QUANDO UM POVO CHORA OS PODERES TIRANICOS DA
DITADURA ESTREMECEM, REFLETIR LUNDA TCHOKWE
Quando lemos a
Biblia, no capitulo da história do povo Judeu, vem me a mente, passar do antigo
testamento para o novo testamento, é apenas uma questão de virar uma página,
segundo os erúditos, aquela correspondente a Malaquias 5, para Mateus 1.
O exilio Babilônico,
é o facto fundamental mais efectivo e histórico, que modifica o pensamento
hebraico, porque o Reino do sul de Israel, Judá, vai para o exilio como
israelita, mas voltam de lá anos mais tarde como Judeus (viemos como tchokwe iremos voltar
como angolanos). O facto relevante para o exílio Babilônico, tem início
no século VIII A.C., conforme narrativa do livro de 2 Reis. Em 722 A.C., após
um longo cerco, a cidade de Samaria, Capital do Reino do Norte, caíu em poder
dos Assírios, deportando para a Assíria a maioria dos seus habitantes, e
substituindo os restantes, pelos seus próprios povos ou seja povo Assírio,
destruindo para sempre o Reino do Norte de Israel.
Mais de cem anos
(+100), depois o Império Babilônico, subjuga a rebelde Judá, o fragmento
remanescente do Estado originalmente criado por David e Salomão. Em 597 A.C., a
família real é capturada e deportada para a Babilônia, junto com a maioria da
população de Jerusalém. Em 587 A.C., a cidade é destruida, o templo é reduzida
a cinzas, e Judá apagado das páginas da história. As condições de exílio são
desconhecidas, mas a escravatura em qualquer parte do mundo e epoca não é luxo.
Os deportados foram
assentados em comunidades mesopotámicas perto de rios ou canais de irrigação e
ficaram com algum grau de liberdade local, mas como escravos e fora de sua
terra originaria. Podiam casar e levar uma vida familiar normal. Pradigavão a
sua religião e os seus costumes culturais. Quando o edito de Ciro foi
promulgado em 538 A.C., permitindo a repatriação, muitos preferiram permanecer
em Babilônia, furtando-se aos perigos e incertezas da vida em sua empobrecida
ex-patria – uma terra que muitos deles jamais vira. Afinal de contas, o
cativeiro Babilônico dura mais de 70 anos..(.A Lunda Tchokwe 1895 – 1975
Portugal e 1975 – 2015 Anexação angolana ou seja colonização).
A comunidade judaica
na Babilônia cresceu e prosperou, até ao século X depois de cristo, apesar de
episódios de perseguição, e dando ao judaísmo alguns dos mais autorizados
pesquisadores e comentadores da Lei.
Na Babilônia, os
judeus ou israelitas, uma das principais ocupação era o estudo e a copia dos
documentos que escaparam ao incendio do templo e foram levados pelos judeus
para o cativeiro. A arca da aliança e seu conteúdo tinham desaparecido para
sempre. A única prova material da existência de Israel passa a ser palavra
escrita, (tal igual a Nação Lunda Tchokwe, a sua existência graças a escrita, os
seus tratados com Portugal que estavam desaparecidos, hoje uma prova material autentica
da nossa luta). Dai a importancia de os Israelitas de organiza essa
palavra escrita como substituto para as outras evidências concretas então
perdidas.Inicia-se a composição de um CANON escritural formal, que só será
fechado no segundo século D.C.!
Os exilatos não
podiam evitar as influências culturais estrangeiras, que se revelam na adopção
de nomes Babilônios e no uso do calendário babilôinico. A principais influência
está na substituição da línguagem hebraica, pela linguagem aramaica. Ler os livros
Biblicos de Neemias, Esdras sobre a lei Mosaica, cerca de um século depois do
retorno do exílio.
Os livros do antigo
testamento da Biblia Sagrada, relatam um período conturbado e obscuro, sujeito
a interpretações divergentes. Tudo era escaso e dificil para os retornados a
jerusalém, sobretudo na provincia persa de judeia. Os retornados reivindicavam
a terra que estava em outras mãos, o que não foi bem recebida por aqueles que
ficaram. Desenvolveram-se desigualdades de classe, e os impostos eram penosos.
A Monarquia Davidica havia desaparecido...
Resumindo, dos
Patriarcas até Neemias: 2000-1750, os patriarcas Abraâo, Isaque e Jacó; 1750 –
1350, Israel no Egipto; 1350 -1310, a conquista de Canaâ e o Templo dos Juizes,
Moises e a saída do Egipto; 1032 – 1012, Saul, o primeiro Rei do Israel; 1012 –
972, Rei David; 1004 , o Rei Salomão e a construção do primeiro templo; 972 –
932, Jerusalém é capital de Israel; 932 – 875/ 854, divisão do reino em Israel
e Judá, o Rei Acabe e o profeta Elias. O período intertestamentario, isto é 854
até 332 A.C., temos os seguintes acontecimentos que vão até o ano 37 á 4 D.C.,
ou seja em 332 Alexandre Magno conquista Jerusalém; 301 – 233, Israel e Judeia
sob dominio dos Ptolomeus; 223 – 184, Antíoco ocupa Jerusalém; 175 – 165,
revolta dos Macabeus contra Antíoca VI, os últimos eventos demonstra a luta
titanica para a ocupação de jerusalém, isto é, 165, 63 e o ano 37 á 4, Judas
Macabeu liberta Jerusalém e reconsagra o templo, os Romanos reconquistam Israel
e Judeia, finalmente o Herodes o grande Governa.
O TIRANISMO ANGOLANO NA LUNDA TCHOKWE
Jerusalém, um povo
diferente, uma história diferente, época diferente, um continente diferente, mas
que pode ter semelhança a sua história com o povo Lunda Tchokwe, no último
século da historia moderna do mundo contemporâneo.
Os últimos
acontecimentos, os dossiers que endereçamos a Presidência e o Presidente José
Eduardo dos Santos, estão ignorados e absolutamente silenciados, porque quem cala consente, o Presidente não
fala, porque sabe que usurpou a Lunda, tal como a história de Israel nos mostra
ao longo dos séculos. Confira os vários documentos, cartas e dossiers
endereçados ao Presidente José Eduardo dos Santos, até a presente data sem
resposta:
·
Carta sobre os 10% Imposto Industrial,
10% Royalty, Fevereiro 2015;
·
Carta da Autoridade do Pode
Tradicional Lunda Tchokwe, Setembro 2014;
·
Carta pedido esclarecimentos do
silêncio do Governo, Março 2014;
·
Carta Pedido de Audiência, Setembro
2013;
·
Carta Pedido de Manifestações,
Agosto/Julho 2013;
·
Dossier Carta Magna Lunda Tchokwe,
Agosto 2012;
·
Dossier Reforçando pedido para o
Diálogo, Maio 2012;
·
Dossiers Pedido de Diálogo, Setembro
2011;
·
Dossiers Pedidos de Soltura de
Activistas presos, Fevereiro 2009;
·
Dossier Nota de remessa do Estatuto de
Autonomia, Novembro 2008;
·
Dossiers Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado, Agosto 2007.
Vamos todos refletir
a questão da Lunda Tchokwe, comunidade internacional tem á palavra...