PROJECTO TURÍSTICO OKAVANGO/ZAMBEZE VS NAÇÃO
LUNDA TCHOKWE
A
evolução histórica do turismo segundo autores, existe duas linhas de
pensamentos, no qual a História do Turismo se divide.
A
primeira seria que o Turismo se inicia no Século XIX como deslocamento cuja
finalidade principal é o ócio, descanso, cultura, saúde, negócios ou relações
familiares. Estes deslocamentos se distinguem por sua finalidade dos outros
tipos de viagens motivados por guerras, movimentos migratórios, conquista,
comércio, etc. Não obstante o turismo tem antecedentes históricos claros.
Depois, se concretizaria com o então movimento da Revolução Industrial.
A segunda linha de pensamento se baseia em que o Turismo realmente se iniciou com a Revolução Industrial, visto que os deslocamentos tinham como intuito o lazer.
Na história da Grécia Antiga, dava-se grande importância ao tempo livre, os quais eram dedicados à cultura, diversão, religião e desporto. Os deslocamentos mais destacados eram os que se realizavam com a finalidade de assistir as olimpíadas (que ocorriam a cada 4 anos na cidade de Olímpia). Para lá se deslocavam milhares de pessoas, misturando religião e desporto. Também existiam peregrinações religiosas, como as que se dirigiam aos Oráculos de Delfos e ao de Dódona.
Durante o Império Romano os romanos frequentavam águas termais (como as das termas de Caracalla). Eram assíduos de grandes espetáculos, em teatros, e realizavam deslocamentos habituais para a costa (como o caso de um, muito conhecido, para uma vila de férias: a "orillas del mar"). Estas viagens de prazer ocorreram possivelmente devido a três factores fundamentais: a "Pax Romana", o desenvolvimento de importantes vias de tráfego e a prosperidade económica que possibilitou a alguns cidadãos meios financeiros e tempo livre.
O
turismo é uma atividade econômica relacionada às condições geográficas. Depende
das características da paisagem natural (condições ambientais, como o clima, a
vegetação e formas de relevo e hidrografia ou proximidade do oceano) e cultural
(paisagem arquitetónica, museus, eventos culturais, estrutura do comércio e
eventos econômicos como feiras comerciais, conferências internacionais, etc.).
Nesse
sentido, as atividades econômicas relacionadas ao turismo incorporam o espaço
geográfico pelo seu valor paisagístico, para transformá-lo em um espaço de
consumo. De fato, a paisagem é o primeiro contato do turista e é importante que
ela produza uma sensação favorável, atraente e harmoniosa.
Há,
ainda, os casos do espaço destinado ao turismo produzido artificialmente,
independentemente de sua história, de seu contexto cultural ou mesmo da
paisagem natural.
O
Turismo é a actividade do sector terciário que mais cresce no Mundo (dentre as
espécies, significativamente, o turismo ecológico, o turismo de aventura e os
cruzeiros marítimos) e no mundo, movimentando, direita ou indiretamente mais de
US$ 4 trilhões (2004), criando também, direta ou indiretamente, 170 milhões de
postos de trabalho, o que representa 1 de cada 9 empregos criados no mundo.
Tal
ramo é de fundamental importância para o profissionalismo do setor turístico e
necessário para a economia de diversos países com excelente potencial turístico.
Grandes metrópoles
globais também usam o turismo para sua fonte econômica, apesar de terem uma
ampla economia de influência nacional ou internacional, como: São Paulo, Rio de
Janeiro, Buenos Aires, Nova York, Los Angeles, Londres, Paris, Tóquio, entre
outras. Muitas delas utilizam diversos tipos de turismo, como: de negócios,
lazer, cultural, ecológico (mais aplicado em cidades menores com maior área
rural, apesar de existirem reservas florestais em algumas metrópoles), etc.
Do projecto turístico Okavango/Zambeze
O
projecto turístico Okavango/Zambeze, que integra cinco países da África
Austral, tem uma área de 278 mil quilómetros quadrados, detendo Angola a
segunda maior parcela com 87 mil quilómetros quadrados, dentro do território da
Nação Lunda Tchokwe (Kuando Kubango).
A
maior parcela, de 97 mil quilómetros quadrados, foi disponibilizada pela
Zâmbia, na Região da BARODSELAND, pertencendo os restantes 98 mil quilómetros
quadrados ao Zimbabwe, Botsuana e à Namíbia, possuindo, este último, a menor
parcela de entre os Estados que aderiram ao projecto.
De
acordo com Ministério da Hotelaria e Turismo do Governo do Regime dos
Presidente José Eduardo dos Santos, o projecto facilitará a integração e a
protecção das comunidades, o desenvolvimento sócio-económico e a protecção da
biodiversidade dos países membros e, em particular, o crescimento da província
do Cuando Cubango.
O
projecto Okavango/Zambeze é um dos maiores e mais ambiciosos projectos
turísticos do mundo, com múltiplos objectivos, que têm a ver com a partilha de
benefícios provenientes dos recursos da biodiversidade, através das melhores práticas
de gestão, da conservação, do turismo e de oportunidades alargadas de meios de
subsistência para as populações das áreas circunscritas ao projecto.
Tudo
acerca do ambicioso projecto turístico de século, esta bonito, mas parece-nos
que a população da nação lunda tchokwe circunscrita as vizinhas do referido
projecto e que prestou o seu território, nunca ira se beneficiar absolutamente
de nada, os sinais indicam que o objectivo principal é a evacuação dos
Nganguelas para um outro sitio, os sinais indicam que esta população esta fora
das prioridades, senão, onde esta as escolas de turismo para que a juventude do
Kuando Kubango se prepare para o desafio do projecto.
Na
prática o que estamos a ver neste ambicioso projecto, é a escravatura das
populações do Kuando Kubango, a expropriação de terras a favor dos Chineses, é
o trabalho forçado das crianças menores de 14 anos de idade, é a falta de
escolas para absorver estudantes, é a situação precária da saúde e da falta
gritante de medicamentos e condições hospitalares dignas de relevo, é a
presença massiva de estrangeiros em detrimento dos nativos.
Projecto
turístico okavango/Zambeze vem para beneficiar a elite do regime do Presidente José Eduardo dos Santos que tem agora o “El dourado” Kuando Kubango e não
para o sofredor e pobre povo.
Por
Samajone