quarta-feira, 5 de agosto de 2015

QUANDO UM POVO CHORA OS PODERES TIRANICOS DA DITADURA ESTREMECEM, REFLETIR LUNDA TCHOKWE

QUANDO UM POVO CHORA OS PODERES TIRANICOS DA DITADURA ESTREMECEM, REFLETIR LUNDA TCHOKWE




Quando lemos a Biblia, no capitulo da história do povo Judeu, vem me a mente, passar do antigo testamento para o novo testamento, é apenas uma questão de virar uma página, segundo os erúditos, aquela correspondente a Malaquias 5, para Mateus 1.



O exilio Babilônico, é o facto fundamental mais efectivo e histórico, que modifica o pensamento hebraico, porque o Reino do sul de Israel, Judá, vai para o exilio como israelita, mas voltam de lá anos mais tarde  como Judeus (viemos como tchokwe iremos voltar como angolanos). O facto relevante para o exílio Babilônico, tem início no século VIII A.C., conforme narrativa do livro de 2 Reis. Em 722 A.C., após um longo cerco, a cidade de Samaria, Capital do Reino do Norte, caíu em poder dos Assírios, deportando para a Assíria a maioria dos seus habitantes, e substituindo os restantes, pelos seus próprios povos ou seja povo Assírio, destruindo para sempre o Reino do Norte de Israel.



Mais de cem anos (+100), depois o Império Babilônico, subjuga a rebelde Judá, o fragmento remanescente do Estado originalmente criado por David e Salomão. Em 597 A.C., a família real é capturada e deportada para a Babilônia, junto com a maioria da população de Jerusalém. Em 587 A.C., a cidade é destruida, o templo é reduzida a cinzas, e Judá apagado das páginas da história. As condições de exílio são desconhecidas, mas a escravatura em qualquer parte do mundo e epoca não é luxo.



Os deportados foram assentados em comunidades mesopotámicas perto de rios ou canais de irrigação e ficaram com algum grau de liberdade local, mas como escravos e fora de sua terra originaria. Podiam casar e levar uma vida familiar normal. Pradigavão a sua religião e os seus costumes culturais. Quando o edito de Ciro foi promulgado em 538 A.C., permitindo a repatriação, muitos preferiram permanecer em Babilônia, furtando-se aos perigos e incertezas da vida em sua empobrecida ex-patria – uma terra que muitos deles jamais vira. Afinal de contas, o cativeiro Babilônico dura mais de 70 anos..(.A Lunda Tchokwe 1895 – 1975 Portugal e 1975 – 2015 Anexação angolana ou seja colonização).



A comunidade judaica na Babilônia cresceu e prosperou, até ao século X depois de cristo, apesar de episódios de perseguição, e dando ao judaísmo alguns dos mais autorizados pesquisadores e comentadores da Lei.



Na Babilônia, os judeus ou israelitas, uma das principais ocupação era o estudo e a copia dos documentos que escaparam ao incendio do templo e foram levados pelos judeus para o cativeiro. A arca da aliança e seu conteúdo tinham desaparecido para sempre. A única prova material da existência de Israel passa a ser palavra escrita, (tal igual a Nação Lunda Tchokwe, a sua existência graças a escrita, os seus tratados com Portugal que estavam desaparecidos, hoje uma prova material autentica da nossa luta). Dai a importancia de os Israelitas de organiza essa palavra escrita como substituto para as outras evidências concretas então perdidas.Inicia-se a composição de um CANON escritural formal, que só será fechado no segundo século D.C.!



Os exilatos não podiam evitar as influências culturais estrangeiras, que se revelam na adopção de nomes Babilônios e no uso do calendário babilôinico. A principais influência está na substituição da línguagem hebraica, pela linguagem aramaica. Ler os livros Biblicos de Neemias, Esdras sobre a lei Mosaica, cerca de um século depois do retorno do exílio.



Os livros do antigo testamento da Biblia Sagrada, relatam um período conturbado e obscuro, sujeito a interpretações divergentes. Tudo era escaso e dificil para os retornados a jerusalém, sobretudo na provincia persa de judeia. Os retornados reivindicavam a terra que estava em outras mãos, o que não foi bem recebida por aqueles que ficaram. Desenvolveram-se desigualdades de classe, e os impostos eram penosos. A Monarquia Davidica havia desaparecido...



Resumindo, dos Patriarcas até Neemias: 2000-1750, os patriarcas Abraâo, Isaque e Jacó; 1750 – 1350, Israel no Egipto; 1350 -1310, a conquista de Canaâ e o Templo dos Juizes, Moises e a saída do Egipto; 1032 – 1012, Saul, o primeiro Rei do Israel; 1012 – 972, Rei David; 1004 , o Rei Salomão e a construção do primeiro templo; 972 – 932, Jerusalém é capital de Israel; 932 – 875/ 854, divisão do reino em Israel e Judá, o Rei Acabe e o profeta Elias. O período intertestamentario, isto é 854 até 332 A.C., temos os seguintes acontecimentos que vão até o ano 37 á 4 D.C., ou seja em 332 Alexandre Magno conquista Jerusalém; 301 – 233, Israel e Judeia sob dominio dos Ptolomeus; 223 – 184, Antíoco ocupa Jerusalém; 175 – 165, revolta dos Macabeus contra Antíoca VI, os últimos eventos demonstra a luta titanica para a ocupação de jerusalém, isto é, 165, 63 e o ano 37 á 4, Judas Macabeu liberta Jerusalém e reconsagra o templo, os Romanos reconquistam Israel e Judeia, finalmente o Herodes o grande Governa.


O TIRANISMO ANGOLANO NA LUNDA TCHOKWE

Jerusalém, um povo diferente, uma história diferente, época diferente, um continente diferente, mas que pode ter semelhança a sua história com o povo Lunda Tchokwe, no último século da historia moderna do mundo contemporâneo.


Os últimos acontecimentos, os dossiers que endereçamos a Presidência e o Presidente José Eduardo dos Santos, estão ignorados e absolutamente silenciados,  porque quem cala consente, o Presidente não fala, porque sabe que usurpou a Lunda, tal como a história de Israel nos mostra ao longo dos séculos. Confira os vários documentos, cartas e dossiers endereçados ao Presidente José Eduardo dos Santos, até a presente data sem resposta:


·        Carta sobre os 10% Imposto Industrial, 10% Royalty, Fevereiro 2015;
·        Carta da Autoridade do Pode Tradicional Lunda Tchokwe, Setembro 2014;
·        Carta pedido esclarecimentos do silêncio do Governo, Março 2014;
·        Carta Pedido de Audiência, Setembro 2013;
·        Carta Pedido de Manifestações, Agosto/Julho 2013;
·        Dossier Carta Magna Lunda Tchokwe, Agosto 2012;
·        Dossier Reforçando pedido para o Diálogo, Maio 2012;
·        Dossiers Pedido de Diálogo, Setembro 2011;
·        Dossiers Pedidos de Soltura de Activistas presos, Fevereiro 2009;
·        Dossier Nota de remessa do Estatuto de Autonomia, Novembro 2008;
·        Dossiers Manifesto Jurídico Sociológico do Protectorado, Agosto 2007.


Vamos todos refletir a questão da Lunda Tchokwe, comunidade internacional tem á palavra...