GRANDE NOTÍCIAS E REPUBLICANO PRESS
PUBLICAM CARTA DO PROTECTORADO AO EXECUTIVO ANGOLANO, “PR JES/MPLA” MARIMBA-SE
PARA A QUESTÃO LUNDA TCHOKWE
A edição n.º 90 de 3 de Fevereiro de 2017 do
Jornal Grande Notícias e a edição Nacional do Jornal Republicano Press do
Partido Angolano PREA de 21 de Janeiro, nas ruas da capital angolana,
publicaram em simultaneo a carta do Movimento do Protectorado ao executivo
angolano, carta que o Presidente José Edaurdo dos Santos e o MPLA continuam a
ignorar, tal como as anteriores, incluindo a Carta da EFA – European Free
Alliance em 2015 e a dos Advogados do movimento.
Do Protectorado Lunda Tchokwe, nomeadamente,
o seu Presidente, José Mateus Zecamutchima, enviou uma missiva ao Presidente da
República, José Eduardo dos Santos, cujo teor de alguns extractos aqui se
segue:
Os factos jurídicos e históricos da colonização
de África e a sua partilha que desembocou da conferência de Berlim 1884 – 1885,
lê-se no documento, dividiu povos inteiros, nações, famílias, etnias, juntou
diferentes povos e reinos sem o consentimento destes, delimitou fronteiras
convencionais contra as naturais entre estados usurpadores ou potenciasEuropeias
do século XIX, esta historia esta presente nos arquivos do mundo inteiro,
constituindo assim provas documentais e testemunhais que não podem serem
ignoradas, nem escamoteadas.
E, tem sido esta razão dos conflitos
violentos em África, que actualmente o Ocidente considera como, “Conflitos
étnicos” muitas vezes, legitimando o novo colonialismo “PRETO” em África.
O conjunto dos factos historicos da LUNDA
TCHOKWE e sua organização coerente, estão sob vossa mesa de trabalho desde
2007. “Mais uma vez na minha qualidade de Presidente do Movimento do
Protectorado, tomo a liberdade de endereçar a Vossa Excelência estas linhas em
busca do diálogo sobre a “Questão Lunda Tchokwe”, reivindicada pelo nosso povo
como um direito natural e legítimo”.
Continuando, a missiva afirma que há clara
noção das multiplas responsabilidades que pesam sobre os ombros de José Eduardo
dos Santos, no âmbito da governação de Angola e dos seus múltiplos problemas,
incluindo os da Nação Lunda Tchokwe.
O documento afirma, “também, temos plena
consciência, de que, como humano que vosso Excelência é, provavelmente pode não
ter o total conhecimento do que vai ocorrendo no espaço geografico dos limites
territóriais e no seio das varias populações e regiões. Até é provável que os
relatórios de que vossa excelência se serve para ter uma imagem do processo
reivindicativo LUNDA TCHOKWE, seus dados não correspondam a realidade”.
Por outro lado, o direito inalienável do povo
Lunda Tchokwe é a sua autodeterminação, ou seja independência, por ser nosso
direito legítimo e natural, porém, optamos pela “AUTONOMIA”, como a Escócia do
Reino Unido ou a Catalunia na Espanha.
Aqui não se fala em separação com Angola,
esta é a nossa luta, que não é contra outras Nações: Congo, Kwanhama, Bailundo
ou Benguela, Ndongo e Matamba que conformam o estado heterogéneo conhecido pelo
nome de Angola.
Finalmente, aponta a missiva, o povo Lunda
Tchokwe aguarda com ansiedade a justiça “Divina”. O Presidente do Protectorado
Zecamutchima na missiva a José Eduardo dos Santos, “Informo Vossa Excelência,
que tenciono voltar a escrever até que a nossa causa seja resolvida com base
nos principios por vossa excelência defendidos em 2013, ser “vossa convicçã,
que no contexto do mundo actual, em que os Estados democráticos e de direito se
afirmam cada vez mais e se envidam cada vez mais esforços no sentido do
respeito dos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, a regra da
resolução de conflitos deve ser o diálogo e o debate franco e aberto, como
forma de alcançar o consenso” , discurso de JES na abertura do fórum
Pan-Africana, “Fundamentos e recursos para uma cultura de Paz”, que decorreu
naquele ano de 27 a 28 de Março, em Luanda, numa organização conjunta da
UNESCO, União Africana e o Governo Angolano.
Para José Edaurdo dos Santos, as questões de
natureza interna, e mesmo as que possam ocorrer a nível internacional, não devem
ser dirimidas por via de confrontação violenta, mas sim atráves da concertação
e negociação permanente, até se chegar a um acordo que dê resposta as
aspirações das partes envolvidas, mas que ao mesmo tempo se conforme com os
superiores interesses nacionais, tal como a soberania, a unidade e a
integridade da nação e o respeito pela dignidade humana.
A terminar a missiva apresenta ao Presidente
da República, votos de iluminação divina, alta estima e consideração do povo
Lunda Tchokwe que pede a DEUS que lhe seja prolongada a vida milhões de anos.
Fontes:Grandes
Notícias e Republicano Press.