sexta-feira, 18 de novembro de 2011
SOCIALISMO OU SOCIEDADE COMUNISTA DE MARX
SOCIALISMO OU SOCIEDADE COMUNISTA DE MARX
O Socialismo ou sociedade Comunista de Marx é um sistema político onde todos os meios de produção pertencem à colectividade, onde não existe o direito à propriedade privada destes meios de produção e, as desigualdades sociais seriam pequenas e a taxa de analfabetismo chegaria quase 0%, pois seria um sistema de transição para o comunismo - onde não existiria mais Estado nem desigualdade social - portanto o Estado socialista deveria diminuir gradualmente até desaparecer.
A expressão socialismo foi consagrada por Robert Owen em 1841, terá sido pela primeira vez utilizada com uma certa precisão por Pierre Leroux, em 1831, seguido de Fourier, 1833, depois de começar a circular por volta de 1820.
Ao longo de décadas, o chamado Socialismo real alterou profundamente a semântica do termo "Socialismo", que hoje é erroneamente associado por alguns ao totalitarismo e ao desrespeito a certos direitos humanos.
O desafio que enfrentam alguns teóricos de hoje é associar a idéia de socialismo à democracia e devolver valores humanísticos em seus ideais, que apesar de serem incluídos na teoria marxista original, nunca foram postos em prática. De fato, actualmente, muitas correntes de pensamento divergem acerca do socialismo. Algumas não crêem que as experiências taxadas de socialistas (URSS sendo o maior exemplo) possam realmente ser assim consideradas, por não terem se mantido fiéis a proposta dos pensadores originais - já que os meios de produção pertenciam ao Estado controlado por burocratas e não ao povo trabalhador.
Além disso, o Estado aumentou ao invés de diminuir e ainda havia salários e, portanto, a expropriação da mais valia, fonte de lucro da burguesia. Deste modo, não acabou a exploração e sim modificou-se quem explorava, conservando os mesmos instrumentos de exploração do capitalismo, a mais valia.
Outras consideram necessária a adequação do socialismo ao contexto actual e crêem que tanto as definições dos pensadores originais como o socialismo posto em prática não se adequam à atualidade.
O grande consenso que há entre essas diversas correntes de pensamento, nos tempos de hoje, é o de trabalhar para alcançar a justiça social, o que faz com que as definições clássicas de socialismo, bem como as publicações a seu respeito, sirvam mais como orientação histórica do que como "manuais ideológicos" ou definições exatas (pelo menos para a maioria dos pensadores). Sendo assim, alguns críticos do socialismo clássico (e aí se incluem não apenas defensores de outros sistemas político-econômicos, mas também uma significativa parcela dos socialistas modernos) acreditam que o modelo de transição proposto por Marx em sua teoria não tenha mais fundamento nos tempos de hoje.
Por outro lado, muitas correntes socialistas ainda procuram se manter fiéis aos conceitos de Marx a respeito da Revolução Socialista e da fase de transição ao comunismo, conceitos que ainda consideram válidos em sua essência, com uma ou outra actualização para os dias actuais.
O documento de Puebla (III CELAM, 1979) deixou bem claro isso: "(...) A libertação cristã usa 'meios evangélicos', com a sua eficácia peculiar e não recorre a nenhum tipo de violência, nem à dialética da luta de classes (...)” (nº 486) "ou à praxis ou análise marxista" (nº 8).
Todos os Papas, desde o surgimento do comunismo no século XIX, o combateram sem tréguas, de Pio IX a Bento XIV. Vejamos alguns dos seus ensinamentos. Sugiro, antes de tudo, a leitura atenta da Encíclica do Papa Pio XI “Divini Redemptoris”, que fala sobre o “Comunismo Ateu”, de 19 de março de 1937 e pode ser encontrada no site do Vaticano.
Pio IX disse: "E, apoiando-se nos funestíssimos erros do comunismo e do socialismo, asseguram que a "sociedade doméstica tem sua razão de ser somente no direito civil" (Quanta Cura, 5).
Leão XIII pediu: "Não ajudar o socialismo. Tomai ademais sumo cuidado para que os filhos da Igreja Católica não dêem seu nome nem façam favor nenhum a essa detestável seita" (Quod Apostolici Muneris, no. 34).
"Na Rerum Novarum, Leão XIII com diversos argumentos, insistia fortemente, contra o socialismo de seu tempo, no caráter natural do direito de propriedade privada. Este direito, fundamental para a autonomia e desenvolvimento da pessoa, foi sempre defendido pela Igreja ate nossos dias" (nº 30).
O “Livro Negro do Comunismo - Crimes, Terror e Repressão” (Stéphane Courtois, Nicolas Werth, Jean-Louis Panné, Andrzej Paczkowski, Karel Bartosek, Jean-Louis Margolin, Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 1999, 917 págs.) faz um balanço do amargo fruto que este diabólico regime gerou para a humanidade. Oitenta anos depois da Revolução Bolchevique na Rússia (1917) e sete depois de a União Soviética ter acabado (1997), a trajectória trágica do comunismo pode ser contabilizada, pelo número de vítimas.
É a história da trágica aplicação na vida real de uma ideologia carregada de falsas promessas de igualdade e justiça que custou entre 80 e 100 milhões de vidas, com a esmagadora maioria de vítimas nos dois gigantes do marxismo-leninismo, a União Soviética e a China; além de Cuba, Viet Nan, Laos, Cambodja, Bulgária, Romênia, Tchecoslováquia, Polônia, Hungria, alguns países Africanos aventureiros, casos de Angola e Moçambique, etc.
Na China, houve cerca de 65 milhões de mortos, a maioria dizimada pela fome desencadeada a partir do “Grande Salto para a Frente”, o desastroso projecto de auto-suficiência implantado por Mao Tsé-tung em meados dos anos 50. Tratou-se da pior fome da História, acompanhada de ondas de canibalismo e de campanhas de terror contra camponeses acusados de esconder comida.
É possível avaliar o mal que o socialismo, o comunismo ou o esquerdismo em geral trouxeram para a humanidade?
. Milhões de assassinatos
. Milhões de mortos pela fome
. Milhões de pessoas que perderam a dignidade
. Milhões de pessoas transformadas em massa bovina, de manobra.
. A destruição cultural causada pelo socialismo
. A destruição de valores civilizacionais
. A perversão das mentes de tantos jovens
. O racismo e a perseguição raciais
. O esforço inaudito da humanidade para superar tantos estragos
. O comunista não aceita erros, não negóceia para perder
. O comunista humilha e mata o seu adversário
. O comunista gosta de ser venerado e adorado com o culto de personalidade
Penso que, se não fosse o socialismo, a humanidade já teria encontrado todas as soluções para a fome e a miséria e hoje estaríamos gastando tempo em preocupações muito mais nobres que a simples subsistência.
Quem ainda tem coragem de defender tal barbáriedade? No entanto, ela ainda existe na mente de muitos acadêmicos, jornalistas, politicos, Advogados e outros em Angola que parecem não conhecerem as lições da História.
V.M. Keshi Meso