segunda-feira, 31 de agosto de 2015

EM VESPERA DA VISITA DE JES NA LUNDA NORTE PARA INAUGURAR CONDOMINIO COM SEU NOME, DUPLICOU CAMPANHAS DE INTIMIDAÇÕES, DE PERSEGUIÇÕES A MEMBROS DO PROTECTORADO E DA AUTORIDADE DO PODER TRADICIONAL

EM VESPERA DA VISITA DE JES NA LUNDA NORTE PARA INAUGURAR CONDOMINIO COM SEU NOME, DUPLICOU CAMPANHAS DE INTIMIDAÇÕES, DE PERSEGUIÇÕES A MEMBROS DO PROTECTORADO E DA AUTORIDADE DO PODER TRADICIONAL


A movimentação dos preparativos da visita de José Eduardo dos Santos na Lunda Norte, para o próximo mês de Outubro de 2015, é visível, cujo objectivo centraliza-se na inauguração da centralidade que leva o seu nome, cuja as obras de durabilidade duvidosa e paliativas foram executados pela empreitada Chinesa que não corresponde com as expectativas do povo queira o estilo arquitectónico e o preço da comercialização dos apartamentos numa região onde o nível de desemprego é um facto alarmante.


O representante de governo de José Eduardo dos Santos/MPLA naquela parcela do território da Nação Lunda Tchokwe, havia dito que com a sua nomeação a Lunda Norte iria brilhar mais do que o diamante, Ernesto Muangala, hoje é visto como uma personagem não grata sobre tudo aos habitantes de Calonda que o consideraram de um dos pior desgovernante, e nada ter feito para a melhoria daquela vila minera, em escombros sem água canalizada e luz, escolas e hospitais etc; O povo cansado de promessa pedem cobro as ridiculoso promessas mentirosas, o que leva o actual representante sacudir o pó de inocência, sem solução aplausível.


 De recordar que a ultima vez que José Eduardo dos Santos visitou Lunda Norte, foi em Março de 2012, na sua campanha eleitoralista, num comício  no Dundo, disse que o “Diamante da Lunda Tchokwe, não valia para nada, nem servia para a construção da estrada, entre Xá-Muteba até Saurimo, ou Luena e Dundo”, mas a verdade é contrária aos pronunciamentos do Presidente Angolano, que seus filhos, amigos e Generais das Forças Armadas Angolanas são os donos das minas de diamantes em toda a extensão do território Lunda Tchokwe, em detrimento dos nativos que diariamente mortos sofrem represarias e violação de Direitos humanos por  empresas afectos direita ou indiretamente ao Sr. Presidente de Angola.

                                                                                       
Obviamente trata-se duma visita de charme que o  Presidente José Eduardo dos Santos faz, mais de concreto não traz benefícios aos nativos pelo facto o aparecimento da referida centralidade vem necessariamente como centro de alojamento da sua mão-de-obra expatriados, parentes projetados para colonizar o nosso povo com Bilhetes de identidade Lunda, adquirido ilegalmente nas instituições afectos ao seu governo no estrangeiro deslocam para aquele território da nação Lunda Tchokwe como nativos.


 A Lunda Tchokwe enquanto território subjugado de Angola não há esperança de que uma mudança melhor poderá acontecer para o bem-estar do seu povo; O Lunda Thokwe é  por Nação Estado e não Estado Nações. O povo cansado das mentira há 40 anos de independência de Angola e da submissão da nossa soberania achamos insulto as designações toponímicos de seus nomes em espaços da nossa nação.


O Presidente José Eduardo dos Santos, não será capaz de dizer ao povo Lunda Tchokwe; os negócios com a China, não será capaz de dizer que o Movimento do Protectorado é um facto e qual é a solução, não irá justificar onde levaram os 174 cidadãos nacionais Lunda Tchokwe desaparecidos desde Junho último na localidade de Cafunfo, entre vários assuntos pendentes com as promessas durante o ano de 2012. Muito menos dira os lucros e rendimentos dos diamantes e a madeira que a China esta a explorar.


A máquina belicista do regime tirânico, ditatorial e colonizador, mexe com a sociedade, com a presença massiva de militares, policias, agentes da secreta, etc, etc,.


Esta visita de Eduardo dos Santos, reveste-se de muita coisa escondida, visita madreira, para acalmar os ânimos do nosso povo que clama pela sua Autonomia, da Juventude, das mamas e até dos professores e enfermeiros, visita cheia de muitos truques a mistura, dentro de jogadas económicas com a comunidade internacional a mistura, quando fontes diplomáticas em Lisboa, denunciam a presença de emissários de Luanda para comprar a consciência dos Políticos Portugueses contra a reivindicação autonomista da Lunda Tchokwe.


Essas denuncias, vem também da sede da ONU e no seio de alguma organizações internacionais, José Eduardo dos Santos quer matar o coelho com uma só cajadada, quer com essa viaje ofuscar o Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, numa altura em que mais de 12 cartas a si endereçadas nunca as respondeu, da autoridade do poder tradicional e da European Free Alliance.


