SAURIMO, 25/07 – A leitura da sentença politica
contra os activistas Cívicos do Protectorado Lunda Tchokwe, havia sido marcada
para hoje, 25 de Julho de 2019, depois das sessão da audiência que teve lugar
dia 18 de Junho na sala do Tribunal Municipal de Saurimo junto da redunda do
Bairro Txizainga, no dia 20 do mês de Junho adiou a sessão para o dia 3 de
Julho, onde a referida Juíza deveria ter pronunciado a sentença a ser aplicada
aos Activistas Cívicos detidos ilegais desde o dia 17 de Novembro de 2018, não
o havia feito, tendo alegado a complexidade do processo, e consequente adiamento
para hoje 25/07.
Os
Activistas Cívicos do Protectorado foram acusados de co-autoria material de
crime de rebelião previsto e punível pelo artigo 21º da Lei nº 23/2010 de 03 de
Dezembro, no dia 12 de Março de 2019, a Procuradoria-geral da Lunda Sul, havia
primeiro os acusado de tentativa de Golpe de Estado, isto no mês de Novembro de
2018.
O
julgamento em si, é de fórum Politico, não tem nada haver com qualquer
argumento da Juíza Marinela Francisco Miguel Augusto.
O
objectivo é de psicologicamente tentarem desmotivar os cidadãos Lunda Tchokwe
para não continuarem aderirem no Movimento reivindicativo do direito natural de
autodeterminação nos termos dos tratados de Protectorados celebrados com
Portugal 1884-1895/1975, e que Angola usurpou e esbulhou colonialmente neste 44
anos da nossa dependência de Luanda
O
que decorreu, desde as 8 horas de hoje, os reclusos foram transferidos da sala
habitual das audiências para a Sala das Audiências do Tribunal Provincial
juntos dos Registos e do Governo Provincial da Lunda-Sul sem prévio aviso aos
familiares nem aos advogados de defesa.
A
audiência decorreu a portas fechadas com um dispositivo policial. Algumas
pessoas que ocorreram junto das instalações do Tribunal Provincial, a Policia
não as deixaram que se aproxime do edifício.
Finalmente
por volta das 14 horas, a Juíza Marinela Augusto, depois de ter feito uma
chamada telefónica, fez a leitura da sentença, tendo explicado que os detidos
membros e activistas cívicos do Protectorado Lunda Tchokwe, só ficaram 9 meses
preso, porque no dia da manifestação obstruíram as ruas de Saurimo, e
consequentemente, deveriam ficar preso a seu jeito de 9 meses e que agora
estavam livres, mas que só poderia dar soltura depois de eles (Activistas Cívicos) pagarem 50.000,00 Kz cada um deles, de taxa de
imunumentos tributários.
Assim
terminou com a leitura da sentença e mandou recolher os detidos para a cadeia
até pagar tal 500.000,00 kz, que na realidade não será possível de ser paga,
trata-se de pessoas desempregadas que ficaram 9 meses presas, gente de família
camponesa sem qualquer possibilidade económica, o certo seria o tribunal a
indemnizar estes activistas pelas calunias e difamações a que foram sujeitas.