda, nomeadamente: Buco-Zau, Miconje,
Inhuca, Dinge e Necuto, Belize, Luadi e Ncutu onde há uma grande e forte
concentração dos soldados angolanos. As aldeias são destruídas completamente, o
exército angolano multiplica os massacres e as detenções arbitrárias de pessoas
inocentes”, acusa a FLEC.
Neste contexto político e militar,
“a direcção da FLEC/FAC teme uma guerra generalizada em Cabinda que poderá
abraçar a sub região. Alertamos a comunidade internacional, em especial os
Estados Unidos da América, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Portugal no sentido
de envidar todos os esforços a fim de fazer pressão junto do governo angolano a
aceitar sentar-se em redor de uma mesa com os principais responsáveis
cabindeses da FLEC para negociar pacificamente a paz definitiva pra território
de Cabinda”, conclui a FLEC/FAC.