Voltaremos ao assunto nas proximas edições



sábado, 29 de agosto de 2015

GENERAIS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA TENTAM DIÁLOGAR POR VIA DE FREQUÊNCIAS BAIXAS COM PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE

GENERAIS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA TENTAM DIÁLOGAR POR VIA DE FREQUÊNCIAS BAIXAS COM PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE


Um alto oficial da casa de Segurança da Presidència da República telefonou a Líderança do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, propondo um encontro com os Generais da Inteligência da casa militar, de acordo com o mesmo, o encontro seria com entidade maxíma da referida casa militar, para o efeito, usou sempre o mesmo numero de telefone fixo daquela instituição do governo angolano.


A líderança do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, não acreditou no telefonema, dai a razão de não ter ido ao encontro, porque essa não é a via oficial para tratar este assunto, ainda que o encontro tenha carácter confidêncial, mercia no minimo de um convite por escrito e por via protocolar, tal como o movimento faz quando contacta as autoridades do Governo Angolano.


O Movimento do Protectorado esta disponível de encontrar-se com quaisquer entidades governamentais angolanas, sejam elas militares, policiais ou de âmbito civil e politico, para se chegar a um acordo que dê  resposta às aspirações das partes, sempre no interesse superior da soberania colectiva, na diferença com a manutenção da unicidade heterogéneo de Angola, para a construção em conjunto de uma sociedade livre, justa, democrática,  solidária, de paz na divergência, com o respeito as legitimas diversidades, progresso social, e o direito dos povos a sua autodeterminação (Autonomia).


As chamadas telefonicas, não garantem a autenticidade, nem garantem segurança e fiabilidade, por esta razão a Líderança do Movimento do Protectorado, esta aberta e disponível para o “Diálogo”, sempre por via protocolar e administrativo. As chamadas telefonicas podem confundir, podem não ser os alegados Generais da Casa Militar da Presidência da República.


Nos meses de Junho e Julho do corrente ano, uma fonte do SINSE que pediu anonimato, havia denunciado que, agentes da secreta angolana, tinham orientações superiores, estavam a procura nos bairros perifericos de Luanda o Presidente do Movimento do Protectorado José Mateus Zecamutchima, o objectivo nunca foi revelado, enquanto uma chamada telefonica solicita um encontro com altos Generais.


Informações de fontes dignas de confiança, alegam que o Governo Angolano, enviou uma Missão para Portugal, a ONU e a EFA – European Free Alliance, para tentar influênciar diplomáticamente, inviabilizar qualquer tipo de reconhecimento da luta do povo Lunda Tchokwe, na europa e nas instituições internacionais.



A mesma fonte, disse que, o primeiro passo conciste no esvaziamento dos Partidos da Oposição Angolana, depois vem o processo do Protectorado Lunda Tchokwe, estas matérias e outras vão ser muito mais desenvolvidas na proxima edição.

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

MOVIMENTO DO PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE ENDEREÇOU UMA MISSIVA AO PRESIDENTE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, EXIGINDO AUTONÓMIA COM MANIFESTAÇÕES PACIFICAS A VISTA

MOVIMENTO DO PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE ENDEREÇOU UMA MISSIVA AO PRESIDENTE JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS, EXIGINDO AUTONÓMIA COM MANIFESTAÇÕES PACIFICAS A VISTA




Uma carta da Presidência do Movimento do Protectorado Lunda Tchokwe, fez entrada nos serviços protocolares da Presidência da Republica de Angola á 14 do corrente mês, carta que  o Jornal Manchete tornou publico esta sexta feira 28 de Agosto de 2015.


O Presidente do Movimento do Protectorado José Mateus Zecamutchima, insiste no diálogo como saída, em defesa da Autonomia sob fundamento jurídico do direito internacional comparado, como a Escocia e Irlanda do norte no Reino Unido, um direito processual aplicável, e os principios Universais de “Qui tacet consentit, de Jus Cogens Internacional e de Pacta Scripta Sunt Servanda”. 


A missiva lembra que, a Lunda Tchokwe defende o seu legítimo direito, histórico natural em conformidade  com  os artigos 19.º, 20.º e 21.º da Carta Africana dos Direitos Humanos e dos Povos, que Angola aderiu em 1991, atráves da Resolução N.º1/91 de 19 de Janeiro, publicada no Diário da República N.º 3/91 e os plasmados da Declaração Universal dos Direitos Humanos e da Carta da ONU.


Lembra que, endereçaram mais de 12 Cartas ao Presidente José Eduardo dos Santos, adiciona-se a estas, a Carta da Autoridade do Poder Tradicional em Setembro de 2014 e a carta vinda da European Free Alliance, uma agrupação de 45 Partidos da União Europeia em Maio último, onde pedem o fim com as violações aos Direitos Humanos e o restabelecimento da Autonomia da Lunda Tchokwe, estas cartas continuam sem resposta, o que preocupa o Presidente do Movimento Mateus Zecamutchima e a autoridade do Poder Tradicional.



