sexta-feira, 12 de abril de 2013

PROJECTO TURÍSTICO OKAVANGO/ZAMBEZE VS NAÇÃO LUNDA TCHOKWE


PROJECTO TURÍSTICO OKAVANGO/ZAMBEZE VS NAÇÃO LUNDA TCHOKWE




A evolução histórica do turismo segundo autores, existe duas linhas de pensamentos, no qual a História do Turismo se divide.


A primeira seria que o Turismo se inicia no Século XIX como deslocamento cuja finalidade principal é o ócio, descanso, cultura, saúde, negócios ou relações familiares. Estes deslocamentos se distinguem por sua finalidade dos outros tipos de viagens motivados por guerras, movimentos migratórios, conquista, comércio, etc. Não obstante o turismo tem antecedentes históricos claros. Depois, se concretizaria com o então movimento da Revolução Industrial.



A segunda linha de pensamento se baseia em que o Turismo realmente se iniciou com a Revolução Industrial, visto que os deslocamentos tinham como intuito o lazer.



Na história da Grécia Antiga, dava-se grande importância ao tempo livre, os quais eram dedicados à cultura, diversão, religião e desporto. Os deslocamentos mais destacados eram os que se realizavam com a finalidade de assistir as olimpíadas (que ocorriam a cada 4 anos na cidade de Olímpia). Para lá se deslocavam milhares de pessoas, misturando religião e desporto. Também existiam peregrinações religiosas, como as que se dirigiam aos Oráculos de Delfos e ao de Dódona.



Durante o Império Romano os romanos frequentavam águas termais (como as das termas de Caracalla). Eram assíduos de grandes espetáculos, em teatros, e realizavam deslocamentos habituais para a costa (como o caso de um, muito conhecido, para uma vila de férias: a "
orillas del mar"). Estas viagens de prazer ocorreram possivelmente devido a três factores fundamentais: a "Pax Romana", o desenvolvimento de importantes vias de tráfego e a prosperidade económica que possibilitou a alguns cidadãos meios financeiros e tempo livre.



O turismo é uma atividade econômica relacionada às condições geográficas. Depende das características da paisagem natural (condições ambientais, como o clima, a vegetação e formas de relevo e hidrografia ou proximidade do oceano) e cultural (paisagem arquitetónica, museus, eventos culturais, estrutura do comércio e eventos econômicos como feiras comerciais, conferências internacionais, etc.).



Nesse sentido, as atividades econômicas relacionadas ao turismo incorporam o espaço geográfico pelo seu valor paisagístico, para transformá-lo em um espaço de consumo. De fato, a paisagem é o primeiro contato do turista e é importante que ela produza uma sensação favorável, atraente e harmoniosa.


Há, ainda, os casos do espaço destinado ao turismo produzido artificialmente, independentemente de sua história, de seu contexto cultural ou mesmo da paisagem natural.



O Turismo é a actividade do sector terciário que mais cresce no Mundo (dentre as espécies, significativamente, o turismo ecológico, o turismo de aventura e os cruzeiros marítimos) e no mundo, movimentando, direita ou indiretamente mais de US$ 4 trilhões (2004), criando também, direta ou indiretamente, 170 milhões de postos de trabalho, o que representa 1 de cada 9 empregos criados no mundo.



Tal ramo é de fundamental importância para o profissionalismo do setor turístico e necessário para a economia de diversos países com excelente potencial turístico.



Grandes metrópoles globais também usam o turismo para sua fonte econômica, apesar de terem uma ampla economia de influência nacional ou internacional, como: São Paulo, Rio de Janeiro, Buenos Aires, Nova York, Los Angeles, Londres, Paris, Tóquio, entre outras. Muitas delas utilizam diversos tipos de turismo, como: de negócios, lazer, cultural, ecológico (mais aplicado em cidades menores com maior área rural, apesar de existirem reservas florestais em algumas metrópoles), etc.



Do projecto turístico Okavango/Zambeze


O projecto turístico Okavango/Zambeze, que integra cinco países da África Austral, tem uma área de 278 mil quilómetros quadrados, detendo Angola a segunda maior parcela com 87 mil quilómetros quadrados, dentro do território da Nação Lunda Tchokwe (Kuando Kubango).



A maior parcela, de 97 mil quilómetros quadrados, foi disponibilizada pela Zâmbia, na Região da BARODSELAND, pertencendo os restantes 98 mil quilómetros quadrados ao Zimbabwe, Botsuana e à Namíbia, possuindo, este último, a menor parcela de entre os Estados que aderiram ao projecto.



De acordo com Ministério da Hotelaria e Turismo do Governo do Regime dos Presidente José Eduardo dos Santos, o projecto facilitará a integração e a protecção das comunidades, o desenvolvimento sócio-económico e a protecção da biodiversidade dos países membros e, em particular, o crescimento da província do Cuando Cubango.



O projecto Okavango/Zambeze é um dos maiores e mais ambiciosos projectos turísticos do mundo, com múltiplos objectivos, que têm a ver com a partilha de benefícios provenientes dos recursos da biodiversidade, através das melhores práticas de gestão, da conservação, do turismo e de oportunidades alargadas de meios de subsistência para as populações das áreas circunscritas ao projecto.



Tudo acerca do ambicioso projecto turístico de século, esta bonito, mas parece-nos que a população da nação lunda tchokwe circunscrita as vizinhas do referido projecto e que prestou o seu território, nunca ira se beneficiar absolutamente de nada, os sinais indicam que o objectivo principal é a evacuação dos Nganguelas para um outro sitio, os sinais indicam que esta população esta fora das prioridades, senão, onde esta as escolas de turismo para que a juventude do Kuando Kubango se prepare para o desafio do projecto.



Na prática o que estamos a ver neste ambicioso projecto, é a escravatura das populações do Kuando Kubango, a expropriação de terras a favor dos Chineses, é o trabalho forçado das crianças menores de 14 anos de idade, é a falta de escolas para absorver estudantes, é a situação precária da saúde e da falta gritante de medicamentos e condições hospitalares dignas de relevo, é a presença massiva de estrangeiros em detrimento dos nativos.



Projecto turístico okavango/Zambeze vem para beneficiar a elite do regime do Presidente José Eduardo dos Santos que tem agora o “El dourado” Kuando Kubango e não para o sofredor e pobre povo.



Por Samajone