A carta que temos vindo a citar, que foi publicado no Jornal Manchete, pede solução política inclusivo e pacifico a paz e a estabilidade sustentável, pela via do diálogo conforme pronunciamentos do próprio Presidente José Eduardo dos Santos, de que a “regra da resolução de conflitos deve ser o diálogo e o debate franco e aberto, como forma de alcançar o consenso”, quando discursava na abertura do fórum Pan-africano “fundamentos e recursos para uma cultura de paz”, que decorreu de 27 à 28 de Março 2013 em Luanda, numa organização conjunta da UNESCO, União Africana e o Governo angolano.


Na Carta, José Mateus Zecamutchima, disse que o Movimento do Protectorado vai continuar a insistir para  que haja diálogo com o Governo Angolano, e, tão logo estejam esgotadas as tentativas não terá outra saída que não seja a realização de Manifestações Pacificas  nos termos do artigo 47.º da constituição de Angola de 2010 e da Lei sobre o direito de reunião e das manifestações, Publicada no Diário da Republica n.º 20, I Série de 11 de Maio de 1991, para exigir do Governo o direito á Antonómia Lunda Tchokwe.





quarta-feira, 26 de agosto de 2015

A EVOLUÇÃO POLÍTICA DE AFRICA E A LUNDA 1884 – 1891

A EVOLUÇÃO POLÍTICA DE AFRICA E A LUNDA 1884 – 1891



1.- O Estado Independente do Congo
1.1.- A Conferência Geográfica de 1876 e a Associação Internacional Africana

A partir de 1875 a LUNDA começou a despertar as ambições e a curiosidade das potências Europeias, interessada na exploração do interior de África, Portugal, Alemanha, Bélgica e outros, assistiu-se a uma inesperada «corrida para África», a procura de ocupações de vastas terras para facilitar o comércio, justificado com a pretensão de civilizar os indígenas do continente negro.

A Leopoldo II da Bélgica estava reservado o papel de primeira plana na mobilização das inteligências e dos capitais para o continente negro. Enfadava-se ele com os papéis passivos a que o trono da Bélgica o sujeitara: ser rei constitucional e ser neutral. Sentia, por isso, ânsia de sair dessa apatia.

Profundamente impressionado com as narrativas das explorações feitas no continente Africano por David Livingstone, Cameron e Stanley, LEOPOLDO reuniu em 12 de Setembro de 1876, no seu palácio em Bruxelas, uma conferência geográfica, a cuja sessão inaugural ele próprio presidiu.

No discurso de abertura, definiu ele os fins humanitários e científicos que urgia levar acabo em toda África, particularmente na região da África Austral e Central.

Este era o único interesse dos Europeus em África?..

No dia 14, dois dias depois, decidia a conferência Geográfica constituir «uma comissão internacional de exploração e de civilização da África central e comissões nacionais que se manteriam em contacto com a comissão, com o fim de centralizar, tanto quanto possível, os esforços feitos pelos nacionais e facilitar, pelo seu concurso, a execução das resoluções da comissão», e entregava ao rei dos Belgas a presidência da Comissão Internacional, que formava um Comité Executivo destinado também a assistir o presidente.

Dele fizeram parte, desde logo, o Sr Quatrefages por parte da França, o Sr Bartle Frere pela Grã-Bretanha e o Sr Nachtigal pela Alemanha. Vários foram os países onde se constituíram Comissões Nacionais. Em PORTUGAL criou-se na Sociedade de Geografia de Lisboa uma comissão presidida pelo Visconde de S. Januário. Contudo, foi o Comité Nacional Belge, criado em 6 de Novembro desse ano, o que se mostrou mais activo.

Assim nascia a Associação Internacional Africana com o fim de «ouvrir à la civilisation la seule partie de notre globe où elle n’eût pas encore pénétré», explorando cientificamente a áfrica, estabelecendo vias de comunicação e abolindo a ESCRAVATURA.


Ainda a Associação não tinha assentado definitivamente no seu programa de acção, e já, em 21 de Junho de 1877, a comissão internacional se ocupava da escolha de uma bandeira. Acordou-se logo que não podia a obra adoptar pavilhão que pertencesse a algum país ou outra associação. Sugeriu-se, para insígnia, o leão belga, depois a esfinge, como alusão ao enigma da África, mas, finalmente, aceitou-se o fundo azul com uma estrela de ouro.


1.2.- O «Comité d’Etudes du Haut-Congo»

“Como compreender a questão da LUNDA se não voltarmos as origens das intenções Europeias em África, e, agora, as ambições do neocolonialismo africano, justificados com a nova era do desenvolvimento e saque sistemático das riquezas, a expropriação das terras, as violações, torturas bem como a nova fórmula da escravatura em pleno século XXI”.

Nesta mesma reunião decidiu a comissão internacional organizar uma série de expedições tendentes a penetrar no coração do continente por Zanzibar e pelo Congo. O Comité Nacional Belge tomou a seu cargo a fundação de posto no baixo Congo.

De regresso à Europa da sua viagem através da África equatorial, encontrava Henry Staley, em 1878, dois delegados do rei dos Belgas em Marselha com a proposta de ele entrar ao Serviço da Associação Internacional. Henry Stanley, que tinha em mente criar uma grande sociedade anónima de exploração na bacia do Congo, não quis dizer a sua última palavra sem primeiro sondar a opinião pública da Inglaterra e despediu os delegados de Leopoldo II com evasivas.

Mas nem na Inglaterra, nem na América, nem na França, conseguiu congregar as vontades e os capitais para a sua empresa. Voltou-se então, e agora decididamente, para a Bélgica. É entusiasticamente recebido em Bruxelas. Em contacto directo com o rei dos Belgas, ouviu dele o pedido para voltar a África, completar a exploração do Congo com fins «CIENTÍFICOS, FILANTRÓPICOS E COMERCIAIS» e fazer alianças com os chefes indígenas.

Destas diligências e intenções surgiu em 25 de Novembro de 1878, sob a presidência de STRAUCH (era também secretário da associação internacional africana), com o capital de um milhão de francos, o Comité d’Études du Haut-Congo, modesto título que encobria a verdadeira identidade do que em 1882 se chamou a Associação Internacional do Congo.

Para Henry Stanley, era seu intento declarado cooperar com a Associação Internacional Africana na obra de civilização e exploração da África.

Logo em 23 de Janeiro de 1879, no maior segredo, deixava Henry Stanley a Europa à cabeça de nova expedição. No dia 10 de Maio estava ele em Zanzibar e aqui anunciou que em breve iria dar início à sua exploração. Tal declaração tinha por fim apenas insinuar as boas intenções de colaborar com a Associação Internacional.


Mas em 24 de Julho deste mesmo ano chegava à Serra Leoa, sob o nome de SWINBORNE, para recrutar pessoal. É tomado ali por mais um traficante de escravos e obrigado então a revelar a sua identidade. No dia 14 de Agosto, tocava a embocadura do ZAIRE, onde já o esperava uma flotilha mandada pelo Comité d’Études, e, uma semana depois, o ilustre explorador subia o rio.


Por sugestão de Henry Stanley, o rei Leopoldo decidira tomar por bases Banana e Boma, em vez de Bagamoio e Zanzibar.

O Comité d’Études depressa deixou transpirar o fim comercial e politico por que se constituíra, em oposição ao fim científico e filantrópico da associação internacional africana.
Sob a bandeira simpática desta, começou ele por estudar a ligação marginal do curso superior do rio Zaire com o seu estuário marítimo, que tinham entre si a separá-lo 83 quilómetros de cataratas. Para isso e para assegurar uma comunicação contínua às explorações a que ia procedendo, foi semeando ao longo do Congo postos ou estações.

Dado que não era apenas o Comité d’Études a pretender atrair para si os comércios sertanejos, atentas também as dificuldades de simples drenagem marginal dos produtos, e devido, sobretudo, aos interesses alheios que se estavam empenhando ao mesmo tempo nos tratos do zaire, Leopoldo II lançou-se abertamente na aquisição de pretensos direitos soberanos sobre os territórios e seus chefes indígenas, e no desejo de alcançar a zona marítima do rio.

Em cinco anos foram celebrados mais de quinhentos (500) Tratados com os chefes indígenas, foram estabelecidas quarenta (40) estações e cinco navios a vapor navegavam no Congo. Estava terminada, pois, a missão ostensiva do Comité d’Études. Era agora a vez de a Associação Internacional do Congo entrar em cena.


A Associação Internacional Africana não pôde receber dos comités nacionais o auxílio que esperava. Não conseguiram estes interessar a opinião pública dos seus países e tiveram de colocar-se aos poucos sob patrocínio dos respectivos Governos. Deste modo começou a desenhar-se uma cisão táctica entre si e o Comité internacional. O certo é que só o rei dos Belgas se achava inteiramente empenhado na existência da Associação. Por isso, teve ele de garantir-lhe um milhão de francos anuais.

Até 1882,a Associação Internacional Africana, que perdera o caracter de geral, que era a sua essência, não se reunira uma só vez. Neste ano, porém, na sua primeira reunião, fundiu o Comité d’Études du Haut-Congo com a Associação Internacional do Congo.

1.3.- O Estado Independente do Congo

A penetração que a Associação Internacional do Congo estava realizando em Africa suscitava dois problemas: um, relativo à aquisição de territórios segundo o direito Internacional da época; outro, concernente à cessão feita pelos chefes indígenas. Tratando-se de territórios frequentemente habitados por povos, não podia proceder-se a uma ocupação pura e simples. Era necessário que a tomada de posse se fizesse com expresso consentimento da AUTORIDADE NATIVA, consentimento esse que devia ser dado sem pressões, com inteira liberdade, consciência e segundo os usos do país.

Henry Stanley e seus agentes tivessem concluído tantas convenções com os chefes Tribais ou com simples Régulos ou sobas menores.

Quando Morgan, em 26 de Março de 1884, apresentou ao Senado dos Estados Unidos de América (EUA), um relatório sobre a questão das relações que deviam estabelecer-se entre a República e os «os habitantes da bacia do Congo em África», foram feitas consultas a TRAVERS TWISS e a ÉGIDE ARNTZ sobre se tais cessões investiriam a Associação Internacional do Congo na soberania de Estado. A resposta de ambos foi afirmativa.

Já treze dias antes, FRELINGHUYSEN, secretário do Departamento de Estado, declarava que nenhum princípio de direito internacional era contrário a que uma associação filantrópica criasse um Estado.

 Conferiram à Associação Internacional do Congo pode obter o reconhecimento de outras nações, precisamente porque esta associação prova a sua existência como um governo de direito… Se subsiste alguma dúvida sobre a soberania, ou o território, ou os sujeitos, a interpretação entre as tribos indígenas que concluem tratados com a Associação oferece uma garantia bastante aos outros povos para que reconheçam a Associação como um Governo de facto.
MORGAN, relator do parecer do Comité dos Negócios Estrangeiros do Senado norte-americano, concluía, portanto, pelo reconhecimento da Associação. E, em 22 de Abril de 1884, uma declaração assinada por Frelinghuysen, autorizado pelo presidente e pelo Senado, aprovava «o fim humanitário e generoso da associação internacional do Congo, gerindo os interesses dos Estados Livres estabelecidos (sic) naquela região», e dava ordem aos funcionários dos Estados Unidos, no mar e em terra, de reconhecerem a bandeira da Associação como de um Governo amigo.

Em 23 de Abril deste mesmo ano, a Associação prometia à França o direito de preferência, se, por circunstâncias imprevistas, tivesse de alienar as suas possessões. No dia seguinte o Governo Francês aceitava esse compromisso e obrigava-se, por seu lado, a respeitar as estações e territórios livres da Associação e a não levantar obstáculos ao exercício dos seus direitos.

Não parou a Associação de angariar de outras potências o reconhecimento do seu pavilhão como de um Estado amigo. Assim, celebrou convenções com;

·        Alemanha no dia 8 de Novembro de 1884
·        Grã-Bretanha no dia 16 de Dezembro de 1884
·        Itália no dia 19 de Dezembro de 1884
·        Áustria-Hungria no dia 24 de Dezembro de 1884
·        Países Baixos no dia 27 de Dezembro de 1884
·        Espanha no dia 7 de Janeiro de 1885
·        França e Rússia no dia 5 de Fevereiro de 1885
·        Suécia e Noruega no dia 10 de Fevereiro de 1885
·        Portugal no dia 14 de Fevereiro de 1885
·        Dinamarca no dia 23 de Fevereiro de 1885.

Em 23 de Fevereiro de 1885 eram trocadas declarações entre o Governo da Bélgica e a Associação. Até este dia todas as potências representadas na Conferência de Berlim, com excepção da TURQUIA, tinham reconhecido a Associação Internacional do Congo (6).

Do final da Conferência de Berlim resultara o reconhecimento por todas as Potências participantes de que a Associação formava um Estado soberano e independente, cujo chefe era o rei LEOPOLDO II. Em 1 de Julho de 1885 a fundação era proclamada em BANANA, e, no dia primeiro do mês imediato, isto é, Agosto, o rei dos Belgas, autorizado pelas câmaras, era investido na chefia do novo Estado e declarava-se neutral.

Assim surgia a «mais contraditória das criações da história contemporânea» (7), o Estado Livre do Congo, por obra e graça da fantasia diplomática da Conferência de Berlim.

«O Estado Independente do Congo – dizia H.L. Samuel na Câmara dos Comuns em Lisboa em 20 de Maio de 1903 – nasceu do consentimento das grandes potências, e foi atribuído não a um país, mas a uma personalidade, ao rei dos Belgas» (8). O Estado era LEOPOLDO II; as suas receitas eram os milhões desse rei Liberal, que no início, ao menos aparentemente e com gáudio de toda a Europa, mormente das fábricas de Manchester, queria organizar um Estado sem cobrar impostos.

Em 1889 LEOPOLDO II fazia testamento em que legava o Congo à Bélgica; em 20 de Agosto de 1908, não sem muitas e acaloradas discussões, a Câmara votava a sua aceitação, e a anexação fazia-se solenemente. Dir-se-ia que a Bélgica aceitou o Congo com tanta má vontade quanta foi a sua boa vontade de o entregar, passado pouco mais de meio século. «Água o deu, água o levou» - diz um rifão do povo.

Assim nasceu o Estado Independente do Congo. Criado para servir em proveito das várias potências EUROPEIAS na grande bacia do Zaire, em breve se foi moldando a servir, quase em exclusivo, os seus próprios interesses.
Fontes:

…(6),(7) e (8) – Mas as fronteiras definitivas do Estado Independente do Congo só foram determinados mais tarde: a sul, de acordo com Portugal, em 1891 no conflito entre a Bélgica sobre a Questão da Lunda 1885-1894; a sudeste, com a Inglaterra, em 1894; a norte, com a França em 1894; a nordeste, com a Inglaterra em 1906; a este, com Alemanha, em 1910.
…() In Jornal do Commercio, n.º 11.223, de 30 de Abril de 1891:« A partilha de África», in nouvelle Revue.

…() In.NYS, Ernest –Ibidem, p. 21 este autor insurgiu-se contra o facto de se pretender (segundo ele) que o Estado independente do Congo é fruto da diplomacia da Conferencia de Berlim,  e defendeu que ele é anterior, como Estado, a esta conferencia.

terça-feira, 25 de agosto de 2015

ZUNGUEIRAS NA LUNDA SUL, UMA TAREFA HUMILHANTE EM BUSCA DE SUSTENTO E SOBREVIVÊNCIA

ZUNGUEIRAS NA LUNDA SUL,  UMA TAREFA HUMILHANTE EM BUSCA DE SUSTENTO E SOBREVIVÊNCIA



O fenómeno é muito novo , não faz parte da nossa cultura social, nunca tinha sido práctica das populações deste território ou Nação Lunda Tchokwe, independentemente da nossa pobreza, da falta de oportunidades de emprego, que na realidade não existe e, continuará assim se não ouver mudanças radicais do regime colonizador em substituição a um governo Autonomo.


A zungaria nunca foi uma cultura de práctica comercial Lunda Tchokwe. Essa practica não dignifica nem honra o comerciante do século XXI, da era da tecnologia e da globalidade. Na cidade de Saurimo a Zungaria tomou conta da urbe, desde as crianças menores de idade que deveriam estar nas escolas, que também não existe, as mulheres e a Juventude desgraçada, sem opções, se ir ao garrimpo é morto a tiro pelas forças do regime tiranico e colonizador.


Estas mulheres batalhadoras, que transportam a vida de todos nós no dia á dia, que não tiveram a oportunidade de ir para uma escola e se formar, porque não existe escolas, que teve filhos na sua inocência, mas que todos os dias enchem as ruas da cidade de Saurimo, transportanto mais de 50 Kgs de produtos na cabeça e ainda com o filho nas costas, parte as 5 horas da manhã, volta á casa as 19 horas, com 100,00 Kz, actividade que se repete todos os dias de semana.


As actuais politicas governativa é de aumentar a zungaria na cidade de Saurimo. Pelo facto essa actividade ter ganho proporções alarmante na localidade, desde que o governo expropriou dos munícipes o mercado informal ora o único existente no centro urbano, Como alternativa os vendedores do ex-mercado zungam bens de consumo, de porta à porta, queira nos estabelecimentos de instituições públicos como nas residências.


Com o agravante a rádio local anunciou a criação dum novo recinto de comercio informal a 12 Km fora do casco urbano no Mpimbe Vista naturalmente impressionante para quem visita de saída ou entrada em Saurimo à Luanda. Que controversa, em Luanda a tendência é de se combater a zunga mais aqui os incentivos de se aumentar é cada vez maior.


A realidade é outra, 40 anos passam da independência de Angola e da submissão da Nação Lunda Tchokwe, as mesmas pessoas no governo, o mesmo governo, a mesma rotina, as mesmas mentiras, as mesmas promessas, o mesmo circulo vicioso, as mesmas mentes bloqueadas, que não terão nenhuma alternativa para o nosso povo que, cada dia que passa a miséria tornou-se numa doença crónica, que medicamento nenhum trazido pelo regime tiranico e colonizador JES/MPLA conseguirá remover o virús.



A única alternativa, passa pela AUTONOMIA como a ESCOCIA no REINO UNIDO ou pela nossa própria Independência já que o regime tiranico JES/MPLA não quer diálogo, continua a fazer vista grossa a reivindicação legítima do nosso direito natural, devemos confiar em primeiro lugar na nossa própria determinação, na nossa própria união, assim acabaremos com a miséria, acabaremos com a zungaria e teremos finalmente dignidade, a mesma zungaria passa-se em Menongue, no Luena, no Dundo e em outras cidades da vasta Lunda Tchokwe.


sexta-feira, 21 de agosto de 2015

PROFESSORES CUBANOS ABANDONAM LUEJI AKONDA NA LUNDA SUL POR CAUSA DA CRISE ECONÓMICA E A FALTA DO CUMPRIMENTO DO ACORDO POR PARTE DO GOVERNO ANGOLANO

PROFESSORES CUBANOS ABANDONAM LUEJI AKONDA NA LUNDA SUL POR CAUSA DA CRISE ECONÓMICA E A FALTA DO CUMPRIMENTO DO ACORDO POR PARTE DO GOVERNO ANGOLANO


Não é para menos a crise do petróleo mexe com a cooperação académica na escola superior Politécnica da Lunda-sul em Saurimo. 


Mais de 26 docentes cubanos da Escola superior politécnica da Lunda-Sul em Saurimo deixam de leccionar na mediana do ano académico 2015, por falta da liquidez da divida dos contrato entre governo angolano com Cuba.


O primeiro contingente partiu de regresso na manha do dia 20 de Agosto para depois em Setembro o restante com destino à Havana. Desta feita ficará mais de 52 disciplinas naquela instituição académica sem os devidos docente.


Cada professor cubano que leccionava em duas cadeiras diferentes, deixam um vazio que a instituição pensa numa solução paliativa, colocar alunos monitores com o aproveitamento acima de 14 valor cuja a ridícula solução não substituem os dote profissional ou melhor talento pedagógico. Ficarão apenas 16 docentes, lamentou o Cubano que com desabafo disse não entender as politicas desse país com tanto dinheiro que se gasta não consegue investir na formação do homem.


Findo o recurso de negociação da divida outrora com o vice presidente cubano, é ponto acente que o Governo Cubano achou pôr o fim da permanência do seu efectivo que o reduzirá a estaca zero até o Governo Angolano cumpre com a sua parte, segundo fontes em Luanda.


Mais além o docente disse; Angola não tem pessoas sérias de palavras sérios e verdadeiramente patrióticos. Angola não é um pais para mono dependência para chegar ao estremo de mono-dependência productivo; onde vai os diamante o peixe, o ouro, o granito negro a água, o petróleo e a madeira explorada pelos Chinese nestas paragens?


País com um potencial agrícola de virgindade mundial.



Um país com uma força productiva maioritariamente jovem, submergido numa pobreza acentuada; é triste.  

terça-feira, 18 de agosto de 2015

CONFLITOS ETNICOS RETORNAM NA LUNDA TCHOKWE POR INCENTIVAÇÃO DO REGIME TIRANICO DE ANGOLA

CONFLITOS ETNICOS RETORNAM NA LUNDA TCHOKWE POR INCENTIVAÇÃO DO REGIME TIRANICO DE ANGOLA





Há tumultos na localidade da Muxinda ao municipio de Capenda Camulemba, com um cidadão gravemente atingida com catana na cabeça, pode morrer, a ferida é grande, tudo por causa de conflito étnico entre Tchokwes e Bangalas.


De acordo com testemunhas, no domingo 16 de Agosto de 2015, alguns cidadãos da etnia bangala, incentivados pelas autoridades locais, enviaram um palhaço na Igreja denominada Messagem no momento em que seus crentes se encontravam no culto dominical, o referido palhaçoa para além de ter interrompido o culto, desligou o gerador que na altura estava a dar energia aos equipamentos musicais.


A Igreja que maioritariamente é frequentada pelos cidadãos nacionais tchokwe, para além de outras etnias, inclusíve bangalas, não admitiram a brincadeira, expoletou uma confusão que obrigou a presença da Policia Nacional no local, onde prenderam algumas pessoas, todos eles da etnia bangala.


Segundo relatos, estas pessoas ficaram 48 horas presas, postos ontem em liberdade, hoje resolveram invadir a referida igreja com catanas, machados destuiram completamente a estrutura e há neste momento enorme confusão na Muxinda, sob olhar e ignorancia total da administração e da policia.


A população acha que, a acção tem a mão invissível das autoridades do regime tiranico.


Por Teofilo em Capenda Camulemba


segunda-feira, 17 de agosto de 2015

MORTES E ASSASSINATOS SILENCIADOS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015, DIZ O RELATÓRIO DO SECRETARIADO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS E HUMANOS DO PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE

MORTES E ASSASSINATOS SILENCIADOS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2015, DIZ O RELATÓRIO DO SECRETARIADO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS E HUMANOS DO PROTECTORADO LUNDA TCHOKWE



O Secretariado Nacional dos Direitos Fundamentais e Humanos do Movimento do Protectorado, divulgou esta segunda  feira 17 de Agosto de 2015, seu relatório do primeiro semestre do corrente, atráves do Núcleo de Estudo da Violência, onde apresentou mais de 20 cidadãos da Nação Lunda Tchokwe, assassinatos em cuja autores materias ou seja assassinos bem identificados, mas que as autoridades do regime tirano nada fizeram, crimes que maioritariamente foram cometidos por agentes da Policia Nacional, conforme a lista que se segue:


1.- Venâncio Dende, de 48 anos de idade, natural de Capenda Camulemba, assassinato no dia 27 de Fevereiro de 2015, pelo Agente da Policia Nacional, Joaquim António Cajila, continua impune;

2.- Uma familia inteira, pai, mãe e três filhos, assassinatos na Muxinda, quando meliantes colocaram fogo na sua casa na noite do dia 2 de Fevereiro de 2015, processo continua sem esclarecimento pela Policia Nacional no Cuango;

3.- Rosa António Isaac, 18 anos de idade, natural do Cuango. Assassinada no dia 13 de Abril de 2015, no parque do Samuamba no centro urbano do Cuango;

4.- Joaquim Paulo, de 21 anos de idade, encontrado morto no dia 10 de Abril de 2015, no rio Lue/Cafunfo;

5.- Ilunga Foston,  criança de 10 anos idade, assassinato pelos agentes da Policia Nacional no dia 12 de Abril de 2015, na localidade de Kukumbi/Cacolo;

6.- Eduardo Tximuna, de 25 anos de idade, assassinato no dia 22 de Abril de 2015, na localidade da Muxinda;

7.- Jeremias Muaxico, de 28 anos de idade, assassinato pela Policia Nacional na Muxinda no dia 12 de Maio de 2015;

8.- José Silva, de 30 anos de idade, espancado até a morte pela Policia Nacional na localidade no mès de Abril;

9.-Neto Germano, de 18 anos de idade, espancado e torturado pela Policia Nacional na Muxinda no dia 14 de Maio de  2015;

10.- Domingos Filipe, de 30 anos de idade, esfaqueado por um agente da policia nacional na localidade de Cafunfo, no dia 13 de Julho de 2015;

11.- Alegria Zango João, de 36 anos de idade, espancado e torturado, por agentes da empresa mineira Cuango, na localidade de Ngonga-ngola no dia 16 de Maio de 2015;

12.- Muxito, espancado e torturado, por ter descoberto um cadáver que a Policia de Cafunfo queria queimar no dia 30 de Junho de 2015;

13.- Talemba João, criança de apenas 8 anos de idade, morto a tiro pelos agentes da Policia Nacional na localidade da Muxinda no dia 8 de Julho de 2015;

14.- Carlito Kassai, desaparecido na localidade de Cafunfo, desde o dia 15 de Junho de 2015;

15.- Joana Sakatunga, desaparecida na localidade de Cafunfo, desde o dia 15 de Junho de 2015;

16.- Mabanza Kayoji, desaparecido na localidade de Cafunfo, desde o dia 15 de Junho de 2015;

17.- Muatxissesse, de 49 anos de idade, desaparecido na localidade de Cafunfo,desde o dia 15 de Junho de 2015;

18.- Cidadão encontrado morto de sexo masculino, sem identificação na localidade de Cangumbe/Luena no dia 28 de Junho de 2015;

19.- Cidadão encontrado morto, sem identificação, na marge do rio Cuango na localidade de Luzamba, no dia 30 de Julho de 2015;

20.- Cidadão encontrado morto de sexo masculina, sem identificação na margem do rio Candaji no Cafunfo no dia 30 de Junho de 2015;

21.- Cidadão encontrado morto junto do Comando da Policia Municipal do Cuango, sem identificação no dia 6 de Fevereiro de 2015.

Por outro lado, continuam se paradeiro os mais de 174 cidadãos nacionais Lunda Tchokwes, rusgados no dia 15 de Junho de 2015 na localidade de Cafunfo, conforme denúncias que temos vindo a fazer.



quinta-feira, 13 de agosto de 2015

REFLECTIR LUNDA TCHOKWE

REFLECTIR LUNDA TCHOKWE


No passado recente, ou seja a um século para cá, exactamente 1885 até 1975, Muantiânvua, Muatchissengue, Cazembe e outras nobrezas Lunda Tchokwe daquela epóca, não eram Engenheiros, não eram Doutores, não eram Juristas, não eram Jornalistas, nem eram professores catedraticos de Universidades, não tinham intelectualidade cientifica, não admitiram nunca a subalternização de nenhum Reino Africano a submeté-los a seus vassalos.



Os Europeus chamaram-lhes de povo indigena, sem cultura ocidental, sem civilização, povos primitivos, mas estes nossos Patriarcas, mantiveram a dignidade de não serem subjugados, obrigaram a Europa com o seu poderio militar, financeiro, cientifico e de conhecimento da escrita, dominio de jurisprudência, ajoelharam-se, assinaram  tratados com eles, sendo indigenas.




Porque hoje, tantos Lunda Tchokwe Engenheiros e Doutores que osoms, permitimos a subalternização? Porque nos curvamos diante da colonização? Porque batemos palmas quanto somos subjugados? Porque permitimos a prostituição das nossas filhas? Alguma coisa que não esta certo...precisamos urgentemente refletirmos quem somos, porque tão humildes diante de maus tratos